Theme Preview Rss

O CONTRA-ATAQUE AMBIENTAL DOS RURALISTAS

Os produtores rurais começaram ontem a colocar em prática uma estratégia política para "sair das cordas" na contenda ambiental ao anunciar um amplo programa de pesquisas para revisar os conceitos e índices hoje utilizados na proteção de biomas e ecossistemas do país.
O "Projeto Biomas", que custará R$ 20 milhões ao longo de nove anos, oferecerá as bases científicas para a alteração dos critérios de áreas de proteção ambiental, criando um novo conceito de "áreas sensíveis" e fixando graus diferentes de preservação a ser aplicados em áreas de preservação permanente (APPs) e de reserva legal (RLs).
Conduzidas pela Embrapa, estatal vinculada ao Ministério da Agricultura, as pesquisas envolverão 350 pesquisadores e servirão como base científica para as teses políticas dos ruralistas no Congresso Nacional. "Vamos recuperar áreas sensíveis e dar base para novas leis no Congresso", avisou a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA), senadora Kátia Abreu (DEM-TO).
A parceria CNA-Embrapa ocorre no momento de maior tensão dos embates entre ruralistas e ambientalistas por causa da reforma do Código Florestal Brasileiro, em vigor desde 1965. "Temos que nos livrar dessa sopa de letras. Não interessa os atuais percentuais de reservas legais ou a declividade de APPs. O objetivo é recuperar o que foi feito por desconhecimento ou os problemas causados pelas mudanças na legislação", disse a senadora.
A "nova fase" de relacionamento dos ruralistas com as questões ambientais deve fazer prevalecer a "razão científica". "Não dava mais para ser esmagado e visto como bandido. Entregamos os destinos do setor à ciência", afirmou Kátia Abreu.
O projeto prevê pesquisas iniciais em seis áreas de 500 hectares em cada um dos seis biomas nacionais - Amazônia, Mata Atlântica, Pantanal, Cerrado, Caatinga e Pampa. As premissas são "desmatamento zero", pagamento por serviços ambientais como compensação pela manutenção de florestas, reflorestamento de APPs fluviais, encostas e topos de morros, além de consolidação de áreas de produção de alimentos.
A Embrapa coordenará os trabalhos de gestão, seleção de "fragilidades" e a implantação de uma rede nacional de experimentação em 3 mil hectares, que será estendida para até 15 mil hectares em outras etapas. A parceria também prevê a transferência de tecnologia aos produtores.
"Temos que desapaixonar e tirar o partidarismo do assunto. Vamos fazer patrimônio valer mais por ser absolutamente correto", defendeu a presidente da CNA, que lamentou a ausência de ONGs ambientalistas e de representantes do Ministério do Meio Ambiente no anúncio do novo projeto. "Não podemos deixar dividir o Brasil. Não precisamos de ministros que tentam disseminar a discórdia", afirmou, em referência indireta ao ministro Carlos Minc. "Precisamos findar essa divisão sem razão de ser entre ruralistas e ambientalistas."
No evento, que reuniu as principais lideranças do setor rural na sede da CNA, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, atacou diretamente as ONGs ambientalistas. "Até aqui, meio ambiente era monopólio de ambientalistas. Só eles decidiam sobre o tema", criticou. Adversário interno do colega Carlos Minc, o ministro reclamou da exclusão de sua Pasta das discussões sobre meio ambiente. "Até 30 dias antes da COP [conferência da ONU sobre mudanças climáticas], o ministério não tinha sido chamado para debater o tema". Para ele, o ambientalismo é uma "doutrina" que precisa ser aplaudida.
Conforme o presidente da Embrapa, Pedro Arraes, foram superadas algumas das principais divergências científicas que impediam a aproximação da agricultura com o meio ambiente.

Fonte: Valor Econômico

CEDRO AUSTRALIANO CHEGOU PARA FICAR


Esta espécie ganhou o mercado referente a espécies cultivada para madeira por ser uma espécie cuja madeira é muito cara e com um retorno muito grande, esta espécie supera Teca x Guanandi, Eucalipto e outras espécies. Com retorno entre 6 e 12 anos não tendo o problema com broca sendo plantado em vários estados do Brasil.


Clique AQUI para ver a matéria completa

EPAMIG APOSTA NO SISTEMA SILVIAGRÍCOLA COMO ESTÍMULO AOS AGRICULTORES FAMILIARES DA ZONA DA MATA

A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) fará, em março, a primeira colheita de arroz, resultado do projeto para desenvolvimento de sistema silviagrícola em uma comunidade de agricultores familiares da Zona da Mata de Minas Gerais. O projeto foi instalado em dezembro de 2009 em uma propriedade situada no distrito de Godinhos, no município de Ervália, onde estão sendo cultivadas, em sistema de consórcio, mudas de eucalipto e de acácia intercaladas com arroz e feijão. O objetivo, segundo o coordenador, Flávio Pereira da Silva, que é pesquisador da EPAMIG Regional Zona da Mata, é estimular o sistema silviagrícola como instrumento de melhoria do nível sócio-econômico dos pequenos produtores da região.
A utilização sustentável dos recursos naturais por intermédio do emprego do sistema silviagrícola caracteriza menor dependência de insumos, resulta em maior segurança alimentar para os agricultores familiares e consumidores finais, permitindo a obtenção de um número maior de produtos numa mesma área de terra. “Para os agricultores familiares isto refletirá em aumento e diversificação de renda por unidade de área, agregando valor aos produtos agrícolas e florestais, melhorando o fluxo de caixa; aumentando as receitas da propriedade; diversificando as atividades agrícolas, reduzindo os riscos de produção e produzindo maiores benefícios ambientais para toda sociedade”, ressalta.
O projeto de pesquisa foi aprovado em 2009 pelo Ministério do Desenvolvimento Agrícola (MDA) e tem duração de três anos. Para viabilizar a implantação e a difusão do sistema, foi estabelecida parceria entre a EPAMIG, a Emater local e o Sindicato dos trabalhadores Rurais de Ervália, que identificaram a área ideal para o experimento, com 10.800 m2. Os parceiros são responsáveis também pela divulgação dos resultados gerados e sua conexão direta com os agricultores familiares da região. A ideia, segundo Flavio Pereira da Silva, é transformar a área cultivada em Unidade Demonstrativa de um sistema silvipastoril para que novos agricultores familiares visitem e se interessem em aderir ao sistema.
Benefícios à economia e ao meio ambiente
O sistema silviagrícola é praticado, empiricamente, por agricultores familiares há centenas de anos, sem, no entanto, terem conhecimento dos benefícios econômicos e ambientais, se comparado aos sistemas de monocultivos, ressalta o coordenador do projeto. Essa prática intensifica a reciclagem de nutrientes na terra, proporciona maior cobertura do solo, protegendo-o dos efeitos erosivos, economizando fertilizantes e mantendo ou aumentando a fertilidade do solo. Adicionalmente, os sistemas silviagrícolas proporcionam vários produtos para subsistência do agricultor familiar, dando-lhe maior flexibilidade para negociação no mercado, e permitindo a utilização racional da mão-de-obra familiar em tempo integral.
A Zona da Mata de Minas Gerais é formada, em sua maioria, por pequenas propriedades rurais com predominância de topografia ondulada e solos de baixa fertilidade - às vezes degradados, com baixo aproveitamento ou subutilizados durante todo o ano. Geralmente, essas propriedades são constituídas por agricultores familiares de baixa renda que residem na sede da propriedade, explorando-a com o emprego da mão de obra familiar para sua subsistência. “O sistema silviagrícola permite a ocupação de áreas marginalizadas, proteção das nascentes e cursos de água, recuperação e proteção dos solos, geração de matéria prima para as indústrias florestais e geração de postos de trabalho”, destaca Flávio Pereira da Silva.

PROJETO QUE DEFINE COMPETÊNCIAS AMBIENTAIS DE ESTADOS E MUNICÍPIOS É PRIORIDADE DA BANCADA DO AGRONEGÓCIO

A aprovação de propostas que modifiquem a legislação ambiental é uma das prioridades da Bancada do Agronegócio para 2010. Entre as matérias elegidas, segundo o deputado federal Luis Carlos Heinze (PP-RS), um dos líderes do bloco, está o Projeto de Lei Complementar (PLP) 12/03, que define as competências da União, dos estados e dos municípios na área de proteção ao meio ambiente e licenciamento ambiental.
O PLP foi aprovado no final do ano passado na Câmara dos Deputados e ainda precisa ser apreciado pelo Senado. De acordo com o parlamentar gaúcho, a bancada ligada à agricultura vai trabalhar para agilizar a tramitação do projeto e pela manutenção do texto aprovado pelos deputados. “O ponto alto dessa matéria diz respeito a autonomia dos estados para legislarem sobre questões ambientais”, ressalta.

CONFIRA A ENTREVISTA COM REINHOLD STEPHANES

Ministro Reinhold Stephanes garante que 4 pontos polêmicos do atual código florestal já foram discutidos com o presidente Lula e poderão ser modificados. Veja quais são estes pontos.



Link: Mercado&Cia 23/02/10 - Entrevista com Reinhold Ste

CAFÉS ESPECIAIS NA BAHIA SE DESFALCAM NO CENÉRIO INTERNACIONAL


Com uma previsão de safra de 2,45 milhões de sacas para este ano, perfazendo a quinta produção do país segundo dados da Agricafé, sendo 50% da produção destinada a exportação e a outra metade ao mercado interno, o café produzido na Bahia é considerado atualmente como o melhor no quesito qualidade, desbancando a tradição do estado Minas Gerais no assunto.

Este ano, no leilão Cup of Excellence, da Associação Brasileira de Cafés Especiais, o café da cidade de Piatã, na Chapada Diamantina, teve a cotação mais alta, sendo comercializado a R$ 5.630 por saca. Países como a Coréia do Sul, Taiwan, japoneses, europeus, canadenses e norte-americanos aparecem na lista dos compradores do café Premium baiano.

Segundo Silvio Leite, da Agricafé e coordenador técnico do concurso, faz menção aos cafés provenientes dos concursos que são os mais valorizados independente do Estado produtor.

"Este ano como o lote vencedor e também outros lotes que ficaram bem classificados foram produzidos na Bahia, em Piatã, os cafés daquela região estão mais valorizados. No ano passado, tivemos poucos lotes finalistas no concurso e a grande maioria foi produzida em Minas Gerais, na região de Carmo de Minas, sendo o café daquela região o mais valorizado", informa. Leite destaca a existência de um prêmio para o café especial.

"Este prêmio pode variar de 5 a 10% do valor de mercado ou para os cafés de concurso como o da BSCA e Cup of Excellence pode até quintuplicar o valor, como foi o caso deste ano onde o preço médio do leilão foi em torno de R$ 1.550,00 por saca", menciona.

Não valoriza o café - Apesar dos cafés premium serem considerados diferenciados, no Brasil ainda não existe uma política de diferenciação do produto final. Ou seja, em países europeus e norte-americanos o consumidor desembolsaria US$ 7 na xícara do café Premium, no Brasil ele desembolsa R$ 3.

Para Silvio Leite a situação é um caso a parte. "São contextos diferentes com economias muito distintas. Existem cafés especiais a R$ 3, mas também existem cafés especiais a R$ 7,00 aqui mesmo no Brasil, portanto, o importante mesmo é o consumidor encontrar um produto que valha a pena comprar para saborear com o máximo de prazer, afinal é por isto que tomamos café. Na minha opinião, o prazer de tomar um café ainda é muito barato para nós", explica.

Leite considera que nos últimos anos o consumidor brasileiro começou a diferenciar os cafés Premium/especiais. "O mercado tem crescido, mas podemos notar facilmente o volume de cafeterias, hotéis e restaurantes que estão buscando qualidade ao servir uma xícara de café. A Associação Brasileira da Indústria de Café, ABIC, tem feito um ótimo trabalho neste âmbito e dentre as suas classificações por qualidade estão o tradicional, superior e gourmet", frisa.


Consumidores adormecidos

Ele ainda acredita na mudança da visão do consumidor de cafés no Brasil que segundo ele aos poucos está mudando seus padrões e valorizando mais o sabor diferenciado de cada café. "Acredito que seja uma evolução do consumidor que está acompanhando uma tendência mundial de consumo "especial" dos vinhos, azeites, queijos, embutidos, etc. Nos cafés, ele buscou e tem encontrado sabores que jamais imaginou e tem curtido muito esta experiência. O consumidor não tem isto ainda materializado na mente, mas está descobrindo aos poucos, pois este não é um mercado de volume, mas de descobertas", avalia.

Sobre o que caracteriza um café Premium, Leite destaca um mix de situações que envolvem clima, relevo, tipo de solo, dentre outros aspectos. "Muitas regiões têm todas as características para a produção de cafés especiais, depois depende muito do perfil do produtor, dos cuidados com a lavoura com a colheita, que deve ser no ponto máximo de maturação dos grãos de café para garantir todo o sabor e doçura contida no grão, depois disto vem o processo de secagem, descanso, torração.

Em poucas palavras, lotes de cafés especiais não permitem erros operacionais em nenhum momento desde a colheita até o preparo seja ele em espresso, filtro, moka ou "french-press". Costumo dizer que o importante é o produtor conhecer o potencial máximo de qualidade que pode ser obtido na sua fazenda, isto permitirá manusear as safras e obter o melhor resultado qualitativo e econômico do seu negócio", cita.

Em relação a certificação Leite menciona a existência de várias delas no Brasil. As principais certificações segundo ele são a BSCA - Brazil Specialty Coffee Association; Fair Trade; Rain Forest Alliance; Utz Certified; 4C e ISO. "No caso dos concursos podem participar todos os produtores brasileiros, com ou sem certificações. Importante é ter qualidade excepcional", esclarece.

No tocante a certificação de cafés Premium e os benefícios ao consumidor, Silvio Leite revela a adoção de uma política especifica. "A Agricafé tem uma política comercial muito transparente com os produtores e compradores.

Somos uma empresa pequena completamente focada em atender o mercado de alta qualidade de cafés especiais - todos os compradores dos Estados Unidos, Europa, Japão e também nossos compradores aqui do Brasil que vem nos visitar e conhecer os produtores que trabalham o ano todo para ter estes lotes especiais. Os prêmios pagos por estes lotes são merecidamente direcionados para estes produtores".

ITAMBÉ DIZ NÃO À FRIBOI E QUER A FUSÃO DE CINCO COOPERATIVAS


A Itambé, maior cooperativa de laticínios e terceira maior indústria do setor no país, com cinco unidades produtoras, recusou, no mês passado, uma oferta de aquisição pela Friboi e trabalha agora para que aconteça uma fusão entre cinco cooperativas de leite.
Se acontecer a fusão entre as mineiras Itambé, Cemil e Minas Leite, a paranaense Confepar e a goiana Centroleite, a nova empresa passaria a ser a maior do setor de laticínios no país em volume, com 2,5 bilhões de litros de leite por ano. Ultrapassaria a Nestlé (com cerca de 1,9 bilhão de litros) e a Perdigão (aproximadamente 1,5 bilhão). Sozinha, a Itambé responde hoje por cerca de 1,2 bilhão de litros por ano.
Na segunda quinzena de março, a PricewaterhouseCoopers (empresa de auditoria) deve entregar os estudos finais sobre a fusão, com a parte que caberia a cada um no negócio. Depois, ocorreriam as conversas finais entre as cooperativas, que poderiam concretizar a fusão.
"Se o pessoal concordar com as avaliações que a auditoria definir, virá a fase mais burocrática, com diligências, contratos, advogados. Mas, se os números forem validados por todos, é um grande avanço", disse Jacques Gontijo, presidente da Itambé.
Em 2009 algumas dessas cooperativas já conversaram sobre a união, mas não houve acordo. "Estou muito animado", afirmou Gontijo.
A recusa à proposta da Friboi foi feita no mesmo dia em que ela foi apresentada em janeiro. Mas essa não foi a primeira proposta a ser recusada. No final de 2009, outras duas grandes empresas procuraram a Itambé também com propostas de compra, ambas recusadas. A empresa não quis revelar os nomes dos interessados.
Gontijo diz que "o mundo está levando" as empresas a se unirem para que sejam competitivas e que as cooperativas não estão imunes a isso. Mas a intenção da Itambé, diz ele, é que a fusão não fique apenas na criação de uma megacentral de cooperativas. Desde já, os envolvidos fazem planos e discutem a viabilidade de transformar a futura megacentral em uma S/A., com a participação de um sócio estratégico, como a BNDESPar. (PP)

A VOLTA - VAIVÉM DAS COMMODITIES

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br
Após um período difícil em 2009, os pecuaristas de Mato Grosso veem o mercado reagir. As exportações de janeiro subiram 4,6% em relação às de dezembro, mostram dados do Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária).
COM RECUPERAÇÃO
Luciano Vacari, da Acrimat (associação dos produtores), diz que as exportações deste ano podem repetir as de 2008, que somaram média mensal de 19 mil toneladas (equivalente carcaça). No ano passado, as vendas externas caíram 19% ante as de 2008.
SEM RECUPERAÇÃO
Os vizinhos argentinos não têm a mesma sorte. As exportações voltaram a crescer, mas os frigoríficos não encontram bois para abater. A falta de animais fez o preço da carne disparar, e os pecuaristas temem que, mais uma vez, o governo coloque amarras nas exportações.
CRISE ANUNCIADA
Os argentinos chegam a uma crise que há muito se previa. O problema maior é que os frigoríficos de algumas regiões, como a de Santa Fé, estão abatendo apenas 45% do que abatiam em janeiro e afirmam que pode haver demissões.
DOENÇA SE ALASTRA
Relatório da Secretaria de Abastecimento de SP sobre a presença do greening nos laranjais mostrou que 44% dos 20 mil produtores -90% do total das propriedades do Estado- que responderam ao questionário indicam a presença da doença. Os dados se referem ao segundo semestre de 2009 e mostram que 3 milhões de árvores foram cortadas.
FALTA DE AÇÚCAR
A Czarnikow estima que o deficit de açúcar continuará até 2001. A Índia mantém as importações, mas a oferta será baixa. A produção brasileira de açúcar terá a concorrência da de álcool, diz a consultoria.
INDO BEM
Há especulações no mercado, no entanto, de que a safra "vai indo bem" no Brasil, disse o analista James Cordier à Reuters. Com isso, houve um movimento de liquidação de posições ontem, derrubando os preços de Nova York em 7,5%.
MAIS RENDA
Se a exportação de suco de laranja mantiver o ritmo médio das três primeiras semanas, o mês termina com receitas de US$ 122 milhões, 15% mais do que em igual período de 2009, conforme dados da Secex (Secretária de Comércio Exterior).
FRETE MAIS CARO
A boa safra de soja deve provocar pressão maior no custo dos fretes. Para obter uma margem de 10%, a soja exportada de Rondonópolis (MT) para Santos (SP) teria de ser produzida a apenas R$ 24,34 por saca, segundo a consultoria Céleres.

EXPORTAÇÃO DE GADO VIVO AMPLIA A REDA NA PECUÁRIA

Rio Grande do Sul é o segundo maior vendedor de bovinos em pé do País.Está previsto para as próximas semanas o envio de mais uma remessa de boi em pé para o Líbano. Desta vez, devem deixar o Rio Grande do Sul entre seis e oito mil animais. A prática tem crescido exponencialmente no País nos últimos anos e no Estado, apesar de ter apresentado queda no ano passado, deve continuar sendo considerada como boa opção de comercialização. "Vale a pena para os produtores, que podem antecipar as vendas dos terneiros, sem precisar esperar pelas feiras de outono", diz o diretor da Farsul, Carlos Simm.
O dirigente reforça que, em alguns casos, é possível conseguir incremento de até 10% nos preços pagos pelos importadores, se comparado com os valores praticados no mercado interno. A opção por essa modalidade de exportação contribui também para o enxugamento da produção gaúcha e costuma ter reflexo direto na alta dos preços no mercado doméstico. "Os preços pagos com a exportação de gado em pé muitas vezes servem como referência de valores aqui dentro", completa Simm.
Conforme pesquisa da Scot Consultoria, a exportação de boi vivo no Brasil cresceu, em seis anos, 24 mil por cento. O analista de mercado Alex Santos Lopes da Silva acredita que a queda do Rio Grande do Sul no volume exportado, que de um total de 16 mil cabeças enviadas em 2008, passou para pouco mais de 6 mil no ano passado, seja sazonal e não deva continuar. Parte dessa redução é atribuída à entrada do Pará nessa modalidade de negócios, estado que hoje ocupa o primeiro lugar em volume exportado. "Vale a pena comprar dos paraenses, especialmente por parte da Venezuela, pela proximidade dos portos e baixo custo de produção", explica o consultor da Scot. O estado exportou 506 mil cabeças, em 2009, em função do constante aumento de demanda por carne por parte do país vizinho. Juntas, as duas regiões respondem por 98% das negociações do setor no mercado externo. "Começamos em 2003 exportando duas mil cabeças, hoje são 518 mil no País", diz Silva.
Mesmo com o volume expressivo, o especialista afirma que os envios ainda são muito inexpressivos a ponto de fazer concorrência com a exportação de carcaças. "Apenas 1% do gado que seria abatido é destinado ao mercado externo ainda vivo." O presidente do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Rio Grande do Sul (Sicadergs), Ronei Lauxen, discorda e diz que se trata de uma influência negativa, especialmente em uma época em que a indústria gaúcha trabalha com ociosidade. "Temos capacidade de absorver mais carne, e os abates caíram cerca de 20% entre dezembro e janeiro", apontou.
De acordo com números da Scot, no ano passado, o faturamento com as exportações de gado em pé no Brasil foi de US$ 419,5 milhões ante os US$ 740,2 mil de 2003. De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o País deve avançar, em 2010, mais 20%, enquanto a taxa mundial de crescimento por ano varia entre 3% e 4%. Para Silva, caso esse ritmo se mantenha por mais cinco anos, além de o Brasil ser o primeiro no ranking mundial de carne in natura, também será possível liderar o de boi vivo. Nessa modalidade de negócio, o Brasil ocupa hoje o quarto lugar, depois do líder Canadá, seguido do México e da Austrália.

DEZ PAÍSES DEVEM ABRIR MERCADO PARA O BFASIL EM 2010


De acordo com ele, a prioridade da pauta são as carnes bovina, suína e de aves. Stephanes explicou que esse número de países pode ser maior, mas que 10 deles já estão em fase final de negociação.
– O Japão é um dos países que apresentam hoje melhores condições (para abertura de mercado) – citou.
O potencial desses novos mercados, de acordo com o ministro, é de US$ 10 bilhões.
– Se conseguirmos 10%, 20% disso... O importante é entrar nesse mercado e estamos adiantados em termos de negociações – afirmou.
Stephanes admitiu que o aumento não é significativo dado que o Brasil já mantém relações comerciais com aproximadamente 180 países.
– Mas temos de continuar a aumentar.
Além da abertura de novas praças de negociação, também estão na lista dos mercados considerados como prioritários pelo Ministério da Agricultura: Taiwan, Malásia, Indonésia, China, União Europeia, Croácia, México, Arábia Saudita, Hong Kong, Rússia, México, Estados Unidos e Canadá.
Stephanes ressaltou que o maior empecilho para a ampliação ou início das negociações é o uso de barreiras sanitárias, que, às vezes, segundo ele, são utilizadas como barreiras comerciais.
–Há países que estão deixando claro que querem proteger sua produção – disse.
– Considero isso legítimo e acho que, às vezes, o Brasil precisa aprender a proteger um pouco mais seus produtores.
Para buscar novos mercados e derrubar barreiras, o ministério prepara mais de 30 missões sanitárias, fitossanitárias e comerciais este ano em 40 países. A programação de missões sanitárias e fitossanitárias para 2010 prevê visita a países como Japão, Coreia do Sul, Filipinas, África do Sul, Colômbia, China, Bruxelas, Argentina, Uruguai e Austrália.
No caso das 12 missões de promoção internacional, o foco estará em produtos como soja, milho, arroz, carnes, café, lácteos, frutas e ração para animais, entre outros. Serão visitados China, Japão, Coreia do Sul, Cingapura, Rússia, Estados Unidos, Canadá, Arábia Saudita, Emirados Árabes, África do Sul, Argélia, Marrocos e Egito.
O ministro salientou que alguns mercados já foram abertos no ano passado. Foi o caso de Argentina, Filipinas e Vietnã para a carne suína; de China e África do Sul, para aves; de Chile, Argélia, Tunísia, Nigéria, para carne bovina e da Argélia, para lácteos.
– A estratégia é a persistência. Temos de remover todos os problemas sanitários e fitossanitários e esse é um trabalho permanente – disse.

BRASIL ENCARA COMPETIÇÃO COM EUA.

O Brasil tem mais condições de ampliar a produção de grãos e alavancar as exportações do agronegócio que os Estados Unidos, disse ontem o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. A declaração foi dada um dia após o governo norte-americano ter anunciado que pretende dobrar as vendas externas da produção agropecuária do país – atualmente em US$ 100 bilhões ao ano.
Ontem, no fórum mundial da agricultura, o Agriculture Outlook Fórum, que ocorre nos EUA, especialistas disseram à Gazeta do Povo que a meta de expansão é audaciosa, mas possível. A avaliação de Stephanes parte do fato de que o agronegócio brasileiro tem mais terras cultiváveis. Enquanto os Estados Unidos já exploram a maior parte de seus campos, o Brasil tem condições de dobrar sua área agrícola aproveitando 70 milhões de hectares de pastagens degradadas, conforme dados do Ministério da Agri­cultura. "Eles podem crescer aumentando a produtividade, mas ainda assim têm espaço menor".
Stephanes considera que os produtores brasileiros estão mais distantes do teto de produtividade no cultivo de grãos. Ele cita o milho como exemplo. "Eles aumentaram praticamente até o limite que poderiam. Atingiram o topo de produção. Lá a média é de 10 mil quilos de milho por hectare. O Brasil está com menos de 5 mil quilos, o que indica que o país tem margem para crescer." O plano de expansão das exportações do agronegócio brasileiro é bem menos ambicioso que o norte-americano. Em cinco anos, considerando como base o ciclo 2009/10, o país quer ampliar as exportações em 50% no milho (para 18 milhões de toneladas), 18% na soja (32 milhões de t), 37% no frango ( 5,5 milhões de t) e 35% na carne bovina (para 3,8 milhões de t). Essas projeções vêm sendo discutidas há duas safras.
Disputa na soja - A principal disputa entre Brasil e EUA no setor do agronegócio acontece na soja. Os dois países possuem praticamente a mesma produtividade, cerca de 2,8 mil quilos por hectare. Os custos oscilam de acordo com os preços da época em que os produtores compram os insumos. Neste ano, levaram vantagem os brasileiros, agora mais competitivos. A soja em grão e industrializada é um dos produtos-chave que os EUA têm para oferecer para a China, principal alvo dos exportadores brasileiros.
Na avaliação de Stephanes, os EUA não poderão elevar os subsídios a ponto de garantirem, com recursos públicos, aumento de 100% nas exportações do agronegócio. Ele considera que a legislação norte-americana que regula a dosagem dos recursos é reformulada a cada quatro anos e foi reeditada há menos de dois anos. "Não é tão simples assim." Stephanes disse que pretende ouvir os técnicos que participam do Outlook Forum assim que eles chegarem ao Brasil. O ministro não descarta reações por parte dos concorrentes dos EUA em caso de aumento irregular nos subsídios. "Existe um consenso mundial de que não se deve aumentar subsídio na area agrícola e sim reduzir os atuais", argumenta. "A reação mundial seria muito forte em relação a isso."
Paraná - O secretário da Agricultura do Paraná, Valter Bianchini, também considera pouco provável que subsídios sustentem o plano de expansão das exportações do agronegócio norte-americano. "O país não se encontra com essa facilidade de aumentar os gastos públicos, está em processo de recuperação", avalia. Ele frisa que o uso de novas tecnologias tem sustentado crescimento expressivo na produção. Em sua avaliação, as exportações podem dobrar, mas num período de mais de cinco anos. As novas regras impostas pelo mercado para a produção de alimentos fazem com que as metas de expansão de qualquer país tenham de ser ponderadas, acrescenta Bianchini. "A agricultura está em um novo patamar de tecnologia, com cada vez mais obrigações relacionadas à sustentabilidade", aponta. O aumento do valor das exportações passa pela agroindustrialização, como ocorre no Paraná, acrescenta. "O que os americanos podem fazer é acelerar esse processo".

Grandes perigos nos aguardam

Passei parte da minha manhã de sábado diante do computador, vendo as imagens do site do PT, que transmitia ao vivo a convenção do partido, que aclamou Dilma Rousseff candidata do à sucessão do Lula. Tenho o hábito de visitar o site, um dos mais completos, artisticamente bem feitos e com conteúdo interessante da internet. Não perdi pela escolha, a transmissão estava perfeita, como se eu lá estivesse.
A abundância de recursos para manter o site do partido deverá ser proporcional àquela que financiará a candidatura. Apesar de ainda estar atrás nas pesquisas de opinião penso que dificilmente o PT perderá estas eleições, a menos que o fato novo dos últimos dias, a candidatura de Ciro Gomes, seja para valer. Ciro poderá fazer enorme estrago nos currais eleitorais do PT, especialmente no norte-nordeste, mas não apenas. Ele criará, mantida a candidatura, um elemento de incerteza que é o único que poderá afetar o pleito.
Deprimente o papel do vice-presidente, José Alencar, entronizado como militante honorário do partido, com direito a crachá e voto na convenção. Um homem naquela idade, doente terminal, deveria ao menos cheirar a farsa apoteótica que foi o congresso do PT. Deveria ao menos ter lido as “propostas” da candidatura. Mas nada: está completamente cego para os perigos que representam o continuísmo do poder petista. Vi na figura de José Alencar o conjunto dos empresários petistas, de banqueiros a industriais e comerciantes. Essa sujeição abjeta aos comissários petistas é um dos elementos determinantes da revolução em curso. É a covardia e a conivência dos homens que têm poder e dinheiro para fazer frente aos leninistas que está viabilizando todo o processo. Não farão nada contra o PT. Assim, condenam o Brasil a passar pelos traumas que foram evitados por nossa elite durante o século XX.
Nunca é demais lembrar o relevante papel de Getúlio Vargas e do Marechal Castello Branco na contenção do perigo vermelho que ameaçava a Nação. Não parece haver ninguém com a estatura deles entre nós. O programa de governo da Dilma, mesmo que saibamos que seja uma peça mais de cunho publicitário, mal se contem dentro do texto. A vontade revolucionária sequer foi escondida, embora esteja mais implícita do que explícita. Dilma eleita será a aceleração da tomada do poder total, explícito no aumento da velocidade da estatização, do controle dos meios de comunicação, da instrumentalização da diplomacia com vistas à revolução mundial (especialmente na América Latina), da desordem nas finanças pública em níveis perigosos, pondo o país desnecessariamente em risco.
A revista Veja que chegou às bancas sublinhou a má intenção no que se refere ao controle das comunicações:
“O controle da mídia foi aprovado no eixo das diretrizes que tratam do acesso à comunicação. O trecho que passou pelo crivo do congresso diz que as medidas para promover a democratização da comunicação social devem ser voltadas para ‘combater o monopólio dos meios eletrônicos de informação, cultura e entretenimento’. O texto cita como parâmetro resoluções da 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), realizada em dezembro. A reativação do Conselho Nacional de Comunicação Social, o fim da propriedade cruzada, a exigência de porcentagem de produção regional, a proibição de sublocação de emissoras e direito de resposta coletivo também recheiam o pacote aprovado”.
Se esses objetivos forem alcançados o Brasil deixará o rol das sociedades abertas e passará a integrar os regimes ditatoriais. Isso mesmo, Dona Dilma do PT promete transformar nosso país em uma república popular nos moldes leninistas, com a conivência de gente como José Alencar e os grandes empresários brasileiros. Grandes perigos nos aguardam.
Nivaldo Cordeiro é Doutor em Economia pela FGV-SP e empresário livreiro

M AIATOLÁ DO PETISMO ATACA KÁTIA ABREU: PATRULHA, IGNORÂNCIA E MISOGINIA

A senadora Kátia Abreu (DEM-TO) já tinha muitas razões para se orgulhar de seu mandato. Agora tem mais uma. Foi covardemente atacada por um aiatolá do petismo, o soi-disant jurista Dalmo de Abreu Dallari. O artigo do bruto foi publicado no JB, e lá poderia continuar, quase ignorado. Mas decidi lhe dar visibilidade. Porque acho que se trata de uma guerra que vale a pena ser travada.
O pretexto para a baba esquerdopata de Dallari foi o convênio firmado entre a CNA (Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil) e o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) em favor da segurança jurídica no campo. Vejam que coisa absurda, não!? Um órgão que representa um setor da economia — o único que produz os superávits que permitem a Dallari e a seu genro, Eduardo Suplicy, cantar as glórias de Lula — firma um convênio com um órgão do Judiciário para garantir a… segurança jurídica!!! Onde já se viu um escândalo desse? Decente é sair por aí invadindo terras, incendiando casas, depredando laboratórios, como faz o MST, aliado da turma do suposto “jurista”.
No artigo, Dallari larga o braço no CNJ, uma forma, para quem conhece o riscado, de atacar o ministro Gilmar Mendes. Mendes tem a péssima mania de indagar: “Mas o que diz a lei?” Petista sempre acha que cumprir a lei é um ato de sabotagem contra os “oprimidos” que ele diz representar. Por isso Lula, conforme lembro num post abaixo, já chegou a mudar uma lei só para permitir que a Oi comprasse a Brasil Telecom. O oprimido, no caso, era Sérgio Andrade, um dos donos da Oi e da empreiteira Andrade Gutierrez e maior financiador individual de suas campanhas eleitorais. A Oi (ex-telemar) também foi a empresa que injetou R$ 10 milhões na Gamecorp, a empresa do gênio Lulinha. Mas já me desviei. É que essa proteção dos petistas aos oprimidos sempre me encanta e me leva a devaneios poéticos.
No artigo, Dallari avança contra Kátia Abreu com incrível brutalidade. Leiam. Volto em seguida:
Na realidade, a senadora Kátia Abreu é lobista notória, usando as prerrogativas do mandato de senadora para a proteção e o benefício do agronegócio, o que ficou bem evidenciado quando, em companhia de três senadores, ela saiu de Brasília e foi ao estado do Pará com o objetivo exclusivo de impedir a continuação dos trabalhos do Grupo Móvel de Fiscalização do Trabalho Escravo que apurava denúncias da prática da escravidão em unidades do agronegócio situadas naquele estado. Assim, também, tem sido noticiada com grande ênfase sua intensa atividade visando impedir a imposição legal de índices razoáveis de produtividade para as unidades rurais, bem como a proibição do desmatamento irracional em prejuízo do meio ambiente. E jamais se teve notícia de qualquer palavra ou iniciativa da nobre senadora condenando o uso do trabalho escravo ou o desmatamento criminoso. Essa é a personagem que, junto com o ministro Gilmar Mendes, vai cuidar da segurança jurídica no campo.
Coincidentemente, nos Estados Unidos acaba de ser feita uma grave denúncia de corrupção, noticiando-se que um membro da Câmara de Representantes, Billy Tauzin, era lobista da indústria farmacêutica enquanto exercia o mandato, o que é proibido pelo Código de Ética do Legislativo. Por causa da denúncia e optando pelo que lhe traz maior proveito, ele desistiu do mandato para assumir a presidência da Pharma, instituição privada que comanda o lobby dos laboratórios. Será ética a acumulação do mandato de senadora com a presidência da Confederação Nacional da Agricultura ? Ao lado dessa questão, está presente e merece veemente condenação a corrupção institucional que se configura pela aliança de duas instituições, para agir contra disposições expressas da Constituição e em prejuízo do povo brasileiro.
Comento
Vai acima um conjunto de boçalidades e de preconceitos: contra o agronegócio, contra a atividade parlamentar e, o que não me surpreende neste caso em particular, CONTRA AS MULHERES. Isto mesmo: o artigo de Dallari é escandalosamente misógino.
É mentira que os senadores tenham ido ao Pará tentar impedir qualquer fiscalização. Quem conhece o trabalho da CNA e de Kátia Abreu sabe que ela já disse mais de uma vez que não tem nenhum compromisso com proprietários que não sigam as leis trabalhistas. Não se limita a dizer. Age assim. Desafio Dallari a provar o contrário. A Confederação tem hoje uma meta: desmatamento zero, mas está empenhada em proteger, sim, a agricultura e a pecuária dos ecologistas do miolo mole, que devem imaginar, como já escrevi aqui, que arroz, feijão, milho ou carne brotam nas prateleiras do Pão-de-Açúcar e do Carrefour…
Estudo de pesquisadores da Embrapa, que Dallari ignora ou finge ignorar, prova que, a se fazer tudo o que querem os que se intitulam “ecologistas”, sobrará 27% do território nacional para a produção de comida, para as obras de infra-estrutura e para as cidades. Alimentaremos o povo com a luz emanada da cachola do aiatolá do petismo Dalmo de Abreu Dallari.
Quanto à questão do lobby, a tese é vigarista e preconceituosa. Nunca li nenhum texto de Dallari atacando o deputado Armando Monteiro Neto, presidente da Confederação Nacional da Indústria desde 2002. Deve disputar o Senado pelo PTB. Antes, presidira a Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco por 12 anos. Sempre num partido aliado ao governo federal. Os pecados de Kátia Abreu, assim, são dois: é mulher liderando uma entidade e é de oposição.
Mas eu ainda não disse tudo. Quantos são os sindicalistas ligados ao PT ou a partidos aliados que estão na Câmara e no Senado? Não é o próprio presidente da República expressão de uma organização sindical? O Executivo está coalhado de representantes da CUT, que constitui, ela sim, o núcleo duro do governo Lula. E não se ouve, naturalmente, um pio de Dallari.
Sim, eu o brindarei com aquela descompostura passada pelo poeta Antero de Quental num adversário. Então é Reinaldão falando para Dallari:
Levanto-me quando os cabelos brancos de V. Exa. passam diante de mim. Mas o travesso cérebro que está debaixo e as garridas e pequeninas coisas que saem dele, confesso, não me merecem nem admiração nem respeito nem ainda estima. A futilidade num velho desgosta-me tanto como a gravidade numa criança. V.Exa. precisa menos cinquenta anos de idade ou, então, mais cinquenta de reflexão. É por esses motivos todos que lamento do fundo da alma não me poder confessar, como desejava, de V.Exa. nem admirador nem respeitador”.
É isto: é a futilidade, além do ranço ideológico e, suspeito, da misoginia, que leva Dallari a dirigir tal ataque a Kátia Abreu. Mas eu considero que a senadora está diante de um fato auspicioso. Ela realmente começou a incomodar. E se tornará, é bom se cuidar, alvo de ataques permanentes. Como, até agora, não vi ninguém vencê-la no argumento, restam o xingamento e a desqualificação, a exemplo de agressões já desferidas por Carlos Minc, aquele ministro que rebola no palco em homenagem a Jah, o deus dos regueiros (ou algo assim; não sei direito porque não me oriento por sinais de fumaça). O que entende Dallari de agricultura? Não saberia, perigosamente, distinguir um nabo de um rabanete. Mas de patrulha ideológica, ah, disso ele entende!
Essa gente não ataca quem não incomoda. E, definitivamente, Kátia Abreu incomoda os aiatolás do suposto “progressismo”. Eis a boa notícia! E eles tentarão de tudo para desconstruí-la. A esquerda só prospera, e a entrevista de Lula ao Estadão o prova, fazendo o jogo sujo, chamando de crimes as virtudes alheias e de virtudes os seus próprios crimes.

Kátia Abreu defende novo modelo de crédito rural

A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, defendeu hoje (10/2) a adoção de um novo modelo de financiamento rural, mais flexível e mais transparente, o que poderia gerar menos burocracia na hora de o produtor obter financiamento para a safra, além de evitar sucessivos refinanciamentos. Ao justificar a medida, um dos principais argumentos mencionados foi o prejuízo que muitos agropecuaristas tem tido em várias regiões do País em culturas como arroz, pecuária de corte e milho, com a remuneração inferior aos gastos que eles têm em suas culturas, segundo apontou o novo boletim de custos de produção da CNA, lançado hoje pela presidente da entidade.
Segundo a senadora, grande parte dos produtores recebe pela produção o suficiente apenas para cobrir o Custo Operacional Efetivo (COE), que contempla os desembolsos rotineiros, como a aquisição de insumos. No entanto, eles não conseguem cobrir o Custo Operacional Total (COT) da atividade, que envolvem, por exemplo, gastos para repor a depreciação do patrimônio (trator, colheitadeiras, etc.). “Seriam necessários mecanismos de apoio para cobrir esta diferença, para que o produtor não coma ainda mais sua rentabilidade e não prejudique o agronegócio, que representa um terço do Produto Interno bruto (PIB), dos empregos e das exportações”, enfatizou.
Kátia Abreu acrescentou que esta questão da dificuldade do produtor em pagar seus financiamentos foi tema de conversa com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, no ano passado. “O Mantega disse que o produtor está com dificuldade de pagar empréstimos de máquinas e equipamentos do BNDES. Eu expliquei que vai ser difícil pagar porque no preço não está incluída a depreciação”, afirmou a senadora.
Na avaliação da presidente da CNA, os boletins da entidade com estas informações ajudariam nas discussões sobre este modelo de financiamento, que teria, entre outros pontos, uma central de risco, que seria um cadastro com todas as informações referentes aos mutuários de crédito rural. O objetivo é dar mais transparência ao produtor rural, o que facilitaria a obtenção de novos contratos de crédito. A entidade tem defendido, ainda, um novo mecanismo de tributação para o setor agropecuário, mais simplificado, que está em discussão com a Receita Federal, de forma a reduzir a carga tributária sobre o setor de alimentos, que hoje está em 19%. Outra discussão defendida pro Kátia Abreu é a isenção da cobrança de PIS e Cofins sobre alguns produtos agropecuários. Os debates sobre estes assuntos serão retomados neste ano.
Outro argumento importante para a criação deste boletim seria relativo à questão dos índices de produtividade, que avalia se a terra é produtiva ou não para fins de desapropriação para reforma agrária. Atualmente, há dois parâmetros exigidos pelo governo a serem cumpridos. Um deles é o Grau de Utilização da Terra (GUT), que deve ser de 80% da propriedade, e o Grau de Eficiência de Exploração (GEE), que deve ser de 100%. Para Kátia Abreu, o cumprimento dos índices deve levar em conta outras questões, como a renda do produtor.
“Em outros setores a produtividade levam em conta o faturamento bruto e o líquido. Quando a indústria entra em crise, pode produzir menos para não quebrar, mas os produtores não podem porque vão ser desapropriados”, afirmou.

BRASIL VA RETALIAR EUA EM US$ 560 MILHÕES EM PRODUTOS


Wellton Máximo

Da Agência Brasil

Brasília - A Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou nesta terça-feira (9) a retaliação comercial do Brasil a uma lista de produtos norte-americanos no valor total de US$ 560 milhões. A relação dos itens, no entanto, ainda passará por ajustes e deverá ser divulgada até 1º de março.

A secretária executiva da Camex, Lytha Spíndola, não confirmou, porém, a quantidade final de produtos que serão incluídos, nem quais os bens retirados da lista inicial.

No segundo semestre de 2009, a Organização Mundial do Comércio (OMC) autorizou o Brasil a retaliar os Estados Unidos em até US$ 830 milhões por causa de subsídios concedidos pelo governo norte-americano aos produtores de algodão.

A retaliação ocorrerá por meio de reajustes na tarifa de importação de até 100 pontos percentuais. Dessa forma, um produto norte-americano que paga 12% para entrar no Brasil passaria a pagar 112%, por exemplo.

Do valor total autorizado pela OMC, no entanto, somente US$ 560 milhões de importações em bens serão retaliados. A quantia restante poderá ser aplicada em retaliações de serviços e propriedade intelectual (como patentes). “O Brasil pediu para não aplicar toda a retaliação em bens físicos porque isso prejudicaria os importadores e afetaria o comércio exterior”, explicou Lytha.

Em consulta pública desde o final do ano passado, a lista dos produtos candidatos à retaliação incluía 222 itens, no valor total de US$ 2,7 bilhões. Na reunião de hoje (9), os representantes dos ministérios que compõem a Camex aprovaram a lista e reduziram o valor para o determinado pela OMC, mas recomendaram ajustes técnicos, que não foram explicados por Lytha.

Apesar da aprovação da lista de produtos, as sanções comerciais contra os Estados Unidos ainda não têm data para entrar em vigor. Segundo o diretor do Departamento Econômico do Ministério das Relações Exteriores, Carlos Márcio Cozendey, a medida depende de mudanças na legislação para permitir a retaliação de serviços e propriedade intelectual.

“O presidente [Luiz Inácio Lula da Silva] ainda está definindo se encaminhará uma medida provisória ao Congresso ou um projeto de lei”, explicou Cozendey. De acordo com ele, somente depois de a nova legislação entrar em vigor, o país poderá efetivamente aplicar as sanções.

Composta por vários ministros, a Camex é o órgão de instância máxima de deliberação do governo federal em matéria de comércio exterior. A câmara é integrada por representantes da Casa Civil e dos ministérios de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fazenda, Planejamento, Orçamento e Gestão, Relações Exteriores, Agricultura, Pecuária e Abastecimento e do Desenvolvimento Agrário.

ENTREVISTA: CONFIRA A ENTREVISTA COM LUIS CARLOS HEINZE

Kátia diz que produtores não destroem o meio ambiente

No lançamento de seu livro, "2 Palavras + 11 argumentos", no Centro Cultural de Gurupi, em Tocantins, a senadora Kátia Abreu (DEM) debateu sobre a campanha eleitoral, meio ambiente, reforma agrária e educação no campo. Segundo ela, é preciso romper preconceitos contra a classe produtora no Brasil. "Quem dera se a solução da pobreza fosse um pedaço de terra. É preciso desenvolver a terra, gerar faturamento nela para sair da pobreza. Os assentamentos não recebem a estrutura suficiente e nunca conseguem obter a renda suficiente para sobreviver", declara Kátia Abreu.
O lançamento em Gurupi aconteceu na noite do último sábado, 6/02. Momentos antes, a senadora concedeu uma entrevista coletiva à imprensa.
Sobre o livro
Com modéstia a senadora e presidente da Confederação Nacional da Agricultura, Kátia Abreu (DEM), falou sobre o seu "atrevimento de compor algumas idéias" em uma coletânea de artigos publicados na imprensa nacional. "As duas palavras foram a que eu usei praticamente no meu discurso de posse no dia 16 de dezembro de 2008 que é afirmação e ruptura que nós trabalharíamos com este mandato todo fazendo as afirmações explicando o que pensamos a respeito das teses e a ruptura com relação aos preconceitos que ainda existem contra o setor agropecuário muito estimulado por viés ideológico de esquerda que pretende separar, por exemplo, a agricultura dos pequenos e a agricultura dos grandes", assim definiu o título do livro: 2 Palavras + 11 argumentos, lançado no último sábado em Gurupi.
Meio Ambiente
Kátia abriu a entrevista afirmando que os produtores não destroem o meio ambiente e nem tem o menor interesse de distribuir o meio ambiente e que o que eles querem é aprender como preservar. "Quem tem que falar sobre o meio ambiente e nos orientar não são os ruralistas e nem os ambientalistas é a ciência e a pesquisa. A partir do momento que a CNA resolveu silenciar e dar a nossa palavra à Ebrapa e para as Academias do País, nós ficamos melhor representados e a imprensa nacional compreendeu isso. O achismo não pode prevalecer. A margem plantada na beira do rio não pode ser o que a Kátia quer, nem o que o presidente da Contag quer e nem o presidente da WWF quer", defendeu.
"Estamos tentando mostrar é que se o meio ambiente tem um componente idêntico para todos, independente de ser rico, pobre, negro e brancos. É importante para todo mundo. Para nós os produtores rurais, tem um componente a mais, se for mal feito nos dá prejuízo econômico e não conseguiremos produzir sem água, com desequilíbrio ecológico, com pragas e doenças nos nossos animais. O desequilíbrio para os produtores dá prejuízo econômico no bolso. Então para nós é preciso acelerar e dar mais um passo no sentido de aprender como tudo isso funciona, pois é uma questão de sobrevivência econômica e patrimonial".
Sobre a participação da agricultura na economia do País, Kátia Abreu destacou a importância do setor, que segundo ela, teve papel fundamental para a conquista da estabilidade econômica e que levou o país a sair da situação de subdesenvolvimento para emergente. "Ninguém desmatou determinando uma destruição, como a Europa fez e que desmatou quase 100% do seu território, não por maldade, mas porque naquela época não tinha estes esclarecimentos, e as questões das fomes e das guerras foram muito mais forte do que uma questão ambiental. Há quase 40 anos o Brasil era um grande importador de alimentos e hoje transformou-se num dos mais importantes países na produção e a comercialização de alimentos. Isso foi muito importante para o País sair da situação de subdesenvolvimentos para um país emergente. Nós fizemos uma substituição de cobertura florestal nativa por arroz, feijão, milho, trigo, emprego, Pib, exportação", defendeu.
Reforma Agrária
A representante da CNA defendeu que o governo tem que aprimorar as políticas púbicas que envolvem a reforma agrária. "Nós somos contra a invasão de terra e não a distribuição legítima, legal, transparente e necessária. Os produtores não podem é bancar um desejo das pessoas permitir que a Constituição seja agredida. A reforma Agrária tem os seus problemas localizados que precisam ser corrigidos e ela precisa ser discutida e aprimorada. Quem dera se a solução da pobreza fosse um pedaço de terra. É preciso, primeiro, desenvolver a terra, gerar faturamento nela para sair da pobreza. Os assentamentos não recebem a estrutura suficiente e nunca conseguem obterem a renda suficiente para sobreviverem", defendeu.
CNA
Kátia fez uma análise sobre a representação da CNA no contexto produtivo. Segundo ele das 5 milhões de propriedades rurais do Brasil, 3.800 são representadas pela Confederação Nacional dos Trabalhadores - Contag e 1.200 são representados pela CNA, deste 56% são pequenos, 27% são médio e 17% são grandes produtores. "Enquanto nós não tivermos uma visão clara e ampla do setor, vamos ter nichos de riqueza e massivos de pobreza. Para isso, nós criamos na CNA o Instituto CNA que trata da pobreza rural que é um fator nunca discutido no Brasil, antes. Nós implementamos uma pesquisa nos assentamentos que para identificar a pobreza e que muita gente da esquerda ficou indignado, como se fosse um pecado pesquisar a divulgar a verdade da pobreza nos assentamentos e, que as grandes cidade não sabem e não compreendem sobre isso. O objetivo é denunciar que não tem crédito, não tem infraestrutura, não em logística, que vivem ameaçados e sem condições de comercialização, sem extensão rural, sem qualificação profissional".
Educação no campo "Se os índices da educação são ruins no Brasil vocês aguardem quando incluir a escola rural brasileira. O governo vai pagar um preço caro político".
Kátia Abreu noticiou ainda que no dia 30 de março será divulgada uma pesquisa sobre a escola rural brasileira, que segundo ela, sequer é medida pelo Ideb e pela provinha Brasil. " Então se os índices da educação são ruins no Brasil, vocês aguardem quando incluir a escola rural brasileira. O governo vai pagar um preço caro político pela a exclusão da escola rural, que também não é só responsabilidade do Lula. Isso vem acontecendo ao longo de décadas". (Com informações de Wesley Silas / Jornal Atitude).

JBS vê `sequelas´ da crise e aposta no mercado interno

As operações de bovinos no Brasil, cuja força no passado deram impulso a voos internacionais do JBS, voltam a ser uma das principais apostas do grupo em um momento em que o mercado global ainda sofre com as sequelas de uma de suas piores crises, avaliou Joesley Batista, presidente da maior empresa de proteína animal do mundo. Neste ano os negócios da companhia no Brasil, já com a incorporação da Bertin, devem se sobressair mais em função de um mercado interno aquecido do que pelas exportações, que no passado geraram musculatura para as grandes aquisições no exterior.
"Acho que [a crise] passou, só que tem sequelas... O mercado está bom, mas talvez não esteja tão bom quanto muita gente já estava precificando. Acho que o mercado interno vai ser melhor que o externo", declarou Batista após a inauguração da Escola Germinare, patrocinada pelo Instituto JBS.
De acordo com o presidente do JBS, o mercado brasileiro está "melhor do que a média" mundial. "Se for falar na ordem, primeiro o Brasil, segundo os EUA, aí vem outros como Rússia, China..., por último Europa e Japão, são os que estão demorando mais a retomar."
Segundo ele, as margens das operações no Brasil estão se recuperando, após o negócio ter sido reestruturado por conta das restrições da União Europeia, que há dois anos aumentou as exigências em relação à rastreabilidade do gado abatido para exportação ao bloco. "Estamos conseguindo achar outros mercados, recompor: estamos crescendo; Os indicadores têm melhorado trimestre a trimestre. Vamos assistir a uma melhoria contínua das margens no Brasil", disse.
Para ele, se a Europa continua ruim, até por conta da economia, a JBS tem expandido suas vendas para a Rússia, países árabes, Chile e nações da Ásia. "E no mercado interno expandimos tremendamente a nossa base de clientes".
Batista acaba de chegar da Rússia, onde esteve para a inauguração da fábrica da JBS Inalca e em reuniões com autoridades para tratar do embargo às carnes do EUA, que afeta sua subsidiária americana, a Pilgrim's Pride. Ele acredita que a situação será resolvida no máximo até março. A Rússia suspendeu as compras de frango dos EUA por conta do uso de cloro na higienização das carcaças. Metade das exportações da Pilgrim´s seguia para a Rússia.
A recente fraqueza nos mercados de capitais, que levou a JBS a adiar a oferta de ações da JBS USA, parece não ter diminuído o ímpeto da companhia, que também tem operações na Austrália, Europa, América do Sul e África, e planeja expandir a distribuição direta de seus produtos.
Se o IPO nos EUA, que levantaria US$ 2 bilhões para serem investidos principalmente em distribuição, foi adiado, a empresa já conta com outros US$ 2 bilhões das debêntures compradas pelo BNDES, cuja segunda parcela de US$ 700 milhões foi depositada sexta-feira.
Com o caixa reforçado pelos recursos que garantiram os níveis de alavancagem do JBS anteriores às grandes aquisições de 2009, Batista disse que se houver alguma aquisição em 2010, o foco serão companhias que atuam "mais da porta para fora". De acordo com ele, neste ano, o grupo buscará consolidar as aquisições de Bertin e Pilgrim´s.
Batista previu que a JBS terá uma receita em 2010 superior aos US$ 30 bilhões/ano pro forma estimados após a aquisição de Bertin e Pilgrim's. Previu ainda ganhos na margem consolidada e em sinergias.
"E mesmo tendo aquisições, serão aquisições alinhadas com a estratégia da distribuição e menos na produção. Vamos comprar companhias? Pode ser. Que tipo de companhia? Mais companhias voltadas ao mercado do que voltadas à produção, mais voltadas à distribuição..." A distribuição direta pode atingir 50% do total vendido pelo grupo, contra menos de 10% hoje.


Fonte: Valor Econômico

FHC: Dilma não é líder, é reflexo de um líder!

1. (G1, 08) O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso questionou nesta segunda-feira (8) a capacidade de liderança da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), apontada como pré-candidata do PT à sucessão do presidente Lula. "Ela não é líder. É reflexo de um líder", disse, antes da inauguração da Biblioteca de São Paulo, espaço inaugurado nesta tarde pelo governador de São Paulo, José Serra (PSDB).

2. (Ex-Blog, 02/03/09) DILMA DE LULA: UMA MIRAGEM! O voto, não é oferta, mas demanda, especialmente em países como o nosso, onde a política é despartidarizada. O eleitor vai afirmando a idéia de um personagem ideal e acompanha a oferta dos partidos, que se descoincidir com a demanda do eleitor, provocará um curto-circuito. É claro que esse processo sofre descontinuidades quando um personagem frustra radicalmente as expectativas.

3. Jacques Seguelá, assessor de imagem de Mitterrand, dizia: - A cena política parece com a do teatro. Apenas parece. No teatro, quando o ator muda de personagem, continua produzindo emoções. Na política, se o faz, não produz mais emoções. Lula, após o mensalão, passou a vender Dilma, sua nova ministra, como a dama de ferro. De repente, após duas operações plásticas, uma facial e outra em seu personagem anterior, passa a levar Dilma a tiracolo tentando "sertanejizar" sua candidata. Nada mais burlesco. Nada mais equivocado.

4. Dilma pode até subir em pesquisas pré-eleitorais, mas quando entrar no jogo e o eleitor descobrir que o personagem nada tem a ver com Lula, vai sair dele. Abre-se assim espaço para que um Tercius surja e tire do palco do segundo turno a candidata de Lula.

Meio Ambiente age como organização paraestatal Deputado federal ataca ministério que defende preservação do Código Florestal

Dois dias depois de dizer que o Ministério Público age como "braço jurídico" das ONGs ambientalistas, o deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP) alvejou o Ministério do Meio Ambiente, chamando-o de "meio governo" e "organização paraestatal". As críticas vêm a propósito das posições dos dois órgãos sobre o Código Florestal, a lei de proteção às matas.
Rebelo é relator da comissão da Câmara que analisa as propostas de mudança na lei, que data de 1965 mas foi alterada por Medida Provisória em 2001. A MP é fonte de atrito entre ruralistas e ambientalistas, pois alterou a chamada reserva legal: aumentou de 50% para 80% a área de uma propriedade rural que deve ser mantida como floresta na Amazônia, e de 20% para 35% no cerrado.
Ruralistas que tentam derrubar esse limite no Congresso têm esbarrado no ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. Ontem, ele rebateu críticas de Rebelo e o chamou de "pararruralista".
A novela pode acabar em abril, quando deve ser votado o parecer de Rebelo sobre propostas de leis para alterar o código. Uma delas, atacada por ONGs, propõe que cada Estado determine a própria reserva legal. Na sexta-feira à noite, de Boa Vista, Aldo falou à Folha:
FOLHA - Por que reformar o Código Florestal agora? Existe mesmo a necessidade de mexer na lei?
ALDO REBELO - O Código Florestal é de 1965. De lá para cá ele já foi alterado várias vezes. Além da modificação de 2001, dessa medida Provisória, que aliás nunca foi votada, há outras alterações de interpretação, como resoluções do Conama. Eu fui indicado para apresentar parecer sobre todos esses projetos. Há polêmicas em torno de artigos da lei. Temos de ouvir todo mundo, colher informações não só de produtores e de órgãos ambientais, porque é preciso apresentar uma proposta que proteja as duas coisas: o código tem de proteger o ambiente e ao mesmo tempo assegurar que o país consiga produzir e se desenvolver.
FOLHA - O país já não tem se desenvolvido e produzido com a lei atual? O Sr. deve defender mudanças no limite da reserva legal, é isso?
REBELO - Não tenho idéia ainda do que possa propor. Aqui hoje no Amazonas, por exemplo, as pessoas que foram ouvidas acham que 80% de reserva legal não têm problema. É diferente do Sul, onde as pessoas acham que tem problema nos 20%.
FOLHA - Não é possível acomodar essas reivindicações, por exemplo, o direito adquirido de quem produz em uma área de desmatamento muito antigo, sem mudar o código?
REBELO - É o que nós estamos examinando. E a qual código você se refere? O de 1965 ou a Medida Provisória de 2001?
FOLHA - No meu entendimento, como há uma alteração por Medida Provisória que vem sendo reeditada todos os anos, vale o texto de 2001.
REBELO - Pois é. Isso significa que o Executivo alterou o código de 1965 sem ouvir ninguém.
FOLHA - O Senhor foi aplaudido pelos ruralistas e vaiado pelo MST na audiência pública de Ribeirão Preto na última quarta-feira. Para um comunista, isso incomoda?
REBELO - O que são ruralistas na sua classificação? Essa classificação é do movimento ambientalista. É a sua também? O jornal classifica qualquer produtor rural, mesmo representantes da federação de trabalhadores da agricultura e da agricultura familiar, como ruralista?
FOLHA - Falo de deputados da bancada ruralista e da Abag [Associação Brasileira do Agronegocio], que representam grandes produtores.
REBELO - Mas isso não representava as centenas de pessoas que estavam em Ribeirão Preto. O que o movimento ambientalista e a mídia influenciada por ele querem colocar é o seguinte: que o produtor rural, o pequeno e o médio proprietário, são iguais ao investidor rural, que é banqueiro, dono de empreiteira. Vi no Paraná integrantes de uma cooperativa que não conseguem tirar renda de um salário mínimo da terra e vocês classificam de ruralistas! Existe um aspecto da questão que é a competição entre a agricultura forte de um país frágil e a agricultura frágil de países fortes. E o movimento ambientalista que procura traçar uma incompatibilidade entre a natureza e o ser humano... Esse é o ambientalismo neomalthusiano e neocolonialista, porque são organizações estrangeiras.
O sujeito abre filial de ONG holandesa para ditar regras sobre o ambiente no Brasil, regras que não valem na Holanda nem na França, e a imprensa acolhe tudo de maneira acrítica, numa visão também colonizada.
FOLHA - Não é lenda urbana essa coisa do interesse estrangeiro? O seu próprio partido, o PC do B, tem origem numa organização estrangeira, a Internacional Comunista. Grandes empresas do agronegócio, como a Bunge, também são transnacionais, e ninguém diz que elas prejudicam a soberania do Brasil.
REBELO - Elas estão aqui para explorar economicamente o Brasil, e fazem isso muito bem. Basta olhar o preço dos insumos. E a outra coisa é a ação dos governos. A não ser que você ache que as batalhas na Organização Mundial do Comércio sobre a agricultura e as barreiras aos produtos brasileiros sejam ficção ou lenda urbana.
FOLHA - Não são, mas o que eu não consigo é enxergar qual é a evidência de que o movimento ambientalista esteja ligado a essas barreiras.
REBELO - O que eles desejam é que seja dissociado mesmo. Existe uma parcela do movimento ambientalista que representa a preocupação das pessoas com os crimes ambientais. A degradação que existe no mundo e no Brasil, isso é verdadeiro. O que eu estou é destacando que uma parcela do movimento ambientalista é neomalthusiana e neocolonial. Como não existe mais floresta na Europa, escolhe-se um país do Terceiro Mundo para ser uma espécie de jardim botânico europeu, e você submete a população da Amazônia, de camponeses, de caboclos e de ribeirinhos, ao regime de terror.
FOLHA - Parece haver um discurso sobre conspiração internacional.
REBELO - Não há conspiração: é tudo feito abertamente. Nenhuma dessas organizações está clandestina. Elas defendem suas ideias inclusive nas audiências da comissão que trata do Código Florestal. E os governos estrangeiros não escondem a sua animosidade em relação à agricultura brasileira.
FOLHA - Mas, daí a concluir que ONGs estão a serviço de países ricos não é dar um passo além?
REBELO - Não é propriamente a serviço, é um processo integrado. A não ser que expliquem por que esses países financiam de maneira tão decisiva essas organizações. Qual o interesse?
FOLHA - Brasileiros financiam ONGs aqui, por exemplo, sem que haja interesse do governo brasileiro.
REBELO - O governo brasileiro... Você tem governo e governos. O Ministério do Meio ambiente é meio governo brasileiro, age como uma organização paraestatal. A agenda do Ministério do Meio Ambiente também é ligada a esses inte Meio Ambiente age como organização paraestatal
Deputado federal ataca ministério que defende preservação do Código Florestal
resses. Há muito tempo, aliás.

Assentamentos de SP estão "devastados" Dos 281 assentamentos administrados por Incra e Itesp, a estimativa é que 208 precisem de recuperação de áreas verdes

Áreas já tinham pouca vegetação; situação piorou com ações predatórias, como a extração de madeira e a pastagem irregular.
DA FOLHA RIBEIRÃO
Dos 281 assentamentos do Estado de São Paulo, 74% precisam reflorestar a área de reserva legal, que é inexistente em alguns casos. Em áreas administradas pelo Itesp, 132 precisam reflorestar a área de reserva, enquanto nas geridas pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) a estimativa é que 76 dos 109 assentamentos precisem de recuperação da mata.
Segundo o gerente-executivo do Itesp (Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo), Gustavo Húngaro, não há recursos para fazer a recuperação dessa área, que equivale a 340 km2. A reserva legal prevê que ao menos 20% da cobertura de uma propriedade seja composta por mata nativa.
A maioria dos assentamentos nessa situação está localizada no Pontal do Paranapanema, seguida pelas regiões de Araraquara, Araras, Sorocaba e Araçatuba.
"O processo tem um custo muito elevado. É preciso cercar a área, comprar mudas e fazer o plantio. O nosso orçamento não é suficiente para todos os assentamentos. Fizemos em alguns e, em outros, foram feitas parcerias com empresas e entidades da sociedade civil."
De acordo com Húngaro, essas áreas já tinham pouca vegetação quando foram adquiridas e, com o tempo, ações predatórias, como extração da madeira e pastagem irregular, agravaram a situação. Há casos ainda em que os próprios assentados utilizaram a área de proteção ambiental irregularmente.
"Não é freqüente, mas já tivemos denúncia. Nesse caso, é aberto um processo administrativo para investigar a participação das famílias assentadas e a penalidade pode ser até mesmo a expulsão do lote", afirmou Húngaro.
No caso de Araraquara, há assentamentos, como o Monte Alegre, da década de 80, que não tinham praticamente nada de área preservada, de acordo com Mauro Geraldo Cavichioli, técnico do Itesp na regional de Araraquara.
"Ao longo desse tempo, foi feito um trabalho de recuperação, desde levantar qual a espécie nativa da região até buscar apoio para fazer o plantio das mudas", afirmou Cavichioli.
Situação semelhante é encontrada nas terras geridas pelo Incra. "O índice de devastação é variado no Estado. Há terras em que não restou nada da reserva. Em outras, conseguiram restabelecer a floresta. No entanto a maioria precisa fazer um trabalho de recuperação", afirmou o superintendente regional do Incra de São Paulo, Raimundo Pires Silva.
Sobre o corte irregular de árvores e queimadas, o Incra constata que os autores, em geral, não são pessoas que vivem no local. "Hoje a conscientização da agricultura familiar é muito grande. Quando vejo o uso indevido é de pessoas de fora. Pode haver assentado tendo essa atitude, mas isso não é o comum, porque há um movimento de defesa ambiental por parte de quem vive da terra", afirmou o superintendente.
Além da área de reserva legal, Silva disse que é preciso investir na APP (Área de Preservação Permanente), vegetação ao redor dos rios e córregos que não pode ser removida.
Para a ambientalista Márcia Hirota, diretora da gestão do conhecimento da ONG SOS Mata Atlântica, a situação das florestas no Estado de São Paulo é crítica. "O reflorestamento é urgente. No entanto é trabalhoso e de longo prazo. Não é só fazer o plantio, é preciso dar manutenção, cuidar. As iniciativas nos assentamentos são positivas, mas é preciso ter continuidade", afirmou a ambientalista.

STF derruba Funrural por 8 votos a 0

O STF (Supremo Tribunal Federal) julgou recurso extraordinário na tarde de hoje e por 8 votos a zero derrubou a cobrança do Funrural em operações envolvendo pessoas jurídicas, considerando a cobrança inconstitucional, por ver nas operações a incidência de cobrança de impostos sobre impostos (bis in idem), inclusive de PIS e Cofins.

Segundo Márcio Torres, advogado da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), a decisão do STF cria um precedente jurisprudencial importante para os produtores rurais pessoas físicas de todo o Brasil. Torres é o autor do primeiro mandado de segurança no País, impetrado contra a cobrança do Funrural sobre operações envolvendo pessoas físicas. A ação foi impetrada em novembro do ano passado, em caráter liminar, e ainda aguarda pelo julgamento do mérito. Por enquanto vale a decisão da Justiça Federal de suspender a cobrança.

Torres, que está em Brasília acompanhando o julgamento, retorna esta semana para Campo Grande, quando iniciará uma ação em nome da Acrissul, para reaver os valores pagos para o Funrural pelos produtores rurais nos últimos 5 anos.

Boi a R$80,00/@?

Já se passaram mais de seis meses desde a última vez que o boi chegou a R$80,00/@, com exceção de Alagoas, onde a arroba está cotada hoje em R$84,00.

Agora, deveríamos estar em plena safra, quando os preços tendem a ser menores, já que a oferta deveria ser mais abundante.

Se fizermos uma comparação com os anos anteriores, chegaremos aos R$80,00/@ antes do meio do ano somente se 2010 for um ano como 2008, onde os preços estiveram em ascensão desde o início.

Deveríamos, então, esperar uma safra com pouquíssima oferta, uma entressafra mais forte em relação aos preços ou um aumento da demanda que provoque um aumento retilíneo dos preços, fazendo com que estes voltem aos R$80,00/@.

Fonte: Pantanal News

Código Florestal deve sair em março

Comissão Especial do Congresso que analisa mudança em projeto esteve ontem em Ribeirão Preto

O relator do projeto de lei que modifica o Código Florestal Brasileiro, deputado federal Aldo Rebelo (PC do B-SP) acredita que o projeto deve ser votado já em março na Comissão Especial da Agricultura. “Em abril o projeto será votado em plenário. O resultado final será uma lei equilibrada que vai atender ao interesse do meio ambiente e a defesa da agricultura e do desenvolvimento do País”, disse.

A reforma do Código, contestada por ambientalistas e por movimentos sociais organizados, foi discutida ontem em audiência pública em Ribeirão Preto, com a presença de oito deputados federais integrantes da Comissão Especial.

O encontro foi marcado pelo protesto de entidades ambientalistas, que chegaram a levar um caixão para representar a “morte” da reserva legal.

O encontro de Ribeirão foi organizado pelo deputado Duarte Nogueira (PSDB-SP). “Da década de 90 para cá, conseguimos aumentar a produtividade agrícola em 100% com tecnologia. Esse conhecimento vai nos permitir manter os recursos naturais e equilibrar o nosso sistema produtivo.”

O secretário estadual de Agricultura e Abastecimento, João de Almeida Sampaio Filho, defendeu o bom senso neste momento da polêmica discussão, onde há acusações de ambientalistas de que a reserva florestal pode ser reduzida. “Precisamos discutir sem preconceitos, sem radicalismos”, disse.

Sampaio Filho também defendeu a remuneração dos produtores para que eles cuidem da preservação. “Se a gente incentivar o produtor, se ele for remunerado, muitos poderão optar por recompor as suas áreas. O que não dá é para dizer ao produtor, que já tem renda deficiente, que ele vai deixar de produzir em 20% da propriedade dele.”

Segundo o presidente da Comissão Especial, Moacir Micheletto (PMDB-PR), a audiência de ontem foi a 25ª feita nos estados. Hoje a discussão será em Uberaba e Belo Horizonte (MG). A audiência lotou dois auditórios do Centro de Convenções de Ribeirão Preto. Os organizadores estimaram o público em 2,6 mil pessoas.

Fonte: Gazeta de Ribeirão

A falta de vergonha na cara como norte ético

Há pelo menos uma década aponto uma mudança importante operada pelo PT. Os políticos de outros partidos, quando flagrados numa safadeza, tendem a negar o crime. É o que eu chamo “Paradigma da Mãe”. O que é o “Paradigma da Mãe?” É mais ou menos como se uma voz íntima dissesse: “Sua mãe vai saber e vai ficar com vergonha de você”. Trata-se de um último resquício de moralidade. Então o canalha diz: “Não! Essa assinatura não é minha!” Ou ainda: “Isso é coisa dos meus adversários”. Ou mais: “Trata-se de uma conspiração contra mim!”. Há muito tempo o PT mudou isso.

O paradigma petista é outro, é o do adúltero, ou adúltera, flagrado pelado na cama: “Não é o que você está pensando”. Mas não pára por aí. Em seguida, faz uma cena, acusa a pessoa traída de não compreendê-lo, de persegui-lo, de ser a verdadeira responsável pela sua falha — falha que ele próprio nem mesmo admite.

Releiam o que vai no post anterior. A instrução do Ministério do Desenvolvimento Social, ameaçando com o fim do Bolsa Família no ano que vem — segundo o texto, pode haver “alterações segundo novas diretrizes que sejam estabelecidas pela nova administração que assumir o Bolsa Família em janeiro de 2011″ —. é terrorismo eleitoral, é pratica criminosa; trata-se de infundir pânico entre as pessoas necessariamente pobres que recebem o benefício, necessariamente com pouca instrução, necessariamente sujeitas a doar seu voto em troca da ajuda.

O Bolsa Família, como é sabido, reuniu programas criados por FHC. A novidade técnica inaugurada, então, pelo presidente tucano foi o cartão magnético, criando dificuldades para que o benefício se perdesse na mão de intermediários. O PT, como se nota, inventou o coronelismo eletrônico. Os intelectuais tomados por uma doença intelectual e moral chamadas “Mal de Marxheimer” (direi em texto específico o que isso significa), sempre gostaram de falar do, com é mesmo?, “Exército reserva de mão-de-obra” a que recorreria o capitalismo para manter a classe operária presa a seus grilhões. O lulo-petismo resolveu inovar: seu exército reserva não é de mão-de-obra, é de miseráveis. Lula se tornou o maior coronel do país. ISSO NADA TEM A VER COM O BOLSA FAMÍLIA, MAS COM A EXPLORAÇÃO CANALHA DO BENEFÍCIO.

E quem é que se dedica ao terrorismo desbragado? Ele, Patrus Ananias, com aquele seu ar de sacristão que toma escondido o vinho da Eucaristia. Flagrado, justifica: “Ah, é que ele ainda não tinha sido consagrado”.

Cadê a mãe e o pai?
Petista não tem vergonha da mãe. E isso quer dizer ausência daquele aparato moral que conduz à culpa. Definitivamente, é uma gente sem medo de ser feliz. E o pai de toda essa gente é o “partido”, que tem necessidades objetivas, não é?, como manter o poder a qualquer custo. Logo, trata-se de pessoas destituídas também de superego, de limites, de decoro. Politicamente, são todos filhos de uma chocadeira chamada, sim, socialismo, que vai tomando sempre novas feições — até mesmo a economia de mercado, desde que sob o controle do “partido”.

O PT inventou a corrupção? Na página 49 de Máximas de Um País Mínimo, escrevo: “O PT não inventou a corrupção, ele apenas a desmoralizou”. Sim, essa frase é minha faz muito tempo. Não me importo que seja citada por muitos colunistas e cronistas , às vezes mudando-se o sujeito, sem atribuição de autoria…

José Dirceu é autor da máxima moral do petismo. Quando flagrado nas artes do mensalão, nem admitiu nem negou. Preferiu outro caminho: “Estou cada vez mais convicto da minha inocência”.

A baixa pluviosidade colocou o mês de janeiro de 2010 como o terceiro menos chuvoso nos últimos 42 anos

Técnicos fazem previsão de pouca chuva para 2010


Os dados pluviométricos da Ceplac, nesses 42 anos, mostram uma coincidência preocupante. De uma forma geral, quando o primeiro mês é fraco de chuvas, o ano é sempre de baixa precipitação pluviométrica. Assim ocorreu em 1973, quando durante todo o ano choveu apenas 900 milímetros e em 2003, quando as chuvas atingiram apenas 805,8 milímetros anuais. De forma contrária, quando janeiro é farto de chuvas, o ano fecha com médias muito altas. São os casos dos cinco anos anteriores – 2005 a 2009 -, quando a precipitação pluviométrica em janeiro chegou ficou entre 56,4 e 164,2 milímetros e ao final de dezembro a precipitação ficou entre 1.061,8 e 1.544 milímetros anuais.

Porém, o melhor período de chuvas registrado pela Ceplac em todos esses anos foi entre o final da década de 70, até meados dos anos 80, quando nos anos de 1977, 78, 80, 82 e 85, os meses de janeiro registraram chuvas de 266, 260, 408, 238 e 325 milímetros e ao final de cada um desses anos, choveu respectivamente: 1.845, 1719, 1.672, 1.420, 2.141 milímetros, algumas das maiores taxas anuais.

O MÊS DE JANEIRO FOI UM DOS MAIS SECOS NOS ÚLTIMOS 42 ANOS

A baixa pluviosidade no mês passado -apenas 12,2 milímetros-, colocou o mês de janeiro deste ano como o terceiro menos chuvoso desde que o escritório da CEPLAC (Comissão Executiva Plano da Lavoura Cacaueira) de Eunápolis passou a fazer a medição das chuvas no município e região, no ano de 1968. Abaixo de janeiro último, ficaram apenas os mesmos meses de 73, com 4 milímetros e 2003, com 9,5 milímetros de chuva.

Batalha ambiental no Congresso

Sob protesto de ambientalistas, os ruralistas prometem acelerar no Congresso mudanças profundas na legislação ambiental. Certa de que o ritmo do Congresso este ano será menor por causa das eleições, a bancada ligada ao setor agropecuário passou o período de recesso organizando-se para passar como uma patrulha de tratores por cima dos ambientalistas. Eles querem se aproveitar do fato de que já se organizaram previamente para, em 90 dias, alterar pontos polêmicos do Código Florestal. Será, segundo os próprios ruralistas, um ritmo de mudanças “toque de caixa”.
Os ruralistas querem afrouxar regras do Código Florestal que, a despeito de proteger o ambiente, em sua opinião impedem a produção. Eles querem, por exemplo, retirar da lei a exigência de recomposição das áreas desmatadas para a consolidação das áreas de produção já existentes. Querem ainda descentralizar a legislação ambiental, permitindo que estados e municípios tenham regras próprias diferentes das regras da União para coisas como o tamanho das áreas de preservação nas margens dos rios. Os ruralistas defendem que sejam criadas reservas ambientais em biomas, e não mais áreas preservadas em cada propriedade.

Exportar boi vivo é alternativa para pecuaristas

O Brasil deve apostar nas vendas de boi em pé (vivo) para atuar junto com o país líder neste segmento, a Austrália, na comercialização de animal em vivo. A Wellard, empresa australiana com presença no Brasil, é uma das companhias que aposta neste mercado. "A Wellard vê uma oportunidade no Brasil, pois aqui há volume com preços acessíveis", diz o gerente geral da empresa no País, Daniel Pagotto.
Mesmo com o aumento dessa prática de exportação no Brasil, Pagotto conta que os países não serão concorrentes. "A Austrália venderia para a Ásia e o Brasil para a África e Europa."
Ele afirma que as exportações para a América do Norte não são permitidas por padrões sanitários. O oeste africano e o leste europeu são mercados potenciais para o Brasil. "Podem ser enviados boi gordo, novilho para engorda, raças de corte e de leite para reprodução, ovinos e caprinos".
De acordo com o gerente, a rentabilidade não é alta, mas o volume compensa. O custo médio para a operação é entre US$ 1,5 milhão e US$ 2 milhões em um navio de pequeno e médio porte, que comporta 2 mil cabeças. No Brasil, os embarques são realizados a partir do porto de São Sebastião (SP) e Vila do Conde (PA). Uma viagem entre São Sebastião a Angola leva de 9 a 15 dias.
Esse mercado já movimenta US$ 2 bilhões no mundo, dos quais o Brasil participa com 13%. As vendas de animal vivo representam 0,26% do rebanho nacional e 1,02% dos abates do País.
E as proporções desse tipo de embarque podem ser estratosféricas. A Wellard, em agosto de 2008, transportou 23.372 animais da Austrália para a Indonésia, no maior navio da empresa, o Stella Daneb. Para assegurar que os animais cheguem ao destino em boas condições, as práticas de bem estar animal e o manejo adequado devem ser respeitados. Segundo Pagatto, os dejetos dos animais são lançados ao mar a cada dois dias. O mesmo ocorre com os que morrem durante a viagem.
Brasil - Para o pecuarista brasileiro as perspectivas são boas, já que há uma expectativa de aumento de procura por proteína bovina nos países em desenvolvimento, além de ser uma alternativa à venda ao frigorífico. "O pecuarista deixa de ser obrigado a se submeter ao preço que o frigorífico quer pagar", conta o gerente geral da Wellard.
Para Pagotto, com a concentração de mercado dos frigoríficos, como o que aconteceu recentemente no País com a fusão JBS-Bertin, a tendência é que a margem do criador diminua. "O Brasil tem volume e preço competitivo para exportar boi em pé".
A Venezuela é o maior mercado para o Brasil e lidera as importações de animal vivo do Brasil.
"Na Venezuela, há pouca oferta de animais para abate e o governo local está estimulando a indústria para o desenvolvimento econômico e geração de empregos". O Líbano é outro cliente brasileiro. "Por princípios religiosos (Hallal Meat) é um mercado que nunca vai se fechar". E Angola também é um importador, pois está em processo de reconstrução.

Investimentos e Notícias - (Sérgio Toledo - Agência IN) Joomla SEF URLs by Artio

MB: PROGRAMA DE DIREITOS HUMANOS AFRONTA A SEGURANÇA JURÍDICA


A AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) divulgou uma nota sobre aquele texto conhecido como Programa Nacional dos Direitos Humanos que, entre outras delicadezas, representa uma intervenção no Poder Judiciário, além (e esta é avaliação minha,  ou nossa, não dos juízes necessariamente), de extinguir a propriedade privada e instituir a censura à imprensa. Segue íntegra.
*

A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), entidade representativa de aproximadamente 14 mil juízes, em todos os seguimentos do Poder Judiciário, vem a público manifestar preocupação e apreensão ao Programa Nacional de Direitos Humanos, editado pelo Governo Federal, exigindo a realização prévia de audiências públicas a serem promovidas no âmbito do Poder Executivo, como pré-requisito para a concessão de liminares concedidas pelo Poder Judiciário em caso de reintegração de posse.
A proposta afronta a segurança jurídica daqueles que buscam no Poder Judiciário a pronta intervenção em casos de violação ao seu direito de propriedade, além de representar manifesta e indesejável usurpação de função, subvertendo atribuições específicas dos Poderes Constituídos do Estado.
Não é aceitável que o juiz, após formar seu livre convencimento para conceder uma medida liminar, observando o devido processo legal, tenha condicionada sua decisão, muitas vezes necessária e urgente, à realização de uma audiência pública com viez não raras vezes político, postergando ainda mais a prestação jurisdicional pretendida.
Resta, pois, evidente que a proposta, se aprovada, afronta prerrogativas próprias dos magistrados e do Poder Judiciário de dizer o direito a quem dele reclama com inegáveis conseqüências às garantias constitucionais do cidadão e da sociedade brasileira.
Portanto, a Associação dos Magistrados Brasileiros, como órgão de representação de todos os seguimentos do Poder Judiciário Nacional, sente-se no dever de alertar a sociedade, as autoridades constituídas e aos demais Poderes da República para a gravidade que a proposta, se transformada em lei, poderá ensejar.








Como chegar

Como chegar