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Fazendeiros americanos se impressionam com sistema agrícola no Brasil

Depois de quase duas semanas de viagem pelo sul do Brasil no início de fevereiro, 34 agricultores de dez estados norte-americanos ficaram impressionados com o potencial agrícola do país, ainda que a maioria das fazendas que visitaram sofria com a falta de chuva.




"Ele [Brasil] me deixou surpreso", diz Karen Furst, que possui 4 mil hectares de terras no Colorado e no Kansas. "Certamente o Brasil é uma força no mercado atual. Eu pensava que eles estavam muitos anos atrás de nós, mas eles parecem estar em pé de igualdade com a agricultura dos Estados Unidos”.



A visão de Furst é compartilhada com os outros colegas.



"É impressionante como eles conseguem fazer os alqueires crescer ano a ano", observa Kenny Falwell, produtor de Newport, no Arkansas. "Esta terra vermelha não parece ser muito produtiva, mas eles vão continuar produzindo enquanto chover”.



Seca Severa



A chuva - ou a falta dela - foi um problema durante a viagem que nos levou até Londrina, Maringá e Cascavel, onde participamos no "Show Rural Coopavel”. Próximo às quedas em Foz do Iguaçu, fronteira com o Paraguai, visitamos a fazenda de Julio Bergamasco que nos contou que a seca havia cortado a produção de soja em dois terços.



“Essa é a primeira vez em todos esses anos de agricultura que eu enfrento uma seca dessa”, ele nos disse. A família Bergamasco foi muito receptiva e nos proporcionou um almoço completo ao estilo brasileiro como costeletas de carne. Os brasileiros fazem tudo grande.



Os nossos produtores também se impressionaram com a diversidade de lavouras que vingam nas terras tropicais que sofrem com pouca, ou nenhuma, geada. “Eu estou impressionado como cada pedacinho de terra produz soja e milho”, disse Falwell. “Eu me pergunto qual seria o impacto dessas inúmeras pequenas lavouras no mercado mundial de milho.”



Os pesquisadores da Embrapa explicaram que o solo vermelho é muito profundo e bem drenado. Nós aprendemos que Emprapa exerce papel fundamental no desenvolvimento de uma variedade de soja que produz bem nos trópicos.



A nossa excursão nos levou às regiões mais antigas e tradicionais no sul do Brasil e não aos campos maiores (e planos) mais ao norte do país como o estado do Mato Grosso. Os norte-americanos observaram que a maioria do trabalho era feito por equipamentos pequenos e não tão modernos.



“Nós não vimos máquinas muito novas ainda. Eu vi um monte de cabeçalhos de 12-15 pés e brocas de 15 pés”, citou Falwell. “Nós usávamos esse equipamento há 30 anos. É incrível como a gente já pode ver a tecnologia, que eles ainda não têm, chegando.”



Altas e Valores



Outra surpresa, observa Jim Sullivan, de Ft. Dodge, em Iowa, foi que o preço da terra é similar ao cinturão de milho. Dois fazendeiros cotaram suas propriedades por volta de US$10 mil a US$14 mil por acre.



“Eu estou impressionado com o que estou vendo aqui”, disse Sullivan. “Para mim, ainda é incompreensível que eles façam isso. O que eu não sabia é que eles tinham essa abundância de água, o que é uma vantagem natural.”



Sullivan disse não ver o setor rural brasileiro como uma ameaça para a agricultura dos Estados Unidos. “No entanto, eu acho que eles sejam concorrentes muito fortes”, ele disse. “Se vocês acham que esses meninos aqui estão atrasados, eles não estão.”



John Rigdon, um agricultor de milho e soja de Maryland, diz que o Brasil só agora está trabalhando o seu potencial. "O Brasil ainda pode gerar muito mais, especialmente do ponto de vista de valor agregado", diz ele. "O Brasil pode ser um companheiro, colaborador e concorrente de uma vez só . Eles têm recursos naturais maravilhosos e trabalho mais barato em relação a nós. E com os avanços eletrônicos atuais, eles podem tecnologicamente chegar até nós muito mais rápido do que eles poderiam há 50 anos, em termos de precisão e gerenciamento de dados. "



Desafios do governo



Se nós ouvimos uma reclamação unânime dos brasileiros, foi aem relação aos impostos. A maioria dos produtores locais reclamou que os equipamentos e os suplementos agrícolas custam quatro vezes mais do que os países vizinhos por causa dos altos impostos.



Os fazendeiros brasileiros também sofrem controle rígido, destacou Rigdon. "A infra-estrutura financeira para empréstimos é muito mais restritiva do que a nossa e as taxas de juros são muito altas", acrescenta. "Parece que o dinheiro está concentrado nas mãos de poucos. É difícil começar a agricultura em qualquer escala em os EUA, mas aqui parece que seria ainda mais difícil. "



Sullivan concorda. “Eles são muito mais modernos do que pensávamos”, diz. “A única coisa que precisam é de dinheiro. Se eles não conseguem com o próprio governo, então a China, o Japão ou outros investidores vão prover.”



Dan Duval, um fazendeiro e comerciante de Green Valley, em Illinois, disse que o Brasil é um país jovem e cheio de otimismo, mas carece de infra-estrutura. "Eles têm vastos recursos e parecem ter um plano de longo prazo", fala. "Eles parecem ter mais foco na sustentabilidade do que nós temos. Viemos apreciar a conservação muito mais tarde, aqui eles abraçaram a ideia mais rapidamente. "



Cerca de três quartos da soja do Brasil são para plantio direto, fato que aprendemos logo no início da viagem quando nos encontramos com o "pioneiro" da prática brasileira, Herbert Bartz.



Parece ser mais fácil para os brasileiros adotar novas ideias, observa Sandy Duval, mulher de Dan e pesquisadora do laboratório do Departamento da Agricultura dos Estados Unidos localizado na Peoria,em Illinois. "Às vezes os agricultores americanos sofrem com a pressão dos colegas e eu não vejo isso entre os agricultores brasileiros", disse. "Eles não fazem as coisas apenas porque a geração anterior fez."



Muitas Semelhanças



Muitos de nossos participantes concordaram: os brasileiros tinham muito em comum com os produtores americanos.



"Nenhum de nós tem qualquer influência sobre os preços, o que pagamos para as entradas ou sobre as variações do clima", citou Sandy Duval. "Além disso, indiferente de onde ou o que plantamos, a paixão dos agricultores brasileiros e americanos é a mesma. Nós realmente temos mais em comum do que você pensa. "



Randy Rosengren, um agricultor de Ottawa, Illinois, concorda. "Fiquei surpreso com as semelhanças - as lutas deles são parecidas com as nossas", enfatiza. "Eles lutam com a gestão de risco, os relatórios da USDA e o Conselho de Comércio tanto quanto nós."



Brasil é exemplo para o mundo em termos de preservação ambiental, afirma Presidente da CNA






A Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, afirmou nesta quinta-feira (23/02), na Alemanha, que o Brasil tem a maior e mais sustentável agricultura do planeta. De acordo com ela, o País é exemplo para o mundo em termos de preservação ambiental porque os produtores brasileiros adotaram, nos últimos anos, boas práticas agrícolas, condição que precisa ser recompensada. “Os esforços do Brasil precisam ser reconhecidos pelos países que desmataram e pelas empresas que, em suas atividades, são emissoras de gases”, afirmou durante conferência internacional organizada pela Fundação Friedrich Naumann para a Liberdade para debater a capacidade dos países emergentes e industrializados de enfrentar o desafio das mudanças climáticas.

Na conferência, a senadora Kátia Abreu lembrou que 61% do território brasileiro está conservado com vegetação nativa. “Não é floresta plantada, é floresta original”, ressaltou. Segundo ela, mais de 500 milhões de hectares de terra estão preservados no Brasil, único país do mundo que abriu mão de terras férteis que poderiam ser ocupadas com atividades agropecuárias para preservar a biodiversidade. Lembrou que outros países, como Rússia e Canadá, também tem extensas áreas de vegetação nativa, mas que essas áreas são inapropriadas para atividades agropecuárias. “Mesmo diante dessa condição diferenciada, o Brasil aceitou, voluntariamente, reduzir entre 36% e 38% as emissões de gases até 2020”, afirmou a senadora Kátia Abreu.
Aos especialistas em clima e em políticas exteriores e de desenvolvimento de partidos políticos, acadêmicos, imprensa e representantes da sociedade civil que acompanharam a conferência, a presidente da CNA enumerou as práticas adotadas que garantem à agropecuária brasileira uma situação diferenciada. Citou o plantio direto, técnica que não exige que a terra seja arada, o que aumenta a emissão de gases. “60% de toda a agricultura brasileira é plantio direto na palha”, afirmou. Enumerou, ainda, a fertilização de áreas degradadas, a fixação biológica de nitrogênio e a integração lavoura-pecuária e floresta como técnicas adotadas pelos produtores brasileiros.





Brasil pode ganhar 120 novas usinas até 2020


O Brasil lidera a produção e a exportação de açúcar, além de ser o segundo maior produtor mundial de etanol. Em 2012, com a notícia da queda das barreiras para a entrada do combustível nos EUA, o setor deve retomar o otimismo. Acredita-se que será preciso ter pelo menos 120 novas usinas no país até 2020 para aumentar a oferta de etanol, resultando em um investimento de R$ 156 bilhões, dos quais quase R$ 110 bilhões devem ser injetados nas áreas industriais do setor, conforme projeção da União da Indústria de Cana-de- Açúcar (Unica).
A previsão é de que esse cenário atraia investimentos estrangeiros e movimente a indústria sucroalcooleira nacional como um todo. As mudanças já estão sendo sentidas. Uma das provas de que o mercado está se preparando foi o anúncio da Anfavea de que houve aumento de 16,6% na venda de máquinas agrícolas em janeiro deste ano, em relação ao mesmo período de 2011. Nesse contexto, a Fenasucro & Agrocana, que reúne a XX Feira Internacional da Indústria Sucroalcooleira e a X Feira de Negócios e Tecnologia da Agricultura da Cana-de-Açúcar, será uma oportunidade para compradores que buscam as principais ferramentas e soluções tecnológicas para ganho de eficiência e produtividade.
O evento, agendado para o período de 28 a 31 de agosto, no Centro de Eventos Zanini, em Sertãozinho, interior de São Paulo, terá cerca 450 expositores, distribuídos por 55 mil metros quadrados. Para o presidente do CEISE Br, Adézio José Marques, as feiras contribuem para fortalecer o relacionamento comercial entre empresários e visitantes, já que recebe profissionais altamente qualificados e do mundo inteiro. "Recebemos profissionais de mais de 40 países e empresas representativas para o setor sucroenergético, network que estimula a Fenasucro & Agrocana a serem o maior palco de produtos, novidades e relacionamento do mercado canavieiro," explica.
Serviço:
FENASUCRO & AGROCANA
Data: 28 a 31 de Agosto de 2012
Horário: 13h às 20h / Entrada para Pré-Cadastrados: 13h às 19h
Local: Centro de Eventos Zanini, em Sertãozinho - Av. Marginal João Olesio Marques, 3.563 – Distrito Industrial Maria Lúcia Biagi Americano – defronte à Rod. Armando Salles Oliveira, altura do Km 339
Fonte: Direto da Usina

Estudo sobre o BARU


Baru
Castanha de baru
Castanha de baru
Castanha de baru

NOMES POPULARES

Castanha de baru, cumbaru, cumaru, castanha de burro, viagra do cerrado, coco barata, coco feijão.

NOME CIENTÍFICO

Dipteryx alata Vog

OCORRÊNCIA

Ocorrre nas matas e cerrados do Brasil Central, envolvendo terras dos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Bahia, Piauí, Maranhão e Distrito Federal.

ASPECTOS BOTÂNICOS E ECOLÓGICOS

Baruzeiro
Baruzeiro
Leguminosa arbórea da família Fabaceae.
Árvore de grande porte chegando a medir 25 metros de altura, podendo atingir 70 cm de diâmetro com vida útil em torno de 60 anos.
baru está ameaçado de extinção em função da procura pela madeira e pelo nível de desmatamento do Cerrado.
Ocorre corte indiscriminado do baru para fabricação de carvão vegetal, instalação de cercas (moirões), indústria moveleira, construção civil, entre outros usos.
baru é encontrado em terras férteis e seus ecossistemas de ocorrência têm sido massivamente desmatado em função do avanço da fronteira agropecuária sobre o Cerrado.
Crescimento rápido sendo importante para fixação de carbono da atmosfera.
Tem sua primeira frutificação com cerca de 6 anos, sendo este período bastante variado em função das condições de solo e água.
Possui safra intermitente com variações bruscas de intensidade de produção de frutos de um ano para o outro. Para efeitos práticos, relacionado a utilização comercial, produz uma safra boa a cada 2 anos.
Uma árvore adulta produz cerca de 150 kg de fruto por safra boa. Possui apenas uma semente por fruto, do qual pode se aproveitar a polpa, endocarpo e semente (amêndoa).
O tamanho do fruto varia muito de região por região, bem como em função das condições de solo, água e genética da planta. Em média o fruto pesa 25g, sendo 30% polpa, 65% endocarpo lenhoso e 5% semente.
Baru
A polpa do baru constitui importante fonte de alimento para a fauna nativa (pequenos mamíferos, roedores, pássaros, morcego, etc) e para o gado que se alimentam roendo a polpa da fruta na época da safra.
A época da floração e frutificação varia de acordo com a região, sendo que a colheita geralmente é feita após o pico de queda dos frutos maduros.

APLICAÇÕES DO BARU

  • Alimentação humana
  • Alimentação animal
  • Medicina
  • Indústria cosmética
  • Artesanato
  • Combustível
  • Indústria madereira/moveleira
  • Construção civil/rural
  • Adubação natural (leguminosa)
  • Moirão vivo

PRODUTOS E SUBPRODUTOS DO BARU E RESPECTIVOS USO

Parte do frutoProduto/sub-produtoUsos
PolpaPolpa in naturaAlimentação animal
Alimentação humana
Medicinal/farmacêutico
Polpa desidratadaAlimentação animal
Alimentação humana
Medicinal/farmacêutico
FarinhaAlimentação humana
Álcool/CachaçaConsumo humano
Medicinal/farmacêutico
Cosmético
Industrial
ResíduosAgrícola (adubo orgânico)
AmêndoaAmêndoa cruaAlimentação animal
Alimentação humana
Medicinal/farmacêutico
Agrícola (produção mudas)
Amêndoa torradaAlimentação humana
FarinhaAlimentação humana
LeiteAlimentação humana
ÓleoAlimentação humana
Medicinal/farmacêutico
Cosmético
Industrial
TortaAlimentação humana
Medicinal/farmacêutico
Cosmético
Industrial
Pasta/manteigaAlimentação humana
Endocarpo lenhosoCarvãoCombustível
Ácido Pirolenhoso e alcatrãoIndustrial
Endocarpo lenhosoArtesanato

QUALIDADE NUTRICIONAL DA AMÊNDOA

Calorias 502 kcal/100g
Informações Nutricionais
Componenteg /100g
Proteína23,9
Gorduras totais38,2
Gorduras saturadas7,18
Gorduras insaturadas31,02
Fibras totais13,4
Carboidratos15,8
Tabela de Minerais
Mineraismg/100g
Cálcio140
Potássio827
Fósforo358
Magnésio178
Cobre1,45
Ferro4,24
Manganês4,9
Zinco4,1
Referência
Takemoto, E. et al. Composição química da semente e do óleo de baru (Dipteryx alata Vog.) nativo do Município de Pirenópolis, Estado de Goiás. Rev. Inst. Adolfo Lutz, 60(2):113-117, 2001.
Fonte: www.centraldocerrado.org.br
Baru
Divisão: Magnoliophyta (Angiospermae)
Classe: Magnoliopdida (Dicotiledonae)
Ordem: Rosales
Família: Leguminosae
Nome Científico: Dypterix alata Vog.
Nomes Populares: baru, barujó, castanha-de-ferro, coco-feijão, cumaru-da-folha-grande, cumarurana, cumaru-verdadeiro, cumaru-roxo, cumbaru, cumbary, emburena-brava, feijão-coco, meriparagé, pau-cumaru
Ocorrência: Cerrado, Cerradão Mesotrófico, Mata Mesofítica.
Distribuição: Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo (Almeida et al., 198).
Floração: de novembro a maio.
Frutificação: de outubro a março.
Árvore hermafrodita de até 15 m de altura, com tronco podendo atingir 70 cm de diâmetro e copa medindo de 6 a 8 m de diâmetro, densa e arredondada. Folhas compostas por 6 a 12 folíolos, alternos ou subopostos, de coloração verde intensa. Inflorescência panícula terminal e nas axilas das folhas superiores, com cerca de 200 a 1000 flores, caducas antes da antese. Flores pequenas, de coloração alva e esverdeada. Fruto tipo legume, com 5 a 7 cm de comprimento por 3 a 5 cm de diâmetro, de cor marrom-claro com amêndoa e polpa comestíveis. Semente única, marrom-claro e marrom-escuro, cerca de 2 a 2,5 cm de comprimento, elipsóide, brilhante
O valor calórico da polpa é de 310 kcal/100 g, com alto teor de carboidratos (63%); é rica em potássio (572mg/100 g), cobre (3,54 mg/100 g) e ferro (5,35 mg/100 g) (Vallilo et al., 1990 apud Almeida et al., 1998). Destaca-se o elevado teor de fibra insolúvel (28,2%), de açúcar (20,45%) e de taninos (3%) para frutos ainda na árvore (Togashi, 1993 apud Almeida et al., 1998). A semente do baru é rica em cálcio, fósforo e manganês, apresenta 560 kcal/100 g, com cerca de 42% de lipídios e 23% de proteína. O óleo é rico em ácidos graxos insaturados (80%), sendo o componente principal o ácido oléico (44,53%) seguido do linoléico (31,7%), palmítico (7,16%), esteárico (5,33%) e outros, além da vitamina E (13,62 mg/100 g) (Togashi, 1993 apud Almeida et al., 1998). O óleo extraído do fruto é volátil, incolor e espesso. A semente apresenta também alto teor de macro e micronutrientes (mg/100 g): K (811), P (317), Mg (143), Mn (9,14), Fe (5,35), Zn (1,04) e Cu (1,08) (Vallilo et al., 1990 apud Almeida et al., 1998). Nas folhas a concentração de macronutrientes apresentou valores médios de P(0,14%), Ca (0,68%), Mn (150 ppm) e Zn (40 ppm) (Araújo, 1984 apud Almeida et al., 1998).
Estudando o comportamento dessa espécie, em competição, Toledo Filho 1985 apud Almeida et al., 1987), recomenda-a tanto para ornamentação de ruas e praças quanto para o aproveitamento silvicultural.
Planta ornamental, de copa larga, com bonita folhagem e ramos que oferecem resistência ao vento. Fornece madeira de cor clara, compacta, resistente às pragas, própria para construção de estrutura externas como: estacas, postes, moirões, obras hidráulicas, dormentes, bem como para construção civil e naval, para vigas, caibros, batentes de porta, assoalhos e carrocerias (Corrêa, 1931; Lorenzi, 1992 apud Almeida et al., 1998).
O gosto da amêndoa do baru, parecido com o do amendoim, leva a população da região a atribuir-lhe propriedades afrodisíacas: diz-se que na época do baru, aumenta o número de mulheres que engravidam. O que já se sabe é que o baru tem um alto valor nutricional que, superando os 26% de teor de proteínas, é acima do encontrado no coco-da-baía.
A amêndoa do baru pode (Figura abaixo) ser comida crua ou torrada e, nesse último caso, substitui com equivalência a castanha-de-caju, servindo como ingrediente em receitas de pé-de-moleque, rapadura e paçoquinha
Para se obterem as amêndoas, tem-se primeiramente que retirar a polpa com faca. Os frutos despolpados são quebrados com o auxílio de uma morsa (torno fixo de oficina mecânica) ou martelo, processo esse bastante rápido. Recomenda-se quebrar somente aqueles frutos cujas amêndoas sacodem ao balançá-los, porque os outros não contêm amêndoas. A vantagem de se usar a morsa é que as amêndoas não são danificadas, sendo, por esse fato, usadas também para a formação de mudas (Almeida et al., 1987).
Ferreira (1980 apud Almeida et al., 1987) relata que as sementes do baru fornecem um óleo de primeira qualidade, que tanto é utilizado como aromatizante para o fumo como anti-reumático na medicina popular.
A polpa é bastante apreciada pelos bovinos, suínos e animais silvestres, que a consomem quando os frutos caem no chão ou das raspas que sobram da retirada da semente para consumo humano (Almeida et al., 1990 apud Almeida et al., 1998).
Os frutos maduros são procurados por morcegos e macacos. Os macacos chegam a atrapalhar a dispersão pois conseguem quebrar o fruto com pedra e comer as amêndoas (Ferreira, 1980 apud Almeida et al., 1998).
Embora tenha bom potencial econômico, o fruto não é comercializado nas cidades. Pode ser apreciado apenas como planta nativa nas fazendas do centro-oeste, onde alguns fazendeiros se preparam para iniciar seu cultivo racional principalmente em meio a áreas de pastagens (Avidos e Ferreira, 2003).
Para se efetuar a colheita de frutos de espécies arbóreas como Pequi, Jatobá, Cagaita e Baru deve-se estender uma lona, forro de pano ou de plástico ao redor da planta, balançar levemente os galhos e recolher os frutos sadios, sem vestígios de ataques de pragas ou de doenças, e acondicioná-los em recipientes adequados para o transporte (Silva et al., 2001).
Para a formação das mudas usam-se as sementes ou amêndoas.
Quando se faz a semeadura com sementes nuas, a germinação é mais rápida do que com o fruto inteiro. Sobre esse aspecto, Filgueiras & Silva (1975) apud Almeida et al., (1987) citam que as sementes nuas levaram treze dias para germinar, enquanto no fruto inteiro demoraram 42 dias.
As mudas dessa espécie devem ser mantidas a pleno sol, pois na sombra podem sofrer ataque de fungos Cilindrocladium sp. e outras pragas. Nogueira & Vaz (1993) apud Almeida et al., (1998), obtiveram mudas de 15 cm de altura após 40 dias da semeadura. Foi observado ainda que o crescimento da parte subterrânea é mais rápido que o da parte aérea.
A frutificação inicia-se aos seis anos (Carvalho, 1994 apud Almeida et al., 1998).
Fonte: www.fruticultura.iciag.ufu.br

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