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Conheça o Baru

Como ler uma caixa taxonómicaBaru
Baru em João Pinheiro, MG
Baru em João Pinheiro, MG
Estado de conservação
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Fabales
Família: Fabaceae
Subfamília: Faboideae
Género: Dipteryx
Espécie: D. alata
Nome binomial
Dipteryx alata
Vog.
Sinónimos
Coumarouna alata (Vogel)Taub.
Dipteryx pteropus Mart.
Dipteryx pterota Benth.
O baru ou cumaru (Dipteryx alata), é uma árvore da família das leguminosas, subfamília papilionoídea.
Nomes populares: baru, barujo, bugueiro, cambaru, castanha-de-bugre, coco-feijão, cumari, cumaru, cumarurana, cumbaru, feijão-baru, feijão-coco, imburana-brava e pau-cumaru.

Características

A árvore, de até 25 metros de altura com tronco podendo atingir 70 cm de diâmetro, possui copa densa e arredondada. Sua madeira é resistente
Folhas compostas por 6 a 12 folíolos, glabras, de coloração verde intensa.
Flores pequenas, de coloração esverdeada que surgem de outubro a janeiro. Floresce de outubro a janeiro.
O fruto (baru) é um legume lenhoso, castanho com uma única amêndoa comestível, que amadurece de setembro a outubro.
As sementes são uma iguaria cada vez mais apreciada e muito nutritiva, embora a dureza do fruto dificulte sua obtenção. Animais silvestres e o gado consomem a polpa aromática do fruto, assim como seres humanos, in natura ou como geléia.

Ecologia

O baru é nativo da vegetação do cerrado brasileiro e das faixas de transição da Mata Atlântica para o cerrado (na floresta latifoliada semidecidual). Ocorre nos estados de Minas Gerais (Triângulo Mineiro), São Paulo (norte do estado), Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás.
Ocorre também na Bolívia, Paraguai e Peru.[1]
A árvore é perenifólia, heliófita, de terrenos secos. Sua dispersão é irregular.
Está ameaçada de extinção devido a:
destruição de seu bioma nativo, ocupado pela expansão agrícola
corte devido a sua excelente madeira
consumo de suas sementes na alimentação e como medicinal.[2]

Fenologia

Muda de baru.
De crescimento rápido, cultiva-se por sementes. Um quilograma de frutos contém cerca de 30 sementes.
A semente germina em cerca de 20 a quarenta dias, e a taxa de germinação é baixa.[3]

Usos

A madeira é de qualidade superior.
O gosto da amêndoa do baru, parecido com o do amendoim, leva a população da região a atribuir-lhe propriedades afrodisíacas: diz-se que na época do baru, aumenta o número de mulheres que engravidam. O que já se sabe é que o baru tem um alto valor nutricional. A castanha tem em torno de 23% de proteína, valor maior do que a castanha-de-caju e a castanha-do-pará.
A semente pode ser armazenada em um saco de aniagem, em ambiente fechado, por um período de um ano, sem nenhum dano para a qualidade da amêndoa. Fora do coco, as amêndoas também podem ser conservadas pelo mesmo período, desde que sejam guardadas em sacos plásticos dentro do freezer.
O preparo das amêndoas para consumo é simples. Depois de tiradas da polpa, é só torrar. Podem ser consumidas sozinhas ou usadas no preparo de pé-de-moleque, rapadura e paçoca.
O óleo extraído da amêndoa é de excelente qualidade, e costuma ser utilizado pela população local como aromatizante para o fumo e como anti-reumático. Apesar de todas as suas qualidades, o baru não é ainda comercializado, sendo muito raro encontrá-lo nas feiras e nas cidades.
As qualidades do baruzeiro vêm sendo pesquisadas desde o fim dos anos 1980 pela Embrapa e suas propriedades o tornam uma planta relevante. O baruzeiro, por ser uma árvore de crescimento rápido e pela qualidade e resistência de sua madeira, é uma planta de bastante interesse e indicada para as empresas de reflorestamento.

Baru: A castanha que faz a diferença na dieta e saúde!

Há algum tempo as oleaginosas, como castanha do Brasil, de caju, avelã, nozes, pistache, amêndoas e amendoim, viraram as estrelas da alimentação saudável e balanceada, principalmente por serem ricas em diversos minerais e gorduras poli-insaturadas, os famosos ácidos graxos ômegas 3, 6 e 9. Além de proporcionarem vários benefícios ao organismo, esses alimentos são saborosos e, por isso, incluí-los no cardápio não é uma tarefa difícil.
Pois bem, outra semente oleaginosa, típica do cerrado brasileiro e praticamente desconhecida na maior parte do Brasil, vem para reforçar esse time de aliados da saúde. Trata-se da castanha do baru, fruto do baruzeiro (Dipteryx alata) uma planta leguminosa arbórea. Seu sabor é semelhante ao do amendoim e da castanha de caju, porém, é considerado mais prevalecente, como se a castanha tivesse sido um pouquinho mais torrada. É rica em proteínas, fibras, minerais, além dos ácidos graxos oleico (ômega-9) e linoleico (ômega-6). “Ela também é um alimento considerado proteico e energético, pois contém calorias”, afirma a nutricionista clínica funcional Fernanda Granja, de São Paulo.

Muitos minerais
Parte da população brasileira tem deficiência de minerais, como ferro, zinco, magnésio e cálcio. Como já foi dito, essa oleaginosa do cerrado é rica nesses nutrientes e, sendo assim, seu consumo pode suprir essas necessidades e afastar males causados por sua carência.
Um estudo com a castanha do baru para a tese de mestrado da nutricionista Alinne Martins Ferreira, desenvolvido no Laboratório de Biofísica da Universidade de Brasília, mostrou uma quantidade de ferro equivalente a 59% das recomendações diárias de ingestão desse nutriente para indivíduos adultos, e 46,7% do consumo de zinco para a mesma faixa etária.
“De acordo com a Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], um alimento é rico em algum nutriente quando apresenta pelo menos 30% da ingestão diária recomendada por 100 gramas. Nesse caso, a castanha do baru pode ser considerada uma ótima fonte de ferro e zinco”, esclarece a nutricionista especialista em nutrição clínica Daniella dos Santos Galego, do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.
A grande quantidade de ferro faz dessa oleaginosa uma aliada no combate à anemia. Em 2001, a farinha de castanha do baru passou a fazer parte da merenda escolar da rede municipal de Goiânia a fim de suprir as necessidades do mineral.

Afodisíaco do cerrado
Assim como o amendoim, a castanha do baru é considerada um alimento afrodisíaco. Geralmente, esse título é dado a alimentos ricos em energia de boa qualidade. A fama de ajudar na libido é tão grande que, na região onde o fruto é extraído, é chamado de “Viagra do Cerrado”.
Mas, o valor energético não é o único responsável por isso. Outro nutriente participa desse processo: o zinco. O mineral é considerado o mais importante para a fertilidade, tanto masculina quanto feminina. “Devido à sua riqueza de nutrientes e por ser fonte de zinco, necessário à maturação do esperma e à fertilização dos óvulos, a castanha do baru tem sido considerada um afrodisíaco natural”, explica a nutricionista Daniella dos Santos Galego.

Amiga do peito
Da castanha do baru também é possível a extração de um óleo fino com 81% de insaturação e semelhante ao azeite de oliva. Ele contém ômega-6 e é rico em ômega-9. O primeiro proporciona diversos benefícios ao organismo, como prevenção da hipertensão, redução do colesterol total e LDL (colesterol ruim), regulariza os níveis de glicose no sangue, reduz a gordura abdominal e a incidência de câncer, além de ajudar na cicatrização e queda de cabelo.
Já o segundo, além de possuir as mesmas funções benéficas ao sistema cardiovascular que as do ômega-6, é um potente antioxidante, que reduz as lesões nas células causadas pelos radicais livres, e inibe a agregação plaquetária e formação de trombos. “Estudos indicam que o ômega-9 inibe a produção excessiva de cortisol, com consequente diminuição do acúmulo de gordura abdominal”, afirma a nutricionista Fernanda Granja.
A nutricionista Fernanda Granja, porém, alerta que não basta um alimento ser rico em determinado nutriente se sua biodisponibilidade não for boa. Em outras palavras, é importante saber a capacidade que o organismo terá de absorver tal propriedade para que seus benefícios sejam aproveitados. “Mesmo ele não sendo tão biodisponível como o ferro da carne, o ferro de origem vegetal, quando combinado com alguns alimentos, como laranja, acerola, goiaba e outros ricos em vitamina C, pode ser perfeitamente aproveitado pelo organismo com total eficiência”, orienta a profissional.

Dicas de compra e conservação
Como qualquer alimento, é fundamental alguns cuidados na hora da compra. É importante verificar a procedência da castanha; o tipo de embalagem (de preferência a vácuo); e o seu aspecto, observando a presença de fungos. Se houver pontos esbranquiçados no meio ou em torno dela, é sinal de que o produto já entrou em contato com fungos e bactérias, o que é extremamente perigoso para a saúde. Só compre se a oleaginosa aparentar estar fresca e com cor uniforme.
Sua distribuição ainda não é feita em larga escala, mas a castanha do baru pode ser encontrada em alguns mercados municipais das grandes capitais e em lojas de produtos naturais. Em casa, ela deve ser conservada em potes escuros – já que os ômegas oxidam com muita facilidade e, dessa forma, perdem seu efeito -, e em local seco e arejado.

Na prática
A nutricionista clínica e fitoterapeuta Vanderlí Marchiori, de São Paulo, alerta que a castanha do baru nunca deve ser consumida crua, pois possui substâncias antinutricionais, como taninos e fitatos, que são elementos capazes de alterar a biodisponibilidade de nutrientes, como o cálcio, por exemplo.
O processo de torragem da castanha inativa essas substâncias, por isso, é importante salientar que só deve ser consumida torrada, para aproveitar todos seus benefícios e não causar nenhum transtorno à saúde. “Quando a castanha do baru é ingerida crua, causa intoxicação e pode levar a lesões na pele”, completa Daniella dos Santos Galego.

Produtos do baru

Polpa: é consumida fresca ou em forma de doces, geleias e licores, podendo ser utilizada para sorvetes.
 
Castanha: deve ser consumida torrada. Pode ser uti- lizada para enriquecer diversas receitas, como pães, bolos, sorvetes, acompanhar aperitivos, ou ainda em doces ou paçoquinhas, granolas e barras de cereais. Segundo estudos, em 30 gramas de castanha do baru, o equivalente a meia xícara (chá), há 1,4 miligrama de ferro, mineral que combate a anemia.
 
Óleo: é semelhante ao azeite de oliva, com 81% de insaturação, e obtido por meio do processamento das amêndoas, rico em ômega-9. É utilizado na alimentação humana de maneira variada.

Composição nutricional da castanha de baru
(valores aproximados referentes á 100 gramas)
calorias 502kcal
proteínas 23,9g
gorduras totais 38,2g
gorduras saturadas 7,18g
gorduras insaturadas 31,02g
fibras 13,4g
carboidratos 15,8g
cálcio 140mg
potássio 827mg
fósforo 358mg
magnésio 178mg
cobre 1,45mg
ferro 5,35mg
manganês 4,9mg
zinco 4,1mg

Pasto e árvores em harmonia

Arborizar pastagens garante bem-estar animal, aumenta a biodiversidade, recicla nutrientes do solo e pode dar renda extra


De olho no bem-estar animal e nas vantagens ambientais proporcionadas pelo plantio de árvores, a Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ), que reúne 18 mil associados, prepara uma campanha para estimular a arborização de pastos. A ideia, segundo o superintendente de Marketing da ABCZ, João Gilberto Bento, é "fazer a cabeça" dos criadores sobre os benefícios que a prática traz para a pecuária. "As árvores garantem conforto térmico, o que pode interferir positivamente na produtividade do gado. Além disso, a árvore melhora as condições do solo, pois promove a ciclagem de nutrientes", diz. "Se o produtor criar esse ambiente favorável no pasto, reduz o stress dos animais."

Bosque. Um dos argumentos da campanha é que a pecuária é uma das atividades que mais podem contribuir com a preservação de florestas. "A pecuária pode transformar o Brasil em um grande bosque." E o pecuarista favorece o retorno da biodiversidade. "As árvores atraem pássaros, aliados no combate à cigarrinha-das-pastagens." Para ele, a adesão à campanha é uma maneira de a pecuária se livrar da fama de atividade desmatadora. "Queremos iniciar um movimento", diz Bento, adiantando o possível slogan: "Ponha o seu boi na sombra."

Considerado um pecuarista modelo na arborização de pastagens, o produtor José Luiz Niemeyer dos Santos, de Guararapes (SP), diz que o investimento é grande e, por isso, deve ser planejado. "Não é só plantar árvores. Tem que seguir um projeto, comprar mudas, cercar a área, definir as espécies, acertar o manejo, ter assistência técnica." Se por um lado não há retorno financeiro para um investimento alto, por outro é compensador, diz. "A sombra dá conforto para o gado, embeleza a paisagem e melhora a biodiversidade", diz Niemeyer.

Com 2 mil hectares de pasto e rebanho de 4 mil a 5 mil cabeças (entre matrizes e gado de cria, recria e engorda), Niemeyer "enriquece" o pasto com árvores há mais de 20 anos. "É empírico, mas já notei que esses pequenos bosques criam uma área de sombra que os animais gostam. Além disso, essas árvores, se plantadas beirando a mata, ajudam a preservá-la." Nesses anos, aprendeu que o plantio de árvores pode ser feito na época de reforma de pasto. "Quem reforma o pasto e cultiva lavoura em sistema de rotação pode aproveitar para também plantar as árvores." Hoje, o plantio chega a 20 mil árvores por ano, de mais de 50 espécies, fora a regeneração espontânea, defendida por ele.

Na reforma. Adepto da causa, o pecuarista Jovelino Carvalho Mineiro, com fazendas em Rancharia (SP) e Uberaba (MG), planta árvores em pastagem há 25 anos. O plantio é feito com a reforma de pasto, a cada quatro anos, ocasião em que ele cultiva sorgo e amendoim. "Os ruminantes precisam de sombra. A questão é que o zebu é tão eficiente que produz bem mesmo sob intenso stress térmico. Se o pasto for sombreado, essa produtividade pode aumentar 30%, 35%", estima o produtor, que planta, em Uberaba, 300 árvores nativas por ano em áreas de pasto, há dez anos. "Hoje são 4.600 árvores de 90 espécies." Em Rancharia, diz, o plantio de eucalipto se presta, além do conforto animal, para o uso da madeira, aproveitada na própria fazenda. "Nunca precisei comprar madeira, o que até ajuda a tirar a pressão sobre as árvores nativas", diz.

O produtor Cláudio Sabino Carvalho, de Uberaba (MG), planta eucalipto e outras espécies com o objetivo de "dar conforto aos animais e deixar o ambiente saudável e bonito". Com mil bovinos e 400 hectares de pasto, Carvalho pôs em prática o que aprendeu desde que começou a investir em arborização de pastagens, há dez anos. "Já plantei 5 mil árvores, a maioria nativas." O investimento em arborização é de R$ 20 mil a R$ 30 mil por ano. Ele diz que a área sombreada do pasto é chamada de área de lazer", por proporcionar conforto aos animais. "É uma área de 1 hectare com espécies frutíferas e ornamentais, e cochos de água e sal mineral. O gado come e descansa no ar-condicionado."

Um novo uso para o eucalipto

O eucalipto chega a produzir 25 toneladas de biomassa por hectare em um ano
O eucalipto é muito usado por indústrias de cosméticos e farmacêuticas, além da extração de mel, por meio de programas de apicultura, e é um dos principais recursos utilizados pelo setor carvoeiro. Essa árvore pode ser uma fonte de inúmeros benefícios, como a cogeração de energia elétrica, pois assim como o álcool e o biodiesel, o carvão também é um produto energético renovável.

A composição da casca do eucalipto é mais favorável do que a do bagaço de cana para a produção de energia, em termos de açúcares fermentáveis. A quantidade de pentoses, inibidoras ao processo de fermentação, é encontrada em menor quantidade na casca do eucalipto.

O eucalipto possui o dobro de hexoses, as açúcares fermentáveis, como a sacarose, glicose, frutose e galactose, em relação ao bagaço da cana. Isso torna o potencial do eucalipto para a fermentação maior que o da cana. E enquanto a cana produz em média de 10,6 toneladas de bagaço por hectare, em um ano, o eucalipto chega a gerar de 23 a 25 toneladas de biomassa por hectare, em um mesmo período.

Haroldo Nogueira de Paiva, professor do curso Cultivo de Eucalipto em Pequenas Propriedades, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, afirma que essa é uma ótima oportunidade para os pequenos produtores, pois o eucalipto é uma árvore de fácil cultivo, com espécies que apresentam baixas exigências em umidade e em fertilidade do solo.

Por viabilizar o resgate de carbono, realizado durante o crescimento das ávores, e diminuir a pressão sobre as matas nativas, as florestas renováveis de eucalipto são lucrativas e possuem grande apelo ambiental.

Audiência pública discute regularização fundiária de quilombolas e demarcação de terras indígenas em Porto Alegre




A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária levou a discussão sobre regularização fundiária de terras quilombolas e demarcação de terras indígenas, nesta sexta-feira (21), a Porto Alegre. Representantes da Câmara, Senado e outras lideranças participaram do evento que foi presidido pela senadora Ana Amélia (PP-RS). O estado do Rio Grande do Sul tem 123 municípios com problemas em relação às áreas indígenas e quilombolas. No total, são 130 áreas indígenas.

De acordo com o Deputado Federal Luis Carlos Heinze (PP/RS), no Brasil, são 5.500 mil quilombos. O Deputado reconhece que as áreas, de fato, ocupadas por eles devem ser preservadas. Contudo, reforça que as mesmas estão sendo extrapoladas. Isso atormenta os produtores, que têm se preocupado também com a perda de valor comercial das propriedades com possibilidade de ser demarcada. Para ele, é preciso pressão semelhante à que foi exercida para a votação do Código Florestal para que isso não aconteça.

A problemática, segundo o deputado Federal Alceu Moreira (PMDB/RS), parte do governo que tenta fechar uma ferida aberta em relação aos negros e aos índios fazendo uma nova injustiça. Expulsar famílias de suas propriedades rurais é o mesmo que culpá-los por toda história de preconceitos. “Culpar os lindeiros como únicos responsáveis por erros históricos é um equivoco”, diz.

Moreira questiona se um antropólogo estaria certo em extinguir o direito adquirido dos agricultores que compraram a escritura pública com seu próprio esforço. Passa longe do debate “qualquer tipo de preconceito”, defende ele. Porém, muitos líderes não conhecem a realidade agrária de perto: “tem gente que luta pelos quilombolas aqui presentes que há 50 anos não pega numa enxada”, diz.

O Deputado Gilberto Capoani (PMDB) leva ao debate um dado surpreendente. O país tem 600 mil indígenas, o que corresponde a 0,2% da população. Porém, ocupam hoje aproximadamente 13% do território. A incoerência é maior ainda quando se constata que o Governo Federal cobra impostos das terras e fomenta a produção de alimentos, mas, agora, pretende “desalojar as famílias que labutam de sol a sol” em suas terras, conforme relata deputado Edson Brum (PMDB).

Ele alerta também para a insegurança jurídica que poria em risco escrituras públicas de propriedades que estão a sete gerações com a mesma família.

Posicionamento do Incra e Funai
Roberto Ramos, superintendente do Incra/RS, lembra que Decreto 4.887 de 2.003 foi o marco para a regularização das comunidades quilombolas. Terras ocupadas por remanescentes de quilombo ampliavam seus territórios. De acordo com o decreto, a regularização começa com procedimento administrativo aberto pela INCRA.

Depois disso, a Fundação Palmares certifica a comunidade e o RTID (Relatório Técnico de Identificação e Delimitação) faz a lotificação dos ocupantes. No Rio Grande do Sul, há 75 processos, 13 deles com RTID. No Brasil são 1.076 processos, sendo 137 RTDI publicados.Segundo o superintendente, os proprietários de terras delimitadas devem receber indenizações referentes ao imóvel no valor de mercado.

Representando a Funai, João Mauricio farias, coordenador do órgão, reclamou de defasagem de representação, dizendo que lideranças indígenas não teriam sido convidadas ao debate. A senadora Ana Amélia, que presidia o evento, retrucou esclarecendo que toda divulgação necessária foi feita, inclusive na TV Senado. “Não quero que pareça que esta presidência está ‘parcializando’ o debate”, diz.

Famílias rurais são “expulsas” de suas propriedades e não recebem indenização
O diagnósticos das áreas atingidas, trazido pela chefe adjunta da Casa Civil, Mari Perusso, indica que 127 famílias não foram indenizadas nos últimos anos e 48 delas entraram na justiça. Essas famílias, inclusive foram colocadas nessas áreas pelo próprio poder público.

A afirmação é corroborada pelo prefeito de Getúlio Vargas, Pedro Paulo Petrozzo: “quem gerou o problema tem que resolvê-lo”, diz ele, referindo-se ao governo. Outro ponto levantado por Petrozzo foi que os agricultores são esquecidos em detrimento dos indígenas e quilombolas. Enquanto órgãos como Funai e Incra realizam estudos para desapropriar as famílias rurais com recursos do governo, o produtor fica desamparado. “O agricultor também tem direito de se defender com o dinheiro do estado, afinal todos são iguais perante a lei”.

Em sua região, um território de 4 mil hectares será demarcado, retirando 320 familias para assentar 65 índios. Marinez Rosa, da comissão dos agricultores do Mato Preto, relata que o município sofre com o mesmo problema: 300 famílias de produtores rurais serão retiradas para assentar 15 famílias de índios Guarani, “é uma incoerência muito grande!”, afirma.

Algumas famílias de Mato Preto e região, aliás, possuem escrituras de mais de um século. Rosa questiona: “Quem registra é dono? Porque estão nos mostrando que não! E gerando pânico a toda nação brasileira!”, diz. Na visão dela, a dívida social com índios e quilombolas não pode ser paga à custa de humildes trabalhadores. Se fosse seguida essa lógica, seria incorreto que apenas determinadas áreas do território brasileiro fossem devolvidas a eles; “devolvam tudo então!”, conclui a Marinez Rosa.
Fonte: Notícias Agrícolas // Fernanda Cruz

BA: juízes acusam governador de desobedecer ordem de reintegração


Ao comentar sobre os não cumprimentos de reintegração de posse em 23 fazendas do extremo sul da Bahia, a Associação de Magistrados da Bahia (Amab) e a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), entidade que reúne grandes produtores rurais do País, se manifestaram a favor de que o governador Jaques Wagner seja responsabilizado por improbidade administrativa e por desobediência no cumprimento de ordem judicial.
Nesta quarta-feira, o Estado adiou mais um cumprimento de mandado de reintegração de posse na região. Ocupada durante por militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a fazenda Itauboi I, cuja dona é a empresa Bergamasco e Silva LTDA., está com reintegração emitida desde o dia 7 de abril - três dias após a ocupação. O motivo do não cumprimento é a chuva. "Não há como chegar com o tempo desse jeito", afirmou o comandante da PM de Itamaraju, major Raimundo César Magalhães Dantas.
A acusação ao governador, no entanto, segundo as entidades, tem de partir dos fazendeiros prejudicados. Wagner, segundo informou sua assessoria de imprensa, que não iria comentar a opinião da Amab e da CNA por não haver ação contra ele.
Para a presidente da Amab, Nartir Dantas, "decisão judicial é para se cumprir. Não cumpri-la é crime de desobediência". Ainda há improbidade, segundo ela. "O governo tem de fazer prevalecer o Estado de Direito. Para um juiz que emite uma ordem e ela não é cumprida, fica muito ruim. Sua obrigação, como magistrado, é fazer valer a lei, mas ele dá a sentença e fica como se não tivesse dado. Nós, como magistrados, estamos revoltados com isso", afirmou a juíza.
Na opinião do vice-presidente da CNA, Fábio de Salles Meirelles Filho, os casos de tolerância do Estado com movimentos sociais no cumprimento de reintegrações de posse só ocorrem em governos do PT, a exemplo do Pará, governado por Ana Júlia Carepa. Para ele, Jaques Wagner é responsável direto pelo cumprimento das reintegrações. "Estava ocorrendo a mesma coisa daí do sul da Bahia lá no Pará, até que o caso foi denunciado e se resolveu mais a situação. Porém não está o ideal. Ordem judicial é para ser cumprida. Não deve haver tolerância. É preciso, sim, dar trabalho a todos os agricultores, sejam eles familiares ou não. Agora sair dando terra por aí é que não pode. Dá hoje, amanhã vende, passa fome de novo", disse.
Contudo, há pessoas da área com visão diferente do CNA e da Amab, como o advogado especialista em desapropriações e perícia fundiária Zung Che Yee, autor do livro Perícias de Desapropriação para Reforma Agrária: aspectos processuais e casos práticos (Jurua, 2009). "As ordens judiciais têm de ser cumpridas. Mas já vi vários casos aí pelo País de fazendas que os movimentos insistiram numa ocupação, fazendo três, quatro e até cinco vezes na mesma área, e que depois de um tempo acabou sendo provado no Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) que a área era improdutiva e foi desapropriada. É preciso os movimentos resistirem, dentro da legalidade, do direito que eles têm de manifestar", afirmou.

Urbano Correia do Sindicato Rural Recebeu o título de Personalidade do Cinquentenário de Itamaraju em noite festiva realizada por Edmilson Ciriaceo.


Urbano Pereira Correia Presidente do Sindicato Rural de Itamaraju foi um dos homenageados com o Troféu 50 anos de Itamaraju na Faculdade FACISA. A sua historia na defesa do meio ruralista foi reconhecida pela comunidade. Urbano sempre dedicou sua vida na defesa dos produtores da região.



Dilma sanciona criação da Bolsa Verde para incentivar conservação por famílias pobres


A presidente da República, Dilma Rousseff, sancionou na última sexta-feira (14) a Lei 12.512/11, que cria a chamada "Bolsa Verde", um benefício trimestral de R$ 300 destinado a famílias em situação de extrema pobreza que adotem ações de conservação ambiental. A bolsa foi instituída originalmente em junho, por meio da Medida Provisória (MP) 535/11, depois convertida no PLV 24/11.

A nova lei institui o Programa de Apoio à Conservação Ambiental, bem como o Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais, que prevê ajuda de custo e assistência técnica a pequenos produtores rurais. As medidas fazem parte do plano Brasil Sem Miséria, lançado pelo governo federal no início de junho.

As ações de conservação de que trata o Programa de Apoio à Conservação Ambiental podem ser desenvolvidas em florestas nacionais e reservas extrativistas ou de desenvolvimento sustentável; em projetos de assentamento florestal e de desenvolvimento sustentável ou agroextrativista, em territórios ocupados por ribeirinhos, populações indígenas, quilombolas e outras comunidades tradicionais; e em outras áreas rurais definidas pelo Poder Executivo. As famílias beneficiadas receberão os repasses trimestrais por dois anos, prorrogáveis nos termos de regulamento específico.

Já o Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais oferece a pequenos produtores ajuda de custo de até R$ 2,4 mil para estimular a agricultura sustentável, promover a segurança alimentar e incentivar a organização dos produtores, assegurando-lhes a participação em ações de capacitação social, educacional, técnica e profissional.
Podem receber o benefício agricultores familiares, empreendedores rurais, silvicultores, aquicultores, extrativistas e pescadores. O pagamento será feito em, no mínimo, três parcelas, por até dois anos.

II OFICINA DO EMPREENDEDOR


II OFICINA DO EMPREENDEDOR
SEBRAE - SENAC
DIAS 29 (sábado) e 30 (domingo) de OUTUBRO DE 2011
CURSOS GRATUITOS

INSCRIÇÕES:
CDL ITAMARAJU (Rua 05 de Outubro, 207 - cidade baixa) 73/3294-3363
ASSOCIAÇÃO DE APOSENTADOS (Av. Brasil - cidade alta - em frente ao posto cidade)
maiores informações - 73/3294-3363

PARTICIPE - VAGAS LIMITAS
 
 
II OFICINA DO EMPREENDEDOR 
RELAÇÃO DOS CURSOS
LOCAL REAIZAÇÃO DOS CURSOS: COLÉGIO SÃO JOÃO EVANGELISTA




29.10.2011 – TURNO: MANHÃ
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29.10.2011 – TURNO: TARDE
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14H-18H
Associativismo e Cooperativismo
SEBRAE
7
14H-18H
Arte em biscuit
SENAC
8
14H-18H
A Arte de Fazer Pizzas
SENAC



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