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Produtor pode ter problema na hora de cortar madeira nobre nativa


Na hora de plantar espécies florestais de madeira nobre nativa como guanandi e mogno brasileiro o produtor rural precisa tomar alguns cuidados.

Mesmo conduzindo as árvores com a proposta de um reflorestamento comercial, a colheita poderá ser proibida pelos órgãos ambientais.

Quem faz o alerta é o engenheiro florestal Alessandro Ribeiro, da empresa Tropical Flora. Segundo ele, existem casos em que não foram respeitadas algumas regras básicas e o produtor rural, hoje, não consegue encaminhar a madeira para a serraria.

“O plantio precisa ter alinhamento correto e a área precisa ser manejada para evitar a regeneração da vegetação no local”, explica.

De acordo com o engenheiro essas medidas já evitam a caracterização da floresta como mata nativa. O registro do plantio também é importante, assim como não plantar em áreas de reserva legal e de preservação permanente.

“É um erro acreditar que, mesmo plantadas, o órgão ambiental vai autorizar a retirada das árvores dessas áreas para fins comerciais”, ressalta Alessandro.

Reflorestamento amplia alternativas de renda para o produtor rural

Para o engenheiro agrônomo Ronaldo Crescente, com a união dos três sistemas – lavoura, pecuária e floresta – é possível promover a recuperação do Cerrado com produtividade e sustentabilidade, ampliando as alternativas de renda para o produtor rural.

“São três possibilidades de receita, sendo que a agricultura dá receita no curto prazo, a pecuária dá no médio e a atividade florestal no longo prazo. Dessa forma, o produtor reduz riscos de clima e de mercado.”

O técnico do Ministério da Agricultura Maurício Carvalho explica que essa técnica é feita, normalmente, com o eucalipto. “Plantio de eucalipto ou outra espécie que se ajuste bem à realidade local dela. O eucalipto é bom porque você tem um mercado comprador, você usa, pode vender em qualquer local, mesmo em uma cidade pequena, tem mercado para isso.”

A silvicultura é um investimento de longo prazo, que leva até dez anos para render benefícios. O tempo varia de acordo com a utilização que vai ser dada à madeira, que pode servir para a produção de energia, com o carvão, para a produção de papel ou para a construção civil e a industria moveleira.

De acordo com Maurício Carvalho, o planejamento é feito de acordo com a capacidade do produtor e com a realidade da fazenda, para saber o que se ajusta melhor a cada situação. O produtor Francisco de Assis Inácio, que tem uma fazenda perto de Goiânia, plantou eucalipto em uma área degradada, seguindo um projeto do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

“Foi feito o reflorestamento e a gente diminui um pouco a quantidade de gado, mas ainda sobra pastagem embaixo da floresta. Então você conjuga gado e eucalipto. Já notamos os benefícios ao meio ambiente, com a volta de lobos e seriemas à propriedade.”

Além da venda da madeira, ainda é possível negociar créditos de carbono com a floresta de eucalipto. Para quem está interessado nessas alternativas sustentáveis, há linhas de crédito que podem ser acessadas, como recursos Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO).

Plano Safra 2012/13: Juros para custeio e comercialização caem de 6,75% para 5,5% ao ano

A agropecuária nacional tem o maior Plano Agrícola e Pecuário já anunciado nos últimos anos. A presidenta Dilma Rousseff e o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, lançaram nesta quinta-feira, 28 de junho, no Palácio do Planalto, o Plano Agrícola e Pecuário, que vai destinar R$ 115,2 bilhões para a agricultura empresarial na safra 2012/13. Desses recursos, R$ 86,9 bilhões são para financiar o custeio e a comercialização e R$ 28,2 bilhões para os programas de investimentos. Além do aumento de 7,5% em relação ao crédito da safra anterior, o novo plano reduz de 6,75% para 5,5% a taxa anual de juros. Os juros também são atrativos para quem investir na agricultura. As novas taxas representam uma diminuição de 18,5% nos custos dos financiamentos para o produtor rural. O total de recursos com taxa de juros controlada será de R$ 93,9 bilhões, o que corresponde a um acréscimo de 18,5% em relação ao programado para a safra anterior. Já os juros livres totalizam R$ 21,3 bilhões. Do pequeno ao médio e grande produtor, todos saem ganhando, pois os recursos chegam ao campo. Segundo Mendes Ribeiro, os recursos serão essenciais para que o produtor aumente a produção agropecuária e garanta a segurança alimentar com respeito ao meio ambiente. “Os R$ 115,2 bilhões serão fundamentais para a continuidade do progresso da agricultura brasileira”, salientou. O foco neste plano é o médio produtor rural, o cooperativismo e a produção sustentável, disse o ministro. O Programa ABC, que incentiva a adoção de boas práticas pelos agricultores brasileiros e que é prioridade do Governo, vai disponibilizar R$ 3,4 bilhões de recursos para financiamento. Custeio e Comercialização Semeando crédito e colhendo resultados. Assim foram ampliados os limites de financiamento de custeio e comercialização. No caso do custeio, outra medida importante foi o aumento do limite de R$ 650 mil para R$ 800 mil por produtor; enquanto para a comercialização a elevação foi de R$ 1,3 milhão para R$ 1,6 milhão. Em ambos os casos, a variação foi de 23% sobre a safra anterior. O compromisso do Governo em apoiar as cooperativas agropecuárias veio por meio da elevação do limite de financiamento de R$ 60 milhões para R$ 100 milhões por cooperativa, através do Prodecoop; e de R$ 25 milhões para 50 milhões pelo Procap-Agro. O médio produtor segue como um dos protagonistas no Plano Agrícola 2012/2013. No Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), a taxa de juros foi reduzida de 6,25% para 5% ao ano e foi ampliado o volume de recursos para custeio, de R$ 6,2 bilhões para R$ 7,1 bilhões, um aumento de 15% sobre a safra anterior. Foi elevada ainda, a renda bruta anual para enquadramento do produtor no programa de R$ 700 mil para R$ 800 mil e o limite de crédito por beneficiário de R$ 400 mil para R$ 500 mil, mais uma medida que atende o compromisso do Governo de beneficiar o médio produtor rural. Para investimento, o montante disponibilizado é de R$ 4 bilhões, ante R$ 2,1 bi da safra passada. Com essas medidas, mais produtores são beneficiados pelo Pronamp. Outra novidade é o aumento das subvenções ao prêmio que passou de R$ 253 milhões na safra 2011/12 para R$ 400 milhões na safra 2012/13, uma elevação de 58%. O aumento do médio produtor no Proagro passou de R$ 150 mil para R$ 300 mil, uma ampliação de 100%. Isso significa uma elevação do valor segurado de R$ 9 bilhões para R$ 16 bilhões. Os mecanismos de apoio à comercialização dos produtos agrícolas para garantir a venda a preços estabelecidos com base em estimativas do custo variável também foi um compromisso mantido pelo Governo. Para os produtos amparados por Aquisições do Governo Federal (AGF), o plano prevê o aumento dos preços mínimos vigentes para diversos produtos, em nível regional e nacional. Confira os limites de custeio e comercialização ampliados: - Pecuária bovina de corte e leite: foi renovada a linha de financiamento para aquisição de matrizes e reprodutores bovinos e bubalinos, nesse caso o limite por produtor vai até 750 mil, com até cinco anos para pagamento e carência de dois anos e juros de 5,5% ao ano. O aumento do limite de comercialização às agroindústrias beneficiadoras e processadoras de leite de passou de R$ 40 milhões para R$ 50 milhões e prazo de pagamento de 180 para 240 dias. - Suinocultura: foi criada uma linha para a retenção de matrizes, com limite por produtor de até R$ 1,2 milhão, prazo de pagamento de até dois anos e juros de 5,5% ao ano. - Caprinocultura e ovinocultura: linha para aquisição de matrizes e reprodutores caprinos e ovinos, no limite de R$ 600 mil, com prazo de pagamento de até dez anos, incluindo três de carência e juros de 5,5%. Para detalhamento de informações e acesso à integra do Plano Agrícola e Pecuário 2012/2013, acesse www.agricultura.gov.br/plano-agricola. Fonte: Mapa

A Rio +20 e a crise global

Duas palavras de origem grega andam juntas nos debates pré e pós Rio+20: crise e hipocrisia. O discurso ambientalista vem sofrendo reveses contínuos ao não levar em consideração que a problemática ambiental é parte de um conjunto muito maior da crise global que abrange o sistema de representação política e o sistema de financiamento da economia pelo mercado financeiro. Isso no momento em que a sociedade sofre a mais radical e dramática mudança da sua plataforma de informação, comunicação e articulação, com profundos e ainda não mensuráveis impactos em todos os processos de relação social. É este peculiar contexto que determinou a presença de participantes na Rio+20, bem como a natureza e a perspectiva futura das decisões. Em grego, a palavra crise evoca decisão, julgamento. A crise é uma decisão entre duas escolhas possíveis e implica ação. Mas, como ensina o filósofo Hegel, quem exagera no argumento prejudica a causa. Quanto mais quem erra e exagera. Ao fazer dos agricultores brasileiros seu alvo principal, tentando mobilizar a opinião pública nacional e internacional contra o agronegócio brasileiro no debate do Código Florestal, ONGs internacionais como o Greenpeace, WWF e seus aliados locais erraram de alvo e de crise. Eles atacaram o setor que mais apresentou ganhos de sustentabilidade no País, ao contrário do que ocorre no setor industrial urbano. O Brasil apresentou na Rio+20 uma das matrizes energéticas mais limpas do planeta, com 47% de energia renovável - contra uma média mundial de 13% e de 6% para os países desenvolvidos -, e deve grande parte desse sucesso à agricultura. Cana-de-açúcar, florestas energéticas, óleos vegetais no biodiesel e reciclagem de resíduos garantem hoje mais de 30% da energia do Brasil. Junto com os 14% das hidrelétricas e cerca de 3% de outras fontes limpas (como a eólica), a parte renovável chega, assim, a quase metade da matriz energética. E o agro brasileiro consegue esse desempenho consumindo apenas 4,5% de energia fóssil. A economia verde ou de baixo carbono pode ser avaliada pelo quociente entre o total de CO2 emitido e o Produto Interno Bruto (PIB) das economias nacionais. Os campeões de emissões de CO2 para gerar riquezas, os menos eficientes, são Coreia do Sul (1,45), África do Sul (1,38), Cuba (1,34) e Ucrânia (1,2). O Brasil, com um quociente de 0,24, é mais eficiente do que uma centena de países: ocupa a posição de 104.º. Como destacou a presidente Dilma em seu discurso de abertura da Rio+20, nossa produção agrícola cresceu 180% com um aumento de apena 30% da área cultivada. Se a produção atual de grãos fosse com os índices de produtividade de 1975, teria sido necessário desmatar quase 60 milhões de hectares adicionais. A inovação tecnológica faz a produção crescer verticalmente, em produtividade, e não em área. O Brasil tem uma das maiores áreas protegidas (unidade de conservação e terras indígenas) do mundo: 30% de seu território, contra uma média de 10% dos maiores países. Reduziu de forma espetacular o desmatamento da Amazônia e é um dos países que mais detêm florestas em seu território. E exige, como ninguém no mundo, que seus agricultores assumam e paguem pela preservação da vegetação nativa em 20% a 80% de suas propriedades, dependendo do bioma. Se o Brasil é hoje uma reconhecida potência ambiental, deve-o também ao seu negócio agrícola, que, apesar de todas as suas conquistas, não soube se comunicar e se articular com a sociedade. O foco dos quase 200 representantes diplomáticos que prepararam o documento final dos chefes de Estado foram o desenvolvimento sustentável e a erradicação da pobreza. O processo de discussão da Rio+20 se inseriu num colar de eventos realizados em locais charmosos: Cancún, Copenhague, Durban, Rio de Janeiro. As divergências eram maiores do que as convergências. Após meses de preparação, a três dias do evento no Rio de Janeiro não havia consenso entre os países sobre mais de 60% do texto proposto. Ao assumir a coordenação, a diplomacia brasileira conseguiu um feito inédito: obteve o acordo de 100% dos representantes e fechou o texto antes da chegada dos chefes de Estado. Alguns ambientalistas, políticos e instituições multilaterais consideraram o texto pouco ambicioso, não levando em consideração o momento de tensão e dúvida em todos os sentidos que vivemos. No campo ambiental, muitos se colocam na posição de quem planeja o que não executa e avalia o que não fez, propondo muita caridade com o chapéu alheio. No que pese o Climagate, o descrédito do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), a intervenção da ONU mudando sua governança desse painel e uma série de novos resultados recomendando prudência no alarmismo do aquecimento global, um fórum climático brasileiro anunciou, alegremente, durante a Rio+20, que a temperatura na Amazônia vai subir 6 graus até o final deste século. Isso é quase um grau por década. Não são dados. São estimativas de modelos, baseados em hipóteses inverificáveis, apresentadas como certeza religiosa e alerta profético. Muito mais concretas e objetivas foram, por exemplo, as prefeituras do grupo C 40 (Climate Leadership Group), ao anunciar metas reais e não tão ambiciosas de redução de gases de efeito estufa para as 59 cidades que fazem parte da iniciativa no mundo. O contexto mundial é de uma crise duradoura. Etimologicamente, o hipócrita é quem não entende o alcance da crise e não age corretamente. Fica "abaixo" da crise. É um hipo-crise, por mais que grite e esperneie. Seus oráculos, profecias e críticas perdem o vínculo com a realidade, com as ações possíveis e necessárias, gerando ainda mais frustração entre os jovens e não contribuindo em nada para encontrarmos caminhos de solução para a crise global

Governo cria duas unidades de conservação e amplia três

Brasília (05/06/2012) – Em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado nesta terça, 5 de junho, a presidenta Dilma Rousseff assinou, em solenidade no Palácio do Planalto, vários atos, entre eles, os decretos de criação e ampliação de unidades de conservação (UCs) federais. Foram criadas a Reserva Biológica (Rebio) Bom Jesus, no Paraná, e o Parque Nacional (Parna) Furna Feia, no Rio Grande do Norte, e ampliadas as áreas do Parque Nacional do Descobrimento, na Bahia, da Floresta Nacional (Flona) Araripe-Apodi, no Ceará, e da Floresta Nacional Goytacazes, no Espírito Santo. As duas novas unidades foram criadas com o objetivo de preservar os ecossistemas importantes. Situada nos munícipios de Antonina (PR) e Guaraqueçaba (PR), a Rebio Bom Jesus terá 34.179 hectares e protege área remanescente de Mata Atlântica. Nas cidades de Barauna (RN) e Mossoró (RN), o Parna Furna Feia contará com 8.500 hectares e visa à preservação da caatinga e de cavidades naturais subterrâneas (cavernas). O Parque Nacional do Descobrimento, em Prado (BA), ganhará mais 1.549 hectares e será, agora, uma unidade de conservação com 22.678 hectares. A ampliação permitirá que importantes fragmentos de Mata Atlântica sejam incorporados aos parque. Na Floresta Nacional Araripe-Apodi, serão adicionados 706,77 hectares e a área total passará a ser de 39.333,09 hectares de caatinga, dentro de Barbalha (CE). A ampliação possibilitará a realização de pesquisas científicas e o uso múltiplo sustentável dos recursos florestais. A incorporação foi possível graças à área que a Embrapa doou ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Ao todo, 74 hectares de Mata Atlântica serão somados à Floresta Nacional de Goytacazes, em Linhares (ES), que contará, agora, com um total de 1.424 hectares. A área adicional também foi doada pela Embrapa ao Instituto Chico Mendes com o objetivo de viabilizar a pesquisa científica e o uso múltiplo sustentável dos recursos florestais ali existentes. Processo mais democrático A ministra Izabella Teixeira lembrou que a criação de novas Unidades de Conservação obedecerá, a partir de agora, a um processo mais democrático, envolvendo negociações mais amplas com todos os setores governamentais para evitar problemas no futuro. "Não vamos mais criar unidades de conservação, como ocorria no passado, sem antes consultar todas as instâncias e todos os envolvidos", disse a ministra. Segundo ela, algumas áreas precisam ser desafetadas, outras englobam municípios inteiros ou estão em locais com conflitos estabelecidos. Para a ministra do Meio Ambiente, é preciso dar atenção a outros biomas menos protegidos, que necessitam ser incluídos em unidades de conservação, como os do Pampa, Pantanal, Caatinga e áreas costeiras, que têm apenas 1,6% de área protegida. "Precisamos ampliar as áreas federais protegidas, estimulando governos estaduais a criar novas áreas; e precisamos resolver todos os conflitos antes de criar novas áreas, ao contrário do que ocorria antigamente, acrescentou.

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