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O INCRÍVEL CRIADOR DE NEGÓCIOS RURAIS

Ricardo Tavares é quase uma lenda do agronegócio. Já criou e vendeu, com lucros astronômicos, a Sucos Mais e o Café Três Corações. Agora, ele aposta no mogno africano, num ousado projeto que pode render R$ 290 milhões e um retorno de 91% sobre o investimento

Nem bem chega à sua fazenda, localizada no município de Pirapora (MG), o empresário Ricardo Tavares, 48 anos, vai logo visitar o seu viveiro de mudas. Ali está a sua mais recente aposta, um projeto que pode render algumas centenas de milhões de reais ao ano, com o cultivo irrigado de mogno africano. A área é relativamente pequena, com 500 hectares plantados. Mas ela pode ser mais uma história vencedora de Ricardo Tavares, que tem um retrospecto único no agronegócio brasileiro. Seu jeito é simples, mas sua capacidade de criar empresas rurais de sucesso vai muito além dos padrões de um empreendedor comum. Adepto da filosofia de que o bom é inimigo do ótimo, esse mineiro de sorriso tímido e fala serena é na verdade um inventor de negócios e marcas. Na década de 1980, ele tirou o Café Três Corações do buraco e o projetou como uma marca nacional. Em 2000, ele a vendeu por US$ 41 milhões de dólares para a israelense Strauss-Elite. De olho no crescente mercado de bebidas naturais, criou a Sucos Mais, que em três anos alcançou um faturamento de R$ 100 milhões. Hoje a marca pertence à Coca-Cola, que a arrematou por R$ 110 milhões em 2005. Mesmo se desfazendo das duas empresas, ele ainda fatura com elas, fornecendo tanto café quanto polpa de frutas. Para atender essa última, aliás, ele criou a Trop Brasil, indústria de polpas de frutas, localizada no Espírito Santo, que também se mostrou um investimento bem-sucedido.
Agora, ele espera que seu toque de midas transforme “árvores em ouro”, num ousado plano que chamou de Projeto Atlântica Agropecuária e que pode mudar o conceito de madeira de qualidade no Brasil.
Enquanto anda por entre as pequenas mudas irrigadas, Tavares explica por que, entre tantas possibilidades, ele se interessou por um cultivo de prazo tão estendido, cujo primeiro corte acontecerá entre o 11º e o 12º ano. O respaldo, porém, é internacional e está em dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, sigla em inglês). Segundo a entidade, a demanda por madeira no mundo, que era de 1,6 bilhão de metros cúbicos em 1991, vai saltar para 2,6 bilhões já em 2010. Para os próximos anos, o crescimento continua seguindo o ritmo do boom populacional.


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PECUÁRIA DE CORTE: ABATE BOVINO EM 2009 CAIU 2,5 %, APONTA IBGE

Em 2009 foram abatidas 27,975 milhões de cabeças de bovinos, quantidade 2,5% menor que a de 2008.


Segundo relatório divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, 30 de março, comparando-se 2008 e 2009 quanto ao desempenho mês a mês do abate de bovinos, observam-se dois períodos bem distintos: de janeiro a julho de 2009, o número de cabeças abatidas foi sempre menor do que o de 2008, enquanto que, de agosto a dezembro, passou a ser positivo e crescente.
 O resultado comparativo de junho (-1,9%) e julho (-0,5%) já demonstravam uma recuperação no número de animais abatidos, sinalizando que os efeitos da crise financeira internacional estavam mais amenos. Dezembro apresentou 2,560 milhões de animais abatidos, patamar equivalente aos meses de melhor desempenho em 2008. No acumulado do ano, o Centro-Oeste respondeu por 35,15% de todo o abate nacional de bovinos; e o Sudeste, 23,3%. Mato Grosso é o estado com o maior percentual de abate, 14,29% do total, seguido de perto por São Paulo, 12,7%.
No 4º trimestre de 2009 foram abatidas 7,382 milhões de cabeças de bovinos, um aumento de 10,4% em relação ao 4º trimestre de 2008 e de 2,5% com relação ao 3º trimestre de 2009. Desde o primeiro trimestre de 2006 o número de cabeças abatidas manteve-se acima dos 7,0 milhões, com exceção do 4° trimestre de 2008 e dos dois primeiros de 2009. O 4° trimestre de 2009 foi o terceiro trimestre consecutivo de crescimento do abate bovino, reflexo da recuperação nas transações com o mercado externo e da demanda interna.
Em termos de peso de carcaças registrou-se 1,770 milhão de tonelada, resultando em aumentos de 12,9% e de 2,5%, respectivamente, em relação ao 4º trimestre de 2008 e ao 3º trimestre de 2009. Participaram da pesquisa 1.446 informantes de abate de bovinos. O estado com o maior número de informantes é o Rio Grande do Sul, que manteve o número de 278, embora contribua com apenas 6,51% do volume total abatido. 

DINHEIRO QUE DÁ EM ÁRVORE

Um conhecido ditado ensina que dinheiro não cresce em árvores. Mas há quem não leve essa teoria tão a sério.
Basta notar que nos últimos anos o setor de florestas plantadas tem se tornado um dos alvos preferidos de fundos de investimentos, que enxergam nesse segmento a possibilidade de retornos seguros e lucrativos.
E, nesse rentável mercado, a bola da vez é o Brasil. Com clima favorável, boa genética e disponibilidade de terras boas e baratas, a estimativa é de que fundos, nacionais e estrangeiros, apliquem por aqui cerca de US$ 4 bilhões nos próximos cinco anos.
"As indústrias desse setor têm planos sólidos de expansão que irão demandar recursos. Na mesma medida, existe um grande interesse de investidores em ativos florestais brasileiros", afirma o gerente de novos projetos do Robobank, Dante Pozzi.
Com forte atuação no setor, intermediando ações de empreendedores que buscam capital para expandir seus projetos ou de potenciais investidores que buscam ativos florestais no País, Pozzi vê com bons olhos a chegada desses fundos.
"É um capital que conhece o setor de floresta", analisa. Uma opinião compartilhada pelo presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Florestas Plantadas (Abraf), Fernando Henrique da Fonseca.
"A presença de fundos irá ajudar a alavancar o mercado de floresta no País." Essa expectativa se deve à mudança no perfil dos empreendimentos que vêm sendo tocados por esses fundos. Se antes a busca era por projetos consolidados, hoje a ideia é adquirir áreas e implantar projetos próprios, a maioria voltados para o plantio de eucalipto e pínus.
R$ 4 bilhões é o total de recursos que devem ser aplicados no setor de florestas do país
"Com isso, nós começaremos a ter uma disponibilidade de mercado de madeira no Brasil, o que hoje não existe", avalia Fonseca. Já para o diretor de novos investimentos de uma das principais gestoras de fundos florestais do país, a Brazil Timber, Henrique Rodrigues Aretz, a intensificação da presença desses fundos ajudará as indústrias a tirar seus projetos de expansão da gaveta.
"No Brasil ainda há uma mentalidade de que floresta e indústria tenham que andar juntas. Mas faz mais sentido ter esses projetos de plantio na mão de terceiros", explica Aretz. Segundo o diretor, o custo para implantação de uma fábrica de celulose para produzir mil toneladas não sai por menos de US$ 1 bilhão.
"Se você ainda tiver que arcar com os custos de áreas de plantio, fica inviável", pondera. Um cenário que já começa a ganhar seus primeiros contornos. Recentemente a Suzano Papel e Celulose negociou por R$ 311 milhões a venda de cerca de 50 mil hectares de suas áreas de plantio com os fundos Fazenda Turmalina Holdings, vinculado ao americano RMK Fund e Mata Mineira Investimentos Florestais, ligada ao fundo inglês Phaunos FourWinds.
Uma das primeiras companhias de capital nacional do setor, a Brazil Timber gerencia recursos de US$ 260 milhões, a maior parte oriundos de fundos de pensão estrangeiros. "Floresta é um investimento tradicional nos EUA e na Europa", afirma Aretz, que ressalta que o setor é atrativo.
"O retorno médio sustentável varia na faixa de 12 a 16%." Para o diretor, muitos negócios ainda devem acontecer. "O ano de 2010 vai ser o ano dos grandes investimentos no setor de floresta no Brasil."

PLANTIO DE GUANANDI

                                                                                                                  

Tire suas dúvidas no Pergunte ao Rural Técnico. O Assessor técnico Edson Leite fala sobre o plantio de guanandi

Mercado e Cia - Leonardo Alencar fala sobre a alta nos preços do boi gordo


O analista de mercado Leonardo Alencar fala sobre a alta nos preços do boi gordo no mercado futuro e físico. Segundo ele, o mercado da BMF está refletindo a oferta restrita no Estado de São Paulo

Deputados da agricultura ameaçam com boicote a patrocinadoras de ONGs

A bancada ruralista na Câmara reagiu ontem ao lançamento da campanha "Exterminadores do Futuro", criada pelos ambientalistas identificar os principais líderes do movimento de alteração das leis ambientais do país na tentativa de retardar a tramitação de propostas de mudança no Código Florestal Brasileiro.

A Frente Parlamentar Nacionalista, composta em sua maioria por ruralistas, ameaçou iniciar um boicote a produtos de empresas patrocinadoras de ONGs ambientalistas. "Se querem nos intimidar, estamos para aqui reagir. Se não sabem dialogar, certamente o Bradesco saberá", disse o coordenador do movimento suprapartidário, o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP). Relator da comissão especial de reforma do Código Florestal, ele sugere que a pressão comece pelos produtores rurais. "As cooperativas podem sugerir aos seus produtores que fechem suas contas no Bradesco", afirmou, em referência à parceria mantida pelo banco e a Fundação SOS Mata Atlântica, a ONG que lidera a campanha para identificar os "exterminadores" ruralistas.

No mesmo tom usado pelas ONGs para constranger os ruralistas, a nova Frente Nacionalista lançou o "Prêmio Joaquim Silvério dos Reis", sugerindo uma ligação entre o delator do movimento patriótico Inconfidência Mineira e as motivações políticas de ONGs ambientalistas que atuariam em favor de interesses estrangeiros. "Vamos dar essa medalha a quem tiver interesse em prejudicar o Brasil", disse Rebelo. "Quem patrocina essas ONGs são a Volkswagen, a Coca Cola, a Colgate-Palmolive, estimuladas pelos chiques e famosos de São Paulo". O deputado Sarney Filho (PV-MA) foi apontado como principal articulador parlamentar do movimento. Procurado pela reportagem, ele não foi localizado ontem.

Os ruralistas acusam uma tentativa de intimidação por parte dos ambientalistas às vésperas das eleições de outubro. "É uma campanha difamatória, claramente intimidatória", disse o deputado Moacir Micheletto (PMDB-PR), presidente da comissão especial do Código.

Parceira do Bradesco na emissão de 200 mil cartões de crédito e 2 milhões de títulos de capitalização, a SOS Mata Atlântica afirma que os parlamentares estão "trilhando um caminho perigoso" ao tentar rotular as ONGs como inimigas do setor rural. "Estão apelando, é um caminho perigoso porque tem deputados patrocinados pelas empresas do Klabin", afirmou o diretor de Políticas Públicas, Mario Mantovani, em alusão ao grupo produtor de papel, celulose e embalagens do presidente da organização, Roberto Klabin. "Sabíamos que era um ano eleitoral e que viria a reação. O Bradesco é um parceirão de 20 anos, mas não temos patrocínio deles. Trabalhamos com direitos difusos e eles com interesses específicos".

Os ambientalistas afirmam que a reação dos ruralistas é "desproposital, descabida" porque a lista dos parlamentares ainda não está concluída. "Não queremos encrenca nem briga. Não tem lista, foi só uma indicação. Eles ainda serão informados antes do fim do processo. Não somos irresponsáveis", disse Mantovani. "É uma reação muito maior do que a nossa ação, desproposital, descabida. Essa campanha pode ser um fiasco, está mais na mão deles".

O diretor da SOS Mata Atlântica afirmou que os deputados ruralistas romperam acordos firmados antes do início da tramitação da proposta de um novo Código Florestal. " Quem rompeu os debates foi uma parte dos ruralistas. Por isso, deixamos de ir a debates. Não vamos legitimar isso", afirmou Mantovani. O diálogo ficou insustentável, segundo ele, porque o projeto do deputado Valdir Colatto (PMDB-SC), que prevê a criação do Código Ambiental, acabaria com as principais regras e instituições ambientais do país. "O Colatto quer acabar com o Conama, o Sisnama e as unidades de conservação", disse Mario Mantovani, em referência ao colegiado de representação paritária e o sistema nacional que decide as regras ambientais brasileiras.


Fonte: Valor Econômico

SUPERVISORA DO SENAR VISITA SINDICATO PATRONAL RURAL DE ITAMARAJU

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), órgão que capacita mão de obra especializada no setor rural, está intensificando ações no extremo sul da Bahia. Está visitando a cidade de Itamaraju, vistoriando a aplicação de cursos e conhecimentos, a Supervisora do SENAR Daniela Oliveira Santos.
A supervisora aproveitou a oportunidade para visitar os participantes do Curso Inseminação Artificial, que está sendo ministrado pelo Instrutor Guilherme Onofre, na sede do Sindicato Patronal Rural de Itamaraju. Segundo o Instrutor: “O objetivo do curso é aumentar a oferta de mão de obra rural qualificada na área de inseminação artificial para que essa prática possa se propagar mais e consequentemente, haver um melhoramento genético do rebanho regional, não só numérico, mas principalmente em qualidade que é o que nós buscamos a cada curso realizado”, explicou o Professor Guilherme.
De acordo com a Supervisora, o objetivo da sua visita é fazer um acompanhamento dos cursos patrocinados pelo órgão e ajudar nas orientações para os Instrutores de cursos, incentivar a participação dos participantes e conferir de perto se os conhecimentos técnicos teóricos estão sendo aplicados na vida prática dos participantes.
“O nosso trabalho não tem só foco de fiscalizar, mas de ser parceiro, de ser amigo, pois estamos trocando informações com os instrutores e com os treinados e também com o Sindicato, viemos para somar tanto a nível de informação, como de conteúdo técnico para melhorarmos a qualidade de nossos cursos e atingirmos o nosso objetivo, que é fazer com que os participantes apliquem os conhecimentos recebidos através da parceria SENAR/Sindicato”, afirmou Daniela Oliveira Santos.
O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural tem uma metodologia de ensino que diz: ‘Aprender a fazer fazendo’, os cursos realizados pelo SENAR a maior parte são de aulas práticas, o objetivo da metodologia de ensino é fazer com que os trabalhadores e produtores rurais tenham o mínimo de conteúdo teórico e se prendam mais a parte prática do conhecimento aplicado.
A supervisora do SENAR elogiou o trabalho que é realizado pela equipe do Sindicato Patronal Rural de Itamaraju que tem como presidente o Produtor Urbano Correa, que não tem medido esforços para levar cursos de capacitação ao homem do campo, além do presidente, o Sindicato conta também com a força do Mobilizador de Cursos Jilvan Souza e a eficiência da Secretária Tim.
A Supervisora do SENAR Daniela Oliveira Santos informou ao COCOBONGO, que estará realizando várias visitas em todo o extremo sul da Bahia e que a próxima cidade será o município de Eunápolis.

Setor precisa de organização, mobilização e agenda", diz Stephanes

Três personalidades do setor agropecuário brasileiro abriram os debates do Agrogestão2010. O ministro da agricultura, pecuária e abastecimento, Reinold Stephanes, ex-ministro da agricultura e diretor da Fiesp e FGV, Roberto Rodrigues, e o ex-ministro de Estado do Desenvolvimento, Industria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, participaram do painel Tendências “Cenários Mundiais do Agronegócio e o futuro do Brasil, que foi mediado pelo jornalista, editor chefe e apresentador da Globo News, Guto Abranches.
Stephanes enfatizou a necessidade de organização e mobilização de todos os envolvidos com o agronegócio no Brasil e a maior participação do setor agrícola no processo de discussões e decisões nacionais. Para o ministro, é necessário criar uma agenda que apresente as principais bandeiras e propostas do agronegócio, inclusive para buscar o comprometimento das lideranças políticas, a exemplo de outras classes e entidades que se organizam em busca de um interesse comum. “A agricultura brasileira é um setor extremamente forte e dinâmico, alimenta a população brasileira inteira, exporta para mais de 180 países, hoje detém, praticamente, um quarto do mercado mundial, em termos de exportações, mas por outro lado é um setor que tem pouca organização e pouca participação no processo de debate e decisão das grandes questões nacionais”, afirmou o ministro.
Sobre os debates nacionais, dos quais o setor agropecuário teria ficado de fora, Stephanes citou discussões recentes como a dos direitos humanos, que segundo ele discrimina o agronegócio, e as questões ambientais (COP15), que só recebeu sugestões e projetos do Ministério da Agricultura depois que o assunto já estava na mídia.
O ex-ministro Furlan abordou a questão do desenvolvimento sustentável. Para ele, é fundamental que a produção esteja diretamente ligada a sustentabilidade, e que essa condição esteja refletida na imagem do Brasil no exterior. Furlan disse que, hoje, o país está numa posição à frente de países europeus e norte-americanos, na chamada economia verde, tendo 20% da água potável do mundo, milhares de hectares de florestas, além das fontes de energias renováveis, que representam 50% do consumo nacional. Além disso, enfatizou a tendência da valorização da água e do ar puro, através de mecanismos como créditos de carbono, retenção de gás metano, entre outros. Para finalizar, Furlan disse que “o sonho é que o Brasil não seja só um país emergente, que caminha para ser um país desenvolvido, mas que a nossa imagem siga também com o compromisso que foi assumido na reunião de Copenhague, de que nós vamos trabalhar para reduzir o desmatamento”, afirmou Furlan.
O crescimento populacional e o aumento da demanda de alimentos no mundo marcaram a fala do ex-ministro Roberto Rodrigues. Ele citou dados da FAO, que apontam que os estoques mundiais de alimentos estão menores do que cinco anos atrás, que em 2050 a população do planeta aumentará em 50%, chegando a nove bilhões de pessoas, e a demanda por alimentos deverá aumentar em 70%, número muito superior a oferta.
Rodrigues também apontou a necessidade de integração na hora de definir o orçamento para a agricultura, articulação política e estratégias para o desenvolvimento do setor. Ele destacou a importância de mecanismos de comunicação com a sociedade. “Precisamos explicar para o mundo urbano, o que é que nós somos, quem é o agricultor. O mundo urbano nos olha de longe, não nos conhece”. Para isso, o ex-ministro anunciou que nos próximos meses inicia um programa de comunicação, através da mídia, de valorização da agropecuária, do agronegócio e do produtor rural.
ABERTURA OFICIAL
A abertura oficial do Congresso Nacional da Gestão do Agronegócio (AgroGestão 2010), contou com a presença do governador do Estado de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira, do vice-governador, Leonel Pavan, do presidente da Associação Comercial e Industrial de Chapecó, João Carlos Stakonski, do presidente da comissão organizadora do Agrogestão, Vincenzo Francesco Mastrogiacomo, do presidente do Agrogestão e da Opera Eventos Coorporativos, Alonso José Torres, do presidente Federação de Convention & Visitors Bureau do Estado de Santa Catarina, Ricardo Luiz Ziemath, do vice-prefeito de Chapecó, José Claudio Caramori, senadores, deputados federais e estaduais, vereadores, empresários e convidados.

Produtor recupera o que pagou de Funrural

Um produtor rural do Mato Grosso do Sul obteve na Justiça o direito de recuperar o que foi pago nos últimos cinco anos de contribuição ao Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural), declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no mês passado. O juiz Luiz Augusto Iamassaki Fiorentini, da 1ª Vara Federal de Três Lagoas (MS), proferiu sentença que, além de desobrigar o produtor da retenção, condena a União a ressarci-lo em uma única parcela, atualizada monetariamente.
Produtores rurais e as empresas que adquirem a produção agrícola - especialmente os frigoríficos - disputam na Justiça os bilhões de reais que foram pagos nos últimos cinco anos de contribuição ao Funrural. A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) estima que a derrota pode gerar um rombo de até R$ 14 bilhões nas contas da Previdência Social - R$ 11,25 bilhões vêm das contribuições recolhidas entre 2005 e 2009 e R$ 2,8 bilhões representam a perda de arrecadação apenas neste ano.
No entendimento da PGFN, só os produtores rurais podem pleitear o que foi pago indevidamente. E eles teriam direito apenas à diferença entre o valor recolhido na nova forma de cálculo - 2,1% sobre a receita bruta da comercialização de produtos agropecuários - e o montante que seria pago pelo modelo original. Até a edição da Lei nº 8.540, de 1992, a contribuição incidia em 20% sobre a folha de salários dos produtores rurais.
Os frigoríficos, que conseguiram levar o assunto ao Supremo, argumentam, no entanto, que são os responsáveis - como substitutos tributários- pelo recolhimento da contribuição e devem receber o que foi pago nos últimos cinco anos.
Eles lutam há anos contra o Funrural. Recentemente, dois deles - Tatuibi Indústria de Alimentos e Frigorífico River -, representados pelo escritório Aires Gonçalves e Advogados Associados, conseguiram manter no Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região sentenças contra a cobrança. E agora, com a decisão do Supremo, vão buscar o que foi recolhido indevidamente.
Os produtores rurais também buscam na Justiça os seus direitos. A Associação dos Produtores de Soja do Estado de Mato Grosso (Aprosoja) obteve antecipação de tutela que livra seus 2,6 mil associados do pagamento da contribuição.
A decisão é do juiz federal da 5ª Vara de Mato Grosso, José Pires da Cunha, que seguiu o entendimento adotado pelo Supremo. Os ministros consideraram que a cobrança só poderia ser instituída por lei ordinária, e não por lei complementar. Além disso, entenderam que haveria bitributação, pois já incide PIS e Cofins sobre a comercialização agrícola.
Também fundamentado na decisão do Supremo, o juiz federal Luiz Augusto Iamassaki Fiorentini, de Três Lagoas (MS), proferiu sentença favorável ao pecuarista Francisco Leal de Queiroz Junior, já determinando o pagamento do que foi recolhido nos últimos cinco anos. O produtor deve receber, segundo cálculos do advogado responsável pela ação, André Milton Denys Pereira, do escritório Brasil Salomão e Matthes Advocacia, cerca de R$ 100 mil. Na decisão, o juiz determinou que o pecuarista comprove a efetiva retenção, já que nem todas as notas discriminam os valores de Funrural. "Os frigoríficos não estavam discriminando os valores retidos", diz Pereira.

Relator vai propor em lei o pagamento por serviços ambientais


O deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) pretende incluir o pagamento por serviços ambientais no relatório que ele vai apresentar, em abril, à comissão especial que analisa 11 propostas que visam mudar ou mesmo revogar o Código Ambiental e a Lei de Crimes Ambientais  

"Tenho sido motivado e creio que é uma solução muito boa, já adotada em muitos países. Eu só preciso encontrar um caminho para o financiamento do pagamento por esses serviços", disse Aldo nesta quarta-feira, quando questionado por internautas no bate-papo promovido pela Agência Câmara para discutir o tema.
Finalidade - O pagamento ou a compensação por serviços ambientais tem como principal finalidade transferir recursos, monetários ou não, àqueles que ajudam a conservar ou a produzir tais serviços. A idéia é que não basta apenas cobrar uma taxa de quem polui ou degrada, mas é preciso destinar recursos a quem garante a oferta dos serviços voluntariamente. São exemplos de serviços ambientais a manutenção das condições naturais que permitem a produção de oxigênio e a purificação do ar pelas plantas, a estabilidade do clima, a preservação das nascentes e cursos d'água e o equilíbrio natural das enchentes e das secas.
Legislações estaduais - De acordo com Aldo Rebelo, "a legislação nacional não tem dado conta de administrar os conflitos e a realidade de cada estado", e é possível que estados e municípios também passem a legislar sobre as questões ambientais. Ele lembrou que Santa Catarina já aprovou uma legislação específica, que está sendo questionada em ação no Supremo Tribunal Federal (STF). "Enquanto não houver decisão do Supremo, o código está em vigor. E parece ter sido uma solução que encontrou grande apoio naquele estado."
Nordeste - O internauta Mário insistiu, questionando se a região Nordeste não mereceria um Código Florestal mais detalhado, dada as suas peculiaridades. De acordo com Aldo Rebelo, a ideia é justamente fazer um novo código que analise cada região. "É muito difícil ter a mesma regra para a região Norte e São Paulo, por exemplo. Visitei várias cidades do Nordeste, realizando audiências públicas, justamente para conhecer a região e colocar no relatório uma conclusão que leve em conta isso."
Conciliação - Quanto a uma possível conciliação entre "a rigidez da legislação ambiental", como afirmou o internauta Juca Viana, e a realidade do campo, Aldo Rebelo acredita que, após as diversas audiências promovidas pela comissão especial para discutir o tema, será possível conciliar os dois interesses. "No caso da agricultura familiar, ela é a mais prejudicada pelo rigor da lei, e não temos alternativa: ou modificamos a lei ou vamos conhecer um processo de concentração da propriedade, principalmente a pequena e a média, tornadas economicamente inviáveis pela atual legislação."
Florestas x cidades - Aldo Rebelo foi questionado se as possíveis mudanças valerão apenas para as florestas ou se o relatório a ser apresentado em abril será mais amplo e incluirá as cidades. O relator observou que a legislação nacional obriga que São Paulo, por exemplo, fixe 20% de reserva legal do bioma onde está localizado nas bacias e microbacias da região. "Portanto, o critério deve ser diferente para cada área, mas ainda estamos vendo como isso será feito", destacou. Questionado se há vontade política para a votação das questões ambientais neste ano de eleições, Aldo Rebelo destacou: "Ou votamos uma legislação compatível com a realidade do País ou vamos esperar até julho do próximo ano para que o presidente da República, novamente por decreto, torne a adiar a entrada em vigor de uma lei impraticável. Creio que, mais do que uma possibilidade, votar a lei neste ano é uma necessidade."

O mundo está de olho no Brasil

Por Daniel Coelho Barbosa, analista internacional e consultor sobre assuntos ligados a sustentabilidade e à imagem do Brasil no exterior.

Stuttgart, 12/03/2010 - O mundo está de olho no Brasil. Começa pelos eventos de peso mundial que vão acontecer em março sobre biocombustíveis e energias renováveis, o “Worldbiofuels Markets” de 15/03 a 17/03 em Amsterdã e o "Bloomberg New Energie Summit" em Londres entre 16/03 e 18/03. O mês fecha com o “F.O. Licht” em SP.

Um perigo chamado "ILUC"

A nova bandeira contra o biocombustível chama-se ILUC - Indirect Land Use Change. Sem dúvida, os riscos ligados às mudanças no uso da terra existem. Mas, atualmente, propaga-se grosseiramente a ideia de que a mudança indireta no uso da terra é de responsabilidade exclusiva do biocombustível brasileiro.

Quem leu a Folha, o Estadão e o Der Spiegel em fevereiro deparou com apocalípticas manchetes do tipo “Etanol empurra boi para a Amazônia”, na UOL, “Etanol pode elevar emissão de CO2 do Brasil”, no Estadão, e “Boom do etanol ameaca a Amazônia”, no Spiegel Online - está garnida com uma linda foto de um terreno após a queimada em alta resolução. Estes e outros artigos citam o estudo do Pesquisador brasileiro David Montenegro Lapola. Confesso que ao ler estas notícias pensei que toda esta repercussão em veículos de mídia de peso dos dois lados do oceano fosse “coincidência” demais.

Presenciamos a força dos lobbys da UE quando o boi brasileiro foi barrado na Europa. Depois assistimos a onda anti-etanol e agora, o boi e o etanol, são apresentados aos consumidores nos dois hemisférios como se fossem uma dupla sertaneja de criminosos ambientais, atores de um ciclo vicioso que culminaria com a destruição da Amazônia. Parece filme de Hollywood, onde recebeu o papel de vilão um pesquisador brasileiro, o Ph D David Montenegro Lapola, que viu seu trabalho (publicado na revista PNAS) instrumentalizado por diversos interesses antes mesmo que as conclusões e, especialmente as soluções propostas por suas pesquisas, tivessem sido compreendidas.

O mundo e suas tempestades geopolíticas desfavoráveis ao agronegócio brasileiro não conhecem perdão. Isto é o que Lapola está vivendo na pele, como concluo após nossa conversa por telefone. O jovem pesquisador deseja apenas o correto entendimento da sua pesquisa. O mundo divulgou o risco apontado por Lapola, mas não está se importando com as soluções por ele sugeridas para evitar o perigo. Afinal, parece ser de comum acordo na imprensa internacional só falar bem ou só falar mal de determinados assuntos. David Lapola deveria ter, pelo menos, o direito a uma réplica.

A lição do contra-exemplo

Este caso é outro exemplo para todos os empresários do agronegócio do Brasil que deveriam ser muito mais pró-ativos em sua postura. Antes que o rótulo negativo acabe incutido no resto da população mundial. Seja contra o boi, a soja ou o etanol. Mas alguém já ouviu manchetes internacionais sobre, por exemplo, as condições de trabalho dos colhedores de abacaxi? Ou de outras culturas onde o trabalho no campo é igualmente árduo ao trabalho nos canaviais? Não? Já se perguntaram a razão?

Uma coisa é certa: enquanto os produtos brasileiros não tiverem uma voz própria e presente nos mercados consumidores, vão continuar sendo vítimas de críticas com ou sem razão. Afinal, é fácil falar de quem está ausente e convencer uma platéia incauta e leiga da própria argumentação. No mundo globalizado em que vivemos ninguém mais pode continuar a viver avesso às medidas de divulgação de sua qualidade de produção ou sem apresentar provas de idoneidade dos métodos envolvidos.

Iniciativas brasileiras de sucesso

Muito brasileiros não sabem nem onde fica a cidade de Nova Mutum mas o mundo está acompanhando suas atividades bem de perto. Senão o assunto não teria despertado a atenção de analistas de veículos internacionais como a Bloomberg Finance após a viagem do prefeito a Berlim para integrar a comissão técnica do standard ISCC. Numa região já tão visada por ONGs o prefeito decidiu tomar uma atitude pró-ativa e está implementando em sua cidade o MutumGAP, um conjunto de normas que vai atestar a sustentabilidade da produção. Com isso, o prefeito Lírio Lautenschlager envia um excelente sinal para os produtores de todo o Brasil e para o mercado externo: Não vamos ficar parados, se existe uma solução para melhorarmos nossos métodos vamos aplicá-la agora mesmo.

Para o setor sucroalcooleiro da região o MutumGAP oferece a chance de, através da obediência dos mecanismos do sistema ISCC que é reconhecido pelo Ministério. da Agricultura da Alemanha, aferirem na ponta do lápis o índice de balanço de massa das unidades produtores. Todos acham que a cana é sustentável com cerca de 60% de saldo positivo de CO2, mas ninguém sabe os números exatos da própria fazenda ou da própria usina e nem ao certo como promover uma otimização. Esta exatidão permite sair do mundo nebuloso e incerto das estimativas para alegarmos fatos consistentes perante os mercados. Vai fazer um bem danado para a imagem geral de qualquer produto de Nova Mutum. Como visto durante a Fruitlogistika 2010, a certificação GlobalGAP é o passaporte da fruta.

E não só isso, quem quiser exportar etanol para a Alemanha sem a certificação método ISCC estará sujeito a ver seu produto penalizado a partir de Julho de 2010. Precisamente pela falta de garantias palpáveis quanto ao índice de sequestro de CO2. A nova lei alemã exige, no mínimo, 35%.

Certamente, a ressonância do conjunto de medidas como implementado em Nova Mutum tende a abrir as portas para os produtos ali produzidos mundo a fora. Pois se a amanhã a UE decidisse implementar outro padrão qualquer, Nova Mutum estaria à frente com uma cabeça de vantagem e executando apenas equivalência com a nova norma.

Seria bom se houvesse mais estórias como estas para contar ao mundo. Mas, enquanto os produtos brasileiros não possuírem atuação própria aqui na UE vamos ficar expostos a furacões de falácias devastadores, exemplos não faltam. Porém, apesar da soja e do etanol serem setores muito visados, Nova Mutum conseguiu atingir uma zona de calmaria pela sua postura inovadora. No fim, é mais barato prevenir do que remediar.

MORALMENTE, O GOVERNO LULA JÁ É UM TIRANIA

Como? Ficou louco, Reinaldo?” Não! Estou sendo uma objetividade escandalosamente óbvia. Os petistas não instituem uma ditadura porque não podem, não porque não queiram; não o fazem porque as instituições, a despeito deles e resistindo ao assédio a que as submetem, ainda resistem. Mas isso não quer dizer que será sempre assim — desse particular, trato daqui a pouco; quero voltar à afirmação da primeira linha do texto.

Todas as vezes em que se refere à democracia e expressa seu grande apreço por ela, Lula faz isso parecer uma concessão, como se estivesse nos fazendo um grande favor. E ele não está. Foi a democracia representativa, assentada no estado de direito — que o PT, na prática, combateu e combate muitas vezes — que lhe abriu os caminhos para chegar ao poder. Mas não é o regime do coração dos petistas. De modo nenhum!

E quais são as evidências disso? As reiteradas vezes em que o partido e o governo trataram com desdém, quando não com agressividade, as democracias, em benefício, com freqüência, de ditaduras e mesmo de estados terroristas. A sua suposta diplomacia “Sul-Sul” e sua ambição de ser uma espécie de “Império do B” na América Latina (podem gargalhar) pressupõem o alinhamento com o que o mundo produz de pior na política.

Na América Latina, o Brasil sempre deu apoio incondicional a Hugo Chávez — na Venezuela, disse Lula, há “democracia até demais” —, e a seus satélites, Evo Morales e Rafael Corrêa; flertou abertamente com os terroristas das Farc e contra o governo constitucional da Colômbia; co-patrocinou, na prática, uma tentativa de golpe de estado de Honduras; criou facilidades, contra os interesses do Brasil, para o governo do “companheiro” Fernando Lugo no Paraguai; apoiou, com mais estridência do que qualquer outro país, a nova e boçal investida da Argentina para tentar “reconquistar” as Falklands — também apelidas de “Malvinas”… No mundo, não foi diferente. Não há ditador, facínora, delinqüente ou terrorista que não tenham contando com o apoio do Brasil, bastando, para tanto, que sejam, de algum modo, hostis aos Estados Unidos. Ahmadinjad, o terrorista nuclear, é nosso aliado. Omar al Bashir, o açougueiro do Sudão, que já matou mais de 300 mil pessoas, também.

Hostil mesmo o Brasil tem-se mostrado é às democracias — Colômbia, Estados Unidos, Honduras, Israel… Invente Lula o pretexto que for, a sua decisão de não comparecer à posse de Sebastián Piñera na Presidência do Chile é mais uma manifestação da degradação a que chegou a política externa. Notem que ele se apressou em apertar a mão de Michelle Bachelet depois do terremoto. Simbolicamente, é como se não reconhecesse o novo governo — “de direita”…

E há, como se sabe, o apoio incondicional a Cuba, chegando ao requinte de comparar preso político a bandido. Que seja um petista a dizer isso, é um escândalo adicional. Que seja um petista que recebe uma indenização de quase R$ 6 mil mensais porque ficou um mês preso quando dirigente sindical — sem que lhe encostassem num fio de barba, felizmente —, redobra o absurdo. Naquele episódio, diga-se, se alguém sofreu, parece, foi só o “Menino do MEP”. Mesmo assim, a simbologia do “preso político” lhe rendeu a compensação com que se regala.

E, convenham, Lula estava preso, como diria Lula, segundo as leis que havia no Brasil, não é mesmo?

Assim, é preciso concluir que Lula e os petistas não têm nenhuma dificuldade em apoiar e endossar ditaduras. A “conversão” da patota à democracia não foi uma mudança de princípio; trata-se apenas de um meio para reforçar a não-democracia.

Haverá o dia em que conseguirão criar — dentro das regras de mercado, lembro sempre! — uma variante tão particular de democracia no Brasil que seja também uma variante particular de ditadura? É o que eles estão tentando. São moralmente tiranos. Vamos ver se a sociedade brasileira consegue impedi-los de realizar, na prática, o seu delírio totalitário.

Lula, verborrágico, atropela números sobre seu próprio governo.

O discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que seu governo foi o que mais investiu no país não bate com os dados oficiais.
. As atuais taxas de investimentos diretos da União estão longe das registradas na década de 70.
. Em 2009, a taxa de investimentos da União chegou a 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB), sem considerar estatais. Em 1976, no governo Geisel, os investimentos da União foram de 1,9% do PIB, também excluindo as estatais.
. Os dados são do especialista em finanças públicas Raul Velloso, com base em estatísticas do IBGE dos últimos 40 anos.
. Entre 2003 e 2009, a taxa de investimento da União oscilou entre 0,2% — uma das mais baixas desde 1970 — e 0,6%, estimativa para o ano passado. . Nos últimos 40 anos, a taxa de 0,2% foi registrada três vezes: em 2003 e 2004, no governo Lula; e 2000, no governo Fernando Henrique.

Exportações do agronegócio do Brasil sobem 20,6% em fevereiro


As exportações do agronegócio brasileiro subiram 20,6 por cento em fevereiro em relação ao mesmo mês do ano passado, para 4,4 bilhões de dólares, informou nesta quarta-feira o Ministério da Agricultura.
De acordo com comunicado do ministério, carne de frango, carne bovina, açúcar e farelo de soja foram os itens que mais contribuíram para a alta, e o superávit da balança comercial alcançou 3,4 bilhões de dólares. Em janeiro, as exportações haviam recuado 1,8 por cento.
"O mês de fevereiro marca o início de uma recuperação das vendas externas do agronegócio, com a maioria dos grupos de produtos apresentando taxas de crescimento positivas, depois de vários meses de queda com retração do valor exportado em 10 por cento no ano de 2009", disse o diretor de Promoção Internacional do Agronegócio, Eduardo Sampaio.
O ministério destacou o crescimento da receita da carne bovina in natura de 42,6 por cento no período (de 186 milhões para 265 milhões de dólares). No total, as exportações de carnes bovina, suína e de frango aumentaram 24,5 por cento, passando de 781 milhões de dólares em fevereiro de 2009 para 973 milhões no mês passado.
Já o farelo de soja apresentou alta de 39 por cento no valor exportado, sendo o item mais importante na composição do desempenho do complexo da oleaginosa, que aumentou 17,4 por cento, totalizando 582 milhões de dólares.
O complexo sucroalcooleiro teve alta de 47,8 por cento na receita exportada no mês passado em relação ao mesmo período de 2009, atingindo 729 milhões de dólares. O valor dos embarques de açúcar cresceu 50,9 por cento e do etanol, 22 por cento.
As exportações no período subiram para a maioria dos blocos econômicos e regiões com destaque para Europa Oriental (76,3 por cento), Oriente Médio (40,1 por cento) e Ásia (32,8 por cento).

Após 14 anos, País deve voltar a vender carne bovina à China.

O Brasil se prepara para embarcar carne bovina para o mercado chinês a partir do segundo semestre deste ano. A retomada acontece cinco anos depois da paralisação total da comercialização entres os dois países e 14 anos depois do início das negociações.

"Estamos prontos para o negócio, mas como o governo chinês é lento no processo de aprovação, acredito que devamos começar a exportar apenas no segundo semestre do ano", diz Otávio Cançado, diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).

No mês passado, a China reconheceu 16 estados brasileiros livres de febre aftosa e, no momento, aguarda o envio de uma lista com 19 frigoríficos - entre eles 14 indicados pelo próprio país e cinco que já exportam carne processada - para serem aprovados mediante suas regras sanitárias.

Desde 2005, a China restringiu a compra de carne bovina in natura do Brasil após a descoberta de focos de febre aftosa no Mato Grosso do Sul. No entanto, o impasse do comércio de carnes entre ambos os países existe há 14 anos. Depois da assinatura do protocolo de intenções em 2002, o país asiático chegou a abrir o mercado em 2004, porém, com o surto de febre aftosa em 2005, as negociações cessaram.

Devido ao potencial de consumo do mercado chinês, a Abiec estima que o país deva ficar entre os primeiros colocados na importação de carne in natura brasileira, aumentando, ainda mais, a demanda do setor que está em plena recuperação.

"A China deve encostar em Hong Kong, que é o quinto maior comprador de carne bovina do Brasil", diz Cançado. Para se ter uma idéia, Hong Kong importou US$ 55,693 milhões entre janeiro e fevereiro de 2010, o equivalente a 24,564 mil toneladas de carne (em carcaça).

As exportações brasileiras de carne bovina (in natura, industrializada e miúdos) em fevereiro aumentaram em termos de receita, volume e preço, ante ao mesmo período do ano passado. O total de receita subiu 28%, para US$ 347,693 milhões. Os embarques cresceram 8%, registrando 150,972 mil toneladas, enquanto o preço-médio obteve alta de 18%, a US$ 3,5 mil por tonelada.

Para Cançado, os números positivos refletem o momento de retomada do comércio mundial de carnes depois dos impactos negativos decorrentes da recente crise econômica global. "Os estoques estão sendo recompostos, a oferta de crédito está voltando e, consequentemente, a demanda aumenta", diz o diretor da Abiec.

Em dezembro do ano passado, o presidente da Abiec, Roberto Giannetti da Fonseca, previu um crescimento de cerca de 20% para as exportações de carne bovina em 2010. Tendo em vista os resultados apresentados pela associação ontem, Cançado mantém a previsão otimista e ressalta que, se o mercado continuar nesta tomada, é possível que os 20% sejam ultrapassados.

Em 2009, o mercado de carnes mundial sofreu fortes abalos devido à crise financeira, e apresentou queda de 23% em receita, na comparação com 2008, o que representou US$ 4,118 bilhões de faturamento. Além de ter registrado baixas de 10% em volume e 14% no preço-médio.

Ainda de acordo com Cançado, mesmo com uma possível desvalorização do real ante ao dólar, a Abiec acredita que os preços não devem sofrer fortes contrações. "A demanda que vai determinar a política de preços e não o comportamento do câmbio", afirma ele.

Novos mercados

A Rússia continua sendo o principal comprador de carne bovina in natura do Brasil, com 26% do total embarcado. O Irã ocupa a segunda colocação, com uma fatia de 18%, tendo o maior crescimento em volume e receita entre os compradores, 195% e 216%.

Apesar do alto nível de exigência da União Européia (UE) em relação às exportações de carnes bovinas, o Brasil tem aumentado lentamente as negociações com a região. Atualmente, os estados brasileiros passam por uma missão sanitária da UE que, segundo Cançado, está indo muito bem. A vistoria deve acabar no dia 15 de março. A demanda européia no primeiro bimestre cresceu de maneira significativa ante ao mesmo período do ano passado: em volume subiu 17%, para 8,6 mil toneladas, e em receita, 55%, para US$ 43,256 milhões.

Preços agropecuários: fevereiro encerra com alta de 10,26%

O IqPR – Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista encerrou o mês de Fevereiro com variação positiva de 10,26%, afirmam Eder Pinatti, José Alberto Ângelo,  José Sidnei Gonçalves, Luis Henrique Perez e Danton Leonel de Camargo Bini, pesquisadores do Instituto de Economia Agrícola – IEA/Apta, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.  Na comparação entre fevereiro de 2010 com fevereiro de 2009, ainda que a análise dos preços agropecuários, em geral revele aumentos maiores que a inflação média, chama a atenção que mesmo nos produtos vegetais, aqueles que formam a alimentação básica tiveram queda – arroz com queda de 11,49% e feijão com expressiva diminuição de 36,06%.  Em fevereiro os produtos do IqPR que registraram maiores altas, em comparação com o mês anterior, foram: laranja para mesa (93,42%), tomate para mesa (75,62%), laranja para indústria (34,25%), feijão (17,50%), ovos (16,47%) e banana (10,29%).  Para a laranja de mesa, a ocorrência da entrada do verão elevando o consumo de sucos; além de que, em fevereiro, com o findar da safra, a oferta desta fruta reduz-se de forma significativa, afetando os preços com pressões para alta. O tomate para mesa também continua o movimento de alta nos preços, devido às fortes chuvas, que tem impedido uma regularidade mínima da oferta do produto. Mas como produto perecível, o tomate tem um efeito pontual elevado, podendo reverter essa situação de alta seja pela entrada de novas colheitas ou pelo efeito substituição mais decisivo, em especial com a entrada de alternativas de salada como o alface, que também foi duramente afetado pelas chuvas, mas que tem ciclo mais curto.  No feijão, que reverte tendência de queda, a estiagem por alguns dias melhorou a qualidade do produto elevando as médias dos preços recebidos pelos produtores, além do que o desestímulo do plantio começa a refletir-se na oferta do produto. Ressalte-se que face aos preços não remuneradores que ocorreram nos últimos meses, trata-se neste caso da recuperação que ainda coloca as cotações abaixo dos custos de produção. Quanto aos ovos, a redução do alojamento de matrizes verificada no final do ano de 2009, levou à diminuição da oferta. Associado a esse contexto, cabe destacar a natural ascensão das cotações nessa época do ano, período da quaresma, dos ovos em substituição às carnes.  Os produtos que apresentaram quedas de preços no período foram: soja (12,34%), milho (8,30%) carne suína (5,43%), arroz (1,19%) e trigo (0,94%). Para a soja, depois de anunciada safra recorde com crescimento de 30% associada ao início da colheita, as cotações do produto recuaram, além das mudanças na economia chinesa que prognosticam menores aquisições desse produto por esse país asiático. Essa tendência dos preços internacionais e os custos do frete podem ampliar as dificuldades econômicas dos produtores das áreas mais distantes da fronteira agropecuária, gerando remuneração líquida abaixo dos custos de produção.  Para o milho, a entrada da safra numa situação em que não foram retomadas as exportações brasileiras comparando com a realidade anterior à crise internacional, pressiona os preços para baixo. Esse patamar de preços coloca os produtores de milho numa situação de elevada dificuldade, pois estão muito abaixo dos custos médios de produção. Na carne suína o ajuste dos preços para baixo consiste numa tendência inversa do milho, uma vez que os preços desse produto animal estão mais remuneradores que no mesmo período do ano passado e, com isso não estão suscitando as mesmas pressões de custo.

FMI ALERTA NOVAMENTE: RISCO DE BOLHA FINANCEIRA NO BRASIL

O FMI voltou a alertar sobre os perigos de grandes fluxos de capitais em economias emergentes. A instituição já havia dado um alerta no final de novembro do ano passado sobre uma possível bolha financeira no Brasil e demais economias emergentes. Desta vez o próprio diretor do FMI, Dominique Strauss-Kahn, afirmou sobre um risco real de sobrevalorização. Medidas de controle de capitais, até então repugnadas pelo FMI, foram recomendadas como possíveis saídas. Entretanto tais medidas prejudicariam o crescimento mundial, o que afetaria de qualquer forma as nações emergentes. No Brasil o mês de fevereiro foi bastante volátil, mas conseguiu fechar com valorização em relação a janeiro.

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