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Mercado e Cia - Reforma do Código Ambiental gera polêmica entre ONGs e produtores

Para o deputado federal Ronaldo Caiado (DEM-TO), algumas organizações não governamentais tentam rotular o que vem sendo feito pelos produtores, criando taxas. Caiado afirma ainda que o trabalho de credibilidade que vem sendo feito pela Embrapa está acima de qualquer suspeita. Ele também diz que, ao tentar impor estas taxas ao produto brasileiro, seria a mesma coisa que exclui-lo do mercado

Código Florestal precisa deixar o agricultor em paz”, afirma Aldo Rebelo.

Crítico feroz da influência de ONGs em questões ambientais e combatido por ambientalistas por sua proximidade com a bancada ruralista, o deputado Aldo Rebelo (PCdoB) terá uma dura batalha política quando apresentar seu relatório final, no início de junho, na comissão especial de reforma do Código Florestal.
O texto dará aos Estados o poder de legislar em questões ambientais, evitará punição a derrubadas feitas sob incentivo oficial e consolidará áreas de produção em várzeas e topos de morros. Rebelo, que ouviu mais de 378 pessoas em 64 audiências públicas e outras tantas privadas país afora, espera continuar com o apoio dos partidos que o levaram à delicada e complexa relatoria. Os três candidatos a Presidente da República têm opiniões diferentes sobre o tema, mas Aldo Rebelo diz ter apoio para suas ideias de pelo menos de dois dele s: José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT).

As áreas de reserva legal e de preservação permanente (APP) serão mantidas, mas com regras alteradas para permitir "corredores ecológicos" e exigências de mata ciliar segundo a largura dos rios. Haverá moratória de cinco anos ao desmatamento na Amazônia, Caatinga e Pantanal. Na Mata Atlântica, será proibido desmatar. Nesta entrevista ao Valor, Rebelo antecipa algumas das principais propostas do relatório que apresentará.

Valor: Qual o objetivo do seu relatório?

Aldo Rebelo: Minha ideia é criar a base de uma legislação que deixe o agricultor em paz. O Estado tenha mais função de orientar, fazer da preservação do meio ambiente não humilhação e punição, mas educação. Mais de 90% dos municípios não têm órgão ambiental. Na maioria dos Estados, são estruturas precárias. Deviam prevenir, e não punir.
Valor: O senhor delegará poder aos Estados?

Rebelo: Sim, vamos buscar incorporar Estados e Municípios. Se não delegar, não temos como cobrar responsabilidades. Tem que delegar e destinar recursos, como se faz com Saúde e Educação. É o exemplo que buscamos. É a forma de comprometer Estados com a questão ambiental. Como vamos pensar que o Ibama, aqui de Brasília, vai resolver os problemas ambientais? Não tem outro jeito. Se não envolver as pessoas, os Estados, não se resolve.

Valor: As APPs e reservas legais serão mantidas?

Rebelo: Embora a reserva legal e a APP sejam personalidades jurídicas únicas no direito ambiental internacional, com exceção do Paraguai, para cumprir o nosso compromisso com o projeto civilizatório ambientalmente equilibrado devemos manter as duas. E calcular a soma da reserva legal com a APP para exigência legal.

Valor: E as áreas desmatadas ilegalmente?

Rebelo: Algumas áreas têm que ser tomadas como consolidadas. Pode-se fazer uma moratóri a. Na Mata Atlântica, desmatamento zero. Já se desmatou além da conta. Para a Amazônia, também desmatamento zero, mas por cinco anos até cada Estado fazer zoneamento econômico e ecológico. Para Caatinga e Pantanal, a mesma coisa. Não tem sentido fazer operação Arco do Fogo no Amazonas que tem 98% de 1,6 milhão km² de cobertura vegetal original. O que vai se fazer lá a não ser confusão? Amazônia Legal é conceito fiscal para ter benefício da Zona Franca. Lá, tem Caatinga, Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica.

Valor: E como será feita a compensação?

Rebelo: A compensação pode ser na mesma bacia, no mesmo bioma ou fora do Estado. Se for na bacia ou no bioma, pode ser fora do Estado. Porque os rios de primeira geração são interestaduais. Mas isso não está resolvido ainda. Há quem defenda não fazer a reserva legal por propriedade, mas tomar como referência a bacia ou o bioma. Fazendo por bacia obtém opção ecologicamente mais eficaz. Se preserva os corredores ecológicos, a flora, a fauna, os mamíferos superiores. Se fizer por propriedade, a alternativa de isentar as pequenas, facilitar as médias e dar alternativa para as grandes.

Valor: O senhor já tem um critério para calcular as APPs?

Rebelo: A mata ciliar é para proteger margem de rio. Dizer que é 200 ou 300 metros [de largura] não diz nada. A Embrapa diz que foi tirado da cartola. Primeiro, tem que examinar o terreno da margem e o tipo de solo. Se tem declive, em situação mais frágil com a chuva que pode assorear o rio, tem que ter APP maior. Se além do declive tiver solo arenoso, raso, tem que colocar a APP mais protetora. Mas se tem terreno plano, solo duro, argiloso, a APP pode ser menor. E se tem rochedo, um canion, na margem tem que ter outra solução.

Valor: E os topos de morro, as várzeas?

Rebelo: No topo de morro, fica na ilegalidade a turma que planta uva em Caxias, Garibaldi , quem planta maçã, café em Minas. É um conceito abstrato que oferece ao Ministério Público o arbítrio de processar qualquer produtor que está lá há anos e não tem como definir, a não ser um técnico, o que pode ou não plantar. Tem que entregar à universidade, à Embrapa, para dizer o que é. Não pode deixar o Ministério Público, que não sabe a diferença entre um pé de maxixe e uma jaqueira, dizer o que é porque ele não sabe o que é. E tem o absurdo de proibir arroz em várzea.

Valor: O senhor não teme a reação dos ambientalistas?

Rebelo: Essa gente acha que democracia é ter lei ambiental que não passou pelo Congresso. Das 16 mil normas ambientais, de decretos, leis, portarias, 90% não foram votadas por ninguém, não se discutiu ou decidiu. Eles acham isso democrático. Quando queremos levar ao Congresso, Estados e Municípios, estamos queremos levar a sociedade em conta. E o Ministério Público transformou-se, na prática , no braço jurídico dessas corporações, das ONGs. Eles ficam raivosos, mas é isso. E como a sociedade não tem organicidade, o povo não chega nele. Chega quem tem articulação. As corporação têm e chegam. E as ONGs terminam chegando.

Valor: O que o senhor pensa da crítica de ambientalistas ao seu alinhamento aos ruralistas?

Rebelo: Quem é ruralista nesse negócio? A Frente Parlamentar Agropecuária é integrada por deputados de todos os partidos. O Psol talvez seja exceção, mas tem PT, PSB, todos. O meu partido, PCdoB, tem três deputados na bancada. Ruralismo, ou ruralista, é uma expressão que não define nada. Na questão do Código Florestal, a insatisfação vai do assentado da reforma agrária ao produtor de soja, o exportador de carne, todos.

Valor: Como foi sua indicação para a relatoria da Comissão Especial? O PT participou?

Rebelo: A minha indicação foi resultado de um acordo dentro da comissão envolv endo todos os partidos, com exceção do Psol e do PV. Com apoio da liderança do PT e da liderança do governo. Creio que a minha indicação representa a expectativa, tanto do PT como do PSDB, do PMDB e de outros, de tentar resolver uma questão muito importante.

Valor: Então, PT e PSDB vão apoiar o relatório?

Rebelo: Eu posso, de acordo com o relatório que venha a apresentar, esperar que seja apoiado.

Valor: O senhor conhece as posições dos candidatos presidenciais José Serra, Dilma Rousseff e Marina Silva sobre o assunto? São divergentes?

Rebelo: O Serra e a Dilma são personalidades que têm compromisso com o desenvolvimento do país. Não creio que busquem, ou que alimentem, o imobilismo da agricultura, da infraestrutura e da pecuária do país. No caso da senadora Marina, é diferente. Ela construiu a agenda dela ligada aos interesses das organizações não governamentais internacionais. E a agenda dela recente demo nstra esses vínculos. A ideia de transformar a Amazônia em um santuário é de imobilizar a área de fronteira agrícola do país. É uma posição muito divergente da dos outros. Mas acho que a expectativa de encontrar uma solução adequada, de equilibrio da defesa do meio ambiente e a aspiração ao desenvolvimento, pode ter o apoio tanto da Dilma quanto do Serra.

Valor: Qual é a essência, o fundamento de sua posição com a qual os dois candidatos concordam?

Rebelo: A essência da minha posição é romper o equilíbrio estratégico. O equilibrio existente hoje é uma legislação criada pelas ONGs que inviabiliza a agricultura do país completamente. Não tem como ter agricultura e pecuária e infraestrutura no Brasil com esta legislação. Só tem porque ela não é aplicada. Se for aplicada, não existe.

Valor: Como os países desenvolvidos solucionaram o problema?

Rebelo: Não é possível fazer uma legislação compara da porque não existe nada parecido no planeta. Não existe na legislação europeia, americana, algo como temos no Brasil. É simplesmente estarrecedor, inacreditável o que temos na legislação ambiental brasileira. Não sei como chegamos a este estado, como tantos abusos foram cometidos, como foi imposta ao país esta legislação sem que houvesse por parte do Estado e da sociedade algum tipo de repulsa.

Valor: Que exemplos o senhor considera repulsivos?

Rebelo: Como se pode aceitar uma legislação que coloca na ilegalidade 90% dos proprietários, o cidadão que arranca uma minhoca da beira do rio, um índio que põe raiz de mandioca para fermentar dentro de um igarapé, todo o rebanho no Pantanal? Há 250 anos aquelas pessoas criam boi no Pantanal. Aí, aparece uma resolução, uma instrução normativa, uma portaria que coloca essas pessoas na ilegalidade.

Valor: E com a agricultura, a situação é melhor?

Rebelo: Setenta e cinco por cento do arroz produzido no Brasil está na ilegalidade. Bem como toda a produção de banana do Vale da Ribeira, que é uma dádiva porque abastece 20 milhões de pessoas em São Paulo a 100 quilômetros de distância, quando o europeu tem que comer banana da Costa Rica e o americano tem que comer banana do Equador. Aqui, está tudo na ilegalidade. Como pode, em um único município de Mato Grosso, ter 4 mil assentados do Incra proibidos de receber o Pronaf [crédito rural] porque não conseguem cumprir a legislação ambiental? Os pequenos agricultores vendendo suas propriedades porque elas são desvalorizadas pela ação do Ministério Público, pela ação dos órgãos ambientais.

Valor: Há algum sentido nesta desordem permanente, que ninguém corrige?

Rebelo: Essa anarquia não é anarquia, há uma lógica. Você bloqueia a infraestrutura do país, completamente, não consegue fazer nada, não consegue pavimentar uma estrada, fazer uma ponte, uma ferrovia, um arremedo de hidrelétrica como é Belo Monte.

Valor: Hoje, seria possível fazer uma Itaipu?

Rebelo: Nada. Também não faria Brasilia, hoje. Levou mais tempo para licenciar uma pista do aeroporto de Brasília do que para fazer Brasília. À luz dessa legislação, o nosso país é um crime ambiental, não um projeto civilizatório generoso, da tolerância. Quando os portugueses chegaram aqui já existiam os criminosos ambientais, os índios, que caçavam sem licença. A literatura brasileira é cheia de crimes ambientais. Em "Vidas Secas", em "Os Sertões". E quando você olha para a legislação europeia e americana sequer existe a figura jurídica da reserva legal.

Valor: Qual a reserva legal da Holanda, de onde vem o combativo Greenpeace?

Rebelo: Na Holanda, não existe. Na Amazônia, é 80%. Aqueles canais cortam a Holanda de cima abaixo. Qual a APP [área de proteção permanente], a mata ciliar? Não existe. E na prática há um bloqueio, porque como é possível manter uma propriedade produtiva com 80% de reserva legal? Uma área que contribui com 8% do PIB onde você não pode fazer nada. Roraima importa farinha de mandioca do Paraná, importa etanol paulista, importa leite de Rondônia, com uma área do tamanho do Estado de São Paulo, 250 mil km2.

Valor: É este diagnóstico que faz um ícone da esquerda como o senhor ser identificado com o pensamento ruralista?

Rebelo: Quem são os ruralistas? Os assentados do Incra? Os assentados da reforma agrária de Araçatuba? Da fazenda Ipanema, que eu conheço e visitei, e que têm as mesmas preocupações com relação a essa aplicação da legislação? O binômio ruralista-ambientalista é um discurso que serve a esse tipo de ambientalismo, que não é todo ambientalismo, não. Cerca de 90% dessas ONGs são locais, bem intencionadas, e algumas fazem trabalho importante, humanitário.

Valor: E os outros 10%?

Rebelo: São meia dúzia de ONGs, algumas com sede no exterior. Chegam aqui, recebem muitos recursos de fora - algumas recebem do próprio governo brasileiro. Já discuti a questão da Caatinga em Petrolina. O Ministério da Integração fez um convênio com uma ONG americana. Perguntei: não tem uma universidade federal da Bahia, de Pernambuco, de Petrolina, para resolver esse problema? Precisa uma ONG americana? Agora o Banco do Brasil está contratando uma outra ONG estrangeira. Há uma espécie de submissão, de capitulação do Estado nacional diante dessas pressões.

Valor: Com que objetivo agem essas ONGs?

Rebelo: Congelar a fronteira agrícola, transformar o Código Florestal numa espécie de Código Tributário, para jogar nas costas da agricultura brasileira um custo que não pode ser jogado na Organização Mundial do Comércio. Porque a confusão está toda em Mato Grosso e não está em São Paulo? Por causa da fronteira agrícola. Acham que é preciso conter a expansão da fronteira agrícola do Brasil, ela se constitui numa ameaça aos nossos concorrentes lá fora. Guerra da soja, do algodão, do açúcar, da carne. Por que vão se reunir 500 ONGs em Colider? Para obstruir a Cuiabá-Santarém? O que ela tem de tão horrível se pode, inclusive, a mesma rodovia que transporta carne, soja, gente, boi, ela também pode transportar os fiscais do meio ambiente, as ONGs, para olhar o que está acontecendo. É para impedir o transporte de grãos. Então, não tem nada de inocente, nada de humanitário nisso. Não estão aqui em busca do nosso bem. Estão aqui em busca dos nossos bens, como disse o sábio padre Antonio Vieira.

Valor: Que ONGs estão em busca dos nossos bens?

Rebelo: Posso dizer uma, que é a holandesa: Greenpeace. Tem sede na Holanda, registrada na Junta Comercial de Amsterdã. Com um histórico muito pouco recomendável, perdeu muito prestígio na Europa por conta de denúncias e resolveu recuperar o prestígio fazendo campanhas na Amazônia. São executivos, não é trabalho de voluntários. São bem remunerados.

Valor: Como resumir as consequências desse legislação?

Rebelo: São duas: primeiro a concentração da propriedade da terra. E segundo um processo de desnacionalização, porque o investidor estrangeiro, com o custo lá fora, no país dele, muito elevado, pode suportar esse custo aqui.

Valor: Quem tem levado vantagem com o código atual?

Rebelo: Uma parcela dessas ONGs que transformam a batalha numa espécie de indústria. Espalham pânico, medo, e colhem recursos para dizer que protegem o meio ambiente dos predadores do campo. Ninguém se dá conta da tragédia ambiental nas metrópoles. Em São Paulo, tem um represa que banha 11 cidades. É bonita, cercada de APP, mas ninguém nada porque recebe o esgoto dessas cidades. Então, a pessoa está em São Paulo, te m aquele rio Tietê que recebe todo o esgoto, tem dois carros na garagem, come pizza no forno a lenha e acha que o problema ambiental é de quem cria vaca em Araçatuba, uma cabra em Petrolina ou planta milho em Rondônia. Há um divórcio entre a sociedade rural e a mentalidade urbana que não tem consciência dos seus próprios problemas. Os ativistas dessas ONGs têm origem urbana, desconhecem, têm um bloqueio, não conseguem visualizar o mundo do campo.

Valor: E o campo é o vilão?

Rebelo: A agricultura brasileira é muito desigual. Parte dela é pré-capitalista, semicapitalista, sem capital ou tecnologia intensiva. Essa é a mais vulnerável à legislação. Ela pode não ter função econômica relevante, ser cotada na bolsa, mas tem função social relevante porque garante a sobrevivência de muita gente. As pessoas estão ali por opção existencial, espiritual, querem viver no campo, se identificam com aquilo. Porque vamos expulsá-las dali? A agricultura intensiva em capital e tecnologia - essa de Mato Grosso, grande criador de gado, produtor de grãos - é responsável pelo êxito do Brasil na crise da Europa e dos EUA.

Valor: E as desigualdades do campo?

Rebelo: Você pode apontar deformidades na distribuição da renda e da propriedade da terra. Mas vamos fazer do Código Florestal um instrumento de vingança contra essa agricultura? Os problemas sociais se resolvem por outro caminho. Tem que reconhecer os méritos, as virtudes dela.

Valor: O que o senhor pensa sobre o novo decreto sobre reserva legal e compensações ambientais em estudo na Casa Civil?

Rebelo: Não conheço a medida, mas creio que a tradição de legislar por decreto nessa matéria não trouxe bom proveito nem para o meio ambiente nem para agricultores. Agora, se o governo quer resolver os problemas, e tirar 90% dos agricultores da ilegalidade, eu também não posso ser contra.
Fonte: Valor Econômico

EXPORTAÇÃO DE BOI VIVO NÃO ATRAPALHA MERCADO INTERNO





A afirmação é da coordenadora de Agronegocio do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Rita de Cássia Vieira.
A venda de bovinos vivos para o exterior interfere pouco na estabilidade do mercado interno brasileiro de carne resfriada ou congelada, segundo a coordenadora de Agronegocio do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Rita de Cássia Vieira. A afirmação foi feita nesta terça-feira (4) em audiência pública da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio. O debate foi realizado para esclarecer se a exportação de bois vivos está ou não ameaçando a produção nacional.

Rita Vieira informou que, atualmente, apenas 1,6% do rebanho brasileiro é destinado à exportação de bovinos vivos, o que representa anualmente 500 mil cabeças e um lucro de 400 milhões de dólares em 2009. Ela acrescentou que o ministério já editou portaria — a entrar em vigor em 30 de junho — regulamentando a exportação de gado vivo. Segundo ela, a atividade tem crescido de forma moderada e está concentrada basicamente no Pará, responsável por 96% das operações nacionais.

"Não há desequilíbrio na cadeia produtiva. O ministério, porém, continuará monitorando o mercado. Se houver um aumento espetacular nos índices de exportação de gado em pé, aí sim poderemos pensar em medidas compensatórias para a indústria", afirmou.

O deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) defendeu a venda de animais vivos no Pará como forma de fugir dos interesses dos frigoríficos locais. "Sem a exportação do boi em pé, os produtores rurais paraenses estariam quebrados, pois eles sofrem nas mãos de cartéis", disse. Atualmente, os maiores importadores de bovinos vivos brasileiros são, pela ordem: Venezuela, Líbano e Egito.

Para o economista e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Reinaldo Gonçalves, no entanto, é um erro o País investir na comercialização de bois em pé. "Trata-se de um lamentável exemplo de "primatização" da pauta de exportação; de nos tornarmos meros fornecedores de matérias-primas", argumentou. O estudioso acrescentou que a prática conflita com as pretensões do Brasil de se tornar referência no comércio internacional.

Essa opinião foi compartilhada pelo representante da Associação Brasileira de Frigoríficos, Francisco Victer, que considerou o abate necessário "não só por questões econômicas, mas também como estratégia para agregar valor à nossa indústria".

Já o consultor da Associação Brasileira dos Exportadores de Gado em Pé (Abeg), Alcides Torres, afirmou que a comercialização de bovinos vivos não inviabiliza outros negócios. "É mais um canal de escoamento da produção. É por causa da exportação de produtos primários que a nossa balança comercial deve fechar positivamente neste ano", defendeu.

Mesmo sendo um mercado pequeno, a exportação do chamado boi em pé causa divergências de opiniões. Para o representante da Sociedade Mundial de Proteção Animal, Charlí Ludtke, o principal problema desse tipo de exportação são os danos causados aos animais: "As viagens são longas, há cansaço; assim como acontece com pessoas, os animais se desgastam e cansam viajando três semanas para o Líbano."

Em defesa dos exportadores de gado em pé, Alcides Torres garantiu que os produtores também estão preocupados com o bem-estar animal e tomam todos os cuidados possíveis com o transporte do gado. Ele destacou que o produtor se beneficia mais exportando gado vivo.

"Exportando o bovino em pé, o produtor recebe mais pelo animal. Esse dinheiro fica no campo, representa investimento e quando o produtor vai bem a indústria de insumos também se dá bem. E, se fizermos uma conta, a agregação de valor no campo em função do pagamento melhor pelo produto é 255% maior do que o valor agregado na exportação", argumenta.

Fonte: Agência Câmara


ENIPEC 2010: Alysson Paolinelli, Ex-ministro da Agricultura, fala sobre o progresso do agronegócio brasileiro

Ex-ministro é ovacionado em Cuiabá ao lembrar dos pioneiros que desenvolveram o centro-oeste e possibilitaram que os assalariados passassem a se alimentar a um custo muito menor.

Link: ENIPEC 05/05/10 - Palestrante Alysson Paolinelli

O ex-ministro da Agricultura, Alysson Paolinelli, realizou um discurso durante a ENIPEC 2010 e foi aplaudido por todos os participantes e representantes do setor agropecuário, ao relembrar o processo de crescimento do agronegócio brasileiro.
Paolinelli falou sobre as dificuldades que o país enfrentou antes do período Juscelino e Vargas, quando o Brasil ainda não era autosuficiente na produção de alimentos. “Naquela época o país não tinha capacidade, tampouco competitividade para dar sustentação à produção de alimentos”.  De acordo com ele, foi nesse mesmo período em que o Brasil iniciou as importações.
O ex-ministro falou, também, da importância do setor cafeeiro, que durante anos manteve financeiramente o Brasil. “O produto de melhor valor na época era o café. Sobrava dinheiro e ajudava o país a se alavancar, o Brasil tinha quase 80% do mercado” garantiu.
De acordo com Alysson, em 1968, houve a crise mundial de alimentos e os EUA, que era a maior potência, acabou se confessando incapaz, e fez o primeiro embargo não-político. “Com isso, o mercado explodiu, o preço dos alimentos dobrou, e o Brasil não tinha auto-suficiência. Grande parte dos alimentos do país era importado”. 
Apesar de todas as dificuldades enfrentadas, Paolinelli fez questão de frisar a importância da agricultura. “Sempre foi a agricultura que fez o Brasil caminhar, com produção de café, cacau, borracha”.
Além de relembrar o passado, o ex-ministro se mostrou indignado com o que vem ocorrendo em relação à legislação ambiental. “Fazer legislação com base no achismo é burrice” disse ele. “Hoje somos detentores da melhor tecnologia tropical do globo, e que para azar dos nossos concorrentes, ela é muito mais sustentável”.
Paolinelli acredita que hoje o Brasil está acuado, em função de todos os protestos provenientes de ONGs internacionais, fazendo com que o produtor rural se sinta o causador de todos os males. “Isso é uma mentira” bradou. “Hoje criaram uma legislação que impede o país de progredir”.
Ele finalizou o discurso falando que o maior avanço que a agricultura conquistou e vai continuar conquistando, está na melhora dos preços para o consumidor final, permitindo que esse povo brasileiro tenha a possibilidade não apenas de comprar um carro, alimentos, mas que possam também enviar seus filhos às universidades, para que no futuro o Brasil tenha pessoas capacitadas para lutar por um progresso muito maior do que os que vem sendo impostos e barrados atualmente.

EXCLUSIVO:Ex-ministro afirma que é preciso que candidatos ao Governo entendam as necessidades da agricultura em poucas propostas

Ex-ministro afirma que é preciso que candidatos ao Governo entendam as necessidades da agricultura em poucas propostas.
Parte 1
Link: Roberto rodrigues 200410 1
Parte 2
Link: Roberto rodrigues 200410 2
Parte 3
Link: Mercado&Cia 20/04/10 - Roberto Rodrigues - pt. 3
Ano eminentemente eleitoral, a importância quanto a escolha dos próximos governantes para o país cotidianas discussões se tornam fundamentais para a clareza das muitas necessidades que o Brasil carece. Sobre a ótica de professor do Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, pontua propostas de governo para os candidatos.
Segundo ele, é preciso centralizar reivindicações em um conjunto uniforme e unanime para que cada candidato se prepare e entenda os problemas nacionais, despertando o interesse em melhorar o país. Para a agricultura, Rodrigues propõe quatro propostas de melhoria para o setor: renda, logística, comercialização e reforma institucional.
“Nosso papel central agora é: um, explicar ao candidato o que é importante para o setor rural porque é importante para o Brasil; dois, cobrar dele uma posição e escolher o candidato adequado; três, convencer a opinião pública urbana que é majoritária que ela depende também desses processos, não obstante, aparentemente esteja distante dela, mas que não pode viver sem a agricultura”.
Renda                                                                                                   
O professor é direto quando compara a política agrícola de renda atual à ideal para o campo enfatizando a reformulação de questões relacionadas ao câmbio, reforma no crédito rural em vigor e sem alteração desde 1965, endividamentos, seguro agrícola e, conseqüentemente, mecanismos de comercialização. Para ele, a política agrícola existente no Brasil é perfeita, porém, não sai do papel.
Logística e comercialização
“Todo mundo sabe que o produtor brasileiro é competitivo dentro da fazenda dele, quando sai, perde por causa da renda”. Sobre sua afirmação, o ex-ministro apóia que o Governo precisa de mecanismos de logística, ou seja, rodovias, ferrovias, portos, hidrovias e sistema de armazenamento que garantam ao agricultor competitividade até mesmo internacional com todos seus produtos agrícolas para mudar a renda atual do homem do campo.
Diretamente relacionada, o terceiro tema em discussão aponta para a necessidade de uma promoção comercial internacional com adidos agrícolas que, ao invés de esperar que o mundo veja o Brasil como uma vitrine e venha até aqui comprar, existam embaixadas que possam analisar o mercado e bater a porta de cada país mostrando que o produto brasileiro atende todas as necessidades mundiais.
Para tal, é preciso que continue a abertura de novos mercados, acordo bilateral entre Governos, casamento interno entre o setor público e o privado, ou seja, necessidade de uma política de comércio exterior muito clara o reconhecimento internacional do Brasil.
 Reforma institucional
Talvez o tema mais polêmico, a reforma institucional constitui em uma forma geral de reformulação do Governo. Segundo Rodrigues, o modelo brasileiro atual é constituído por 35 ministérios desnecessários, uma vez que projetos do Ministério da Agricultura ficam “empacados” ou não funcionam porque dependem da aprovação de outros ministérios.
“A Agricultura faz um programa perfeito (da política agrícola) e não impões porque falta um mecanismo institucional estratégico que é de coordenação do Governo”, afirma.
No entanto, dentro da reforma institucional para ser reivindicada aos candidatos ao Governo um leque se abre sobre questão ambiental e florestal, agrária, trabalhista. Com isso, o eleitor precisa eleger uma bancada comprometida com o motor do Brasil que é a agricultura.
Portanto, o professor acredita que para que exista uma agricultura desenvolvida, a necessidade de um Código Florestal e Ambiental moderno se faz fundamental. Bem como, a reforma agrária capitalista que assente o trabalhador rural e dê a ele condições legais de progresso com tecnologia adequada, crédito e credibilidade.
“Acho legítimo o sonho da reforma agrária, também acho legítimo que qualquer um queira um pedaço de terra. Se o Governo promete terra, por que o garçom, o motorista de taxi também não vai querer?”, assim o professor defende que a invasão de terras feita pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra é ilegal, desprovido de fundamentos legítimos perante a lei.
Este é o momento de cada cidadão pensar e repensar no que lhe é prioridade e enxergar que o desenvolvimento do país está na agricultura.
“Temos que conversar sobre política o tempo inteiro, explicar com clareza porque é fundamental que a agricultura avance, porque ela é o motor deste país. Não existe calça jeans sem algodão, não tem sapato sem couro, borracha sem seringueira, não tem seda sem o bicho-da-seda, não tem nada sem a agricultura. É isso que o povo precisa compreender no Brasil e votar naqueles (candidatos) que devem defender isso que é desenvolver este país”,  divaga Roberto Rodrigues.

CRESCER SEM DESMATAR: Confira as entrevistas realizadas no fórum da Agrishow

Forum Canal Rural aponta perseguição de ONGs internacionais à agricultura brasileira, ao transformar a questão ambiental em mais uma barreira contra os agronegócio do Brasil.
Aldo Rebelo
Link: Agrishow 28/04/10 - Entrevista com Aldo Rebelo


 Monica Bergamaschi
Link: Agrishow 28/04/10 - Entrevista com Monica Bergamas

Ricardo Arioli
Link: Agrishow 28/04/10 - Entrevista com Ricardo Arioli

Manoel Ortolan
Link: Agrishow 28/04/10 - Entrevista com Manoel Ortolan

Debate
Link: Agrishow 28/04/10 - Debate
 
  

Palma é responsável por 30% do óleo vegetal produzido no mundo, diz ministro da Agricultura

“A palma é uma planta extraordinária. Quando se trata de óleo, a cultura produz dez vezes mais que a soja na mesma área. Além disso, é responsável por 30% de todo óleo vegetal produzido no mundo.” A afirmação é do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, que participou do programa Bom Dia Ministro, coordenado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República e apresentado nessa quarta-feira (5).
Segundo o ministro, o Programa de Produção Sustentável de Palma de Óleo no Brasil, lançado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quinta-feira (6), vai possibilitar a multiplicação da cultura no Brasil. “Hoje, 90% da palma é produzida no Pará e o zoneamento agrícola, elaborado pelo Ministério da Agricultura, mostra que temos, no mínimo, 29 milhões de hectares disponíveis onde a palma poderia ser usada com eficiência na região amazônica”, ressaltou.
Rossi disse, ainda, que a área plantada da cultura no País é de 76 mil hectares, o que representa produção de 190 mil toneladas. O consumo interno é de 450 mil toneladas. “Importamos, no último ano, 255 mil toneladas. Então, o produtor que decidir plantar palma vai abastecer o mercado interno e exportar também, já que esse mercado está concentrado em apenas dois países: Tailândia e Indonésia, que abrangem 90%”, enfatizou.
Com a plantação de 10 hectares de palma o produtor tem condições de receber R$ 2 mil por mês. “Não tem outra cultura que possa ser usada pelo agricultor familiar que dê esse resultado”, ressaltou o ministro.
Financiamento - O governo já colocou à disposição do programa R$ 60 milhões. De acordo com Rossi, o financiamento concede ao pequeno produtor prazo de 14 anos, com seis anos de carência e juros de 2% ao ano. “Assim, é possível produzir a palma, explorá-la economicamente, para depois começar a pagar o financiamento”, informou o ministro.

EX-MINISTRO DA AGRICULTURA CRITICA MODELO E DEFENDE MAIS PESQUISAS NO SETOR

O ex-ministro da Agricultura, Alysson Paulinelli, criticou nessa quarta-feira (5) em Cuiabá o modelo agrícola brasileiro e fez veemente defesa em favor de mais pesquisas e tecnologia na agricultura. “Acabaram com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Hoje a empresa tem apenas 4% do minguado orçamento destinado à agricultura. Eu não aceitaria um convite para ser novamente ministro neste cenário”, disse, ao responder a uma pergunta do jornalista Paulo Henrique Amorim, que mediou o debate com o ex-ministro durante o 6º Encontro Internacional de Negócios da Pecuária (Enipec). Paulinelli foi um dos palestrantes de nessa quarta-feira (5) no último dia do evento, promovido pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famato).

Bastante aplaudido em sua apresentação ante uma platéia que lotou um dos auditórios do Centro de Eventos do Pantanal, o ex-ministro discorreu sobre a história da agricultura brasileira nos últimos 40 anos e traçou um paralelo do modelo agrícola daquela época e de agora. “Tínhamos um governo militar, é verdade, mas preocupado com o desenvolvimento de pesquisas para apoiar o crescimento da agricultura. Crescemos bastante com a Embrapa, porém, o atual governo não se importa com a pesquisa porque se acomodou com o avanço da agricultura nos últimos anos”, frisou Paulinelli, que coordenou a criação da Embrapa na década de 70.

Ele disse que, se convidado para ocupar o cargo de ministro no governo Lula, rejeitaria a proposta. “Não é possível fazer política agrícola com este governo que aí está. A agricultura virou moeda de troca política”, criticou.

Paulinelli defende uma nova revolução tecnológica, embora o país detenha o melhor conhecimento em tecnologia agrícola do mundo. “Não podemos parar no tempo. Acredito que se retomarmos a bandeira da pesquisa, vamos avançar muito mais. O conhecimento é a moeda do futuro e precisamos investir cada vez mais em novos sistemas de produção visando reduzir os custos e alcançar melhores resultados”.

O ex-ministro afirmou que o país depende fundamentalmente da agricultura - “os sábios da economia sabem que se a agricultura parar, o país quebra” – e criticou o movimento ambientalista, lembrando que há uma “tremenda mobilização” de ONGs (Organizações Não Governamentais), que acuaram os produtores e culpam o sistema produtivo de vilão dos desmatamentos e do aquecimento global”.

Segundo o ex-ministro, a Embrapa tem tecnologia disponível para triplicar a produção brasileira de alimentos, fibras e energia e ainda aumentar a produção de carne e leite ocupando apenas os cerca de 50 milhões de hectares de pastagens em degradação existentes no país sem derrubar uma única árvore por meio de um sistema que integra, numa mesma propriedade, lavoura-pecuária-floresta. “Mas, para ser adotado em larga escala no médio e longo prazos, precisa do suporte de políticas públicas”, lembrou.

Melhoria na qualidade do solo e na eficiência de insumos, retenção de água e diminuição de gases de efeito estufa, além da economia de até 80% de energia, são algumas das vantagens do sistema.

Paulinelli, que adota o sistema há vários anos em propriedade localizada em Minas Gerais, endossou os benefícios apontados pela pesquisa em depoimento nessa quarta-feira (5) no Enipec. “Estou feliz porque peguei uma propriedade ultradegradada e hoje é um exemplo. Tenho água até onde antes não tinha”, declara. “A inovação tem um custo que a maioria não pode assumir”, argumentou lembrando que não se pode ver a implantação do sistema de forma “poética”, mas como conseqüência de políticas de incentivo.

Ele ressaltou que é preciso que o produtor rural siga corretamente as orientações técnicas para obter resultados, o que evidencia a demanda por treinamento de multiplicadores e o crescente investimento em órgãos de assistência técnica e extensão rural.

EXPORTAÇÃO DE GADO VIVO REFLETE QUALIDADE SANITÁRIA DO PAÍS

Diretor de Saúde Animal do Ministério da Agricultura destacou que o Brasil evoluiu no sentido de atender às exigências dos países importadores
“O crescimento das exportações de animais vivos demonstra que o sistema de defesa sanitária animal brasileiro alcançou a credibilidade necessária perante os compradores”, afirmou o diretor de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Jamil de Souza, durante audiência pública sobre exportação de bovinos vivos. O debate foi na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (4).
Souza explicou que é papel do governo assegurar as garantias sanitárias para a exportação de animais vivos ou de produtos de origem animal. Ele destacou, ainda, que o Brasil evoluiu, na última década, no sentido de atender às exigências dos países importadores, o que resultou na abertura de mercado para os embarques de bovinos.

Números
O País começou a exportar bovinos vivos em 2003. Até 2009, o setor cresceu 23.000%, conquistando a posição de quarto maior exportador mundial nesta categoria, atrás de Canadá, México e Austrália. Atualmente, a média de vendas internacionais já superou os 500 mil animais por ano, o que representa apenas 1,3% do total abatido no País.

ENTREVISTA: CONFIRA A ENTREVISTA CONCEDIDA AO MERCADO&CIA PELO JORNALISTA REINALDO AZEVEDO

Confira entrevista especial com Reinaldo Azevedo, da revista Veja, no programa Mercado & Cia do Canal Rural desta sexta-feira (02/04). Na entrevista Reinaldo analisa os candidatos a Presidente, e as implicações de cada candidatura para o agronegócio brasileiro. A questão ambiental e a proposta de um novo plano de Direitos Humanos, que Reinaldo considera um "plano socialista", são temas da entrevista especial. 

Parte 1 - Sobre a questão ambiental:  "Exterminadores do Futuro" versus "Promotores da Fome"... 

Parte 2 -  Sobre a perseguição da Esquerda ao agronegócio

Parte 3 - Serra, caso eleito, conseguiria desmontar o aparelho petista incrustrado no Governo???

Parte 4 - MST é quem indica os dirigentes  do Incra...

Parte 5 - Marina e Ciro, quais as chances???

Parte 6 - Plano "Socialista" dos Direitos Humanos tenta extinguir os direitos à propriedade  e à liberdade da imprensa...

Parte 7 - Só o voto impedirá o cerco ambiental aos produtores rurais...

Parte 8 - Caso Raposa do Sol, só 0,7% da área da reserva era ocupada pelos arrozeiros...

    

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